terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O DÍZIMO E A FIDELIDADE CONJUGAL








Aparentemente, o dízimo nada tem haver com a fidelidade conjugal. Mas tem! Encontramos na Bíblia, em várias passagens, a analogia da fidelidade no casamento à fidelidade a Deus e a todos os Seus preceitos.Se uma pessoa não é capaz de ser fiel no seu matrimónio, certamente não o será a Deus nos dízimos e ofertas! Se a pessoa não tem respeito nem mesmo para com a sua mulher ou o seu marido a quem vê, quanto mais a quem não vê!O matrimónio é sagrado e algo profundamente sério. Não pode ser encarado como uma mera aventura. O casamento é uma analogia da aliança entre Deus e o ser humano. O noivo simboliza o Senhor Jesus e a noiva a Sua Igreja; portanto, o casamento é uma união santa e tem que ser mantido em santidade.O dízimo, dentre outras coisas, é o reconhecimento pelo homem do senhorio de Jesus Cristo; o cristão que é fiel no seu matrimónio e mantém o seu leito imaculado, normalmente também é fiel a Deus nos seus dízimos e ofertas. É interessante que o mesmo livro da Bíblia que censura a infidelidade conjugal e a prática ilegal de casamentos mistos, fala também da desonestidade do povo de Israel para com o Senhor, no que diz respeito aos dízimos e às ofertas.No que se refere aos casamentos mistos, isto é, casamentos de israelitas com não-israelitas ou pagãos, eram considerados pela lei mosaica como uma transgressão com terríveis consequências, pois na prática, os jovens pagãos traziam consigo as suas tradições religiosas, que acabavam por corromper a fé do parceiro judeu. Isso significava uma violação do relacionamento que havia entre Deus e o Seu povo, Israel.Não podemos esquecer que toda a glória do rei Salomão, bem como do povo de Israel, foi arrastada pela miséria, pela fome e pela dor, simplesmente porque ele se prostituiu com os deuses de suas mulheres pagãs. A glória de Israel como Estado e nação de Deus nunca mais foi a mesma depois de sua queda. É justificada a exigência da Lei de Moisés que proibia o casamento com pessoas pagãs. O profeta Malaquias adverte o povo de Judá e de Israel contra a infidelidade conjugal, que nada mais é do que uma semelhança de sua infidelidade para com o Senhor Deus de Israel, quando assim se refere:'Não temos nós todos o mesmo Pai? Não nos criou o mesmo Deus? Por que seremos desleais uns para com os outros, profanando a aliança de nossos pais? Judá tem sido desleal, e abominação se tem cometido em Israel e em Jerusalém; porque Judá profanou o santuário do Senhor, o qual ele ama, e se casou com adoradora de deus estranho.O Senhor eliminará das tendas de Jacó o homem que fizer tal, seja quem for, e o que apresenta ofertas ao Senhor dos Exércitos. Ainda fazeis isto: cobris o altar do Senhor de lágrimas, de choro e de gemidos, de sorte que ele já não olha para a oferta, nem a aceita com prazer da vossa mão. E perguntais: Por quê? Porque o Senhor foi testemunha da aliança entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança."Malaquias 2.10-14Ninguém com um resto de bom senso o faria. Mas que fez um patriarca? Buscava descendência prometida por Deus."Portanto cuidai de vós mesmos, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade. PORQUE O SENHOR DEUS DE ISRAEL DIZ QUE ODEIA O REPÚDIO; e também aquele que cobre de violência as suas vestes, diz o Senhor dos Exércitos; portanto cuidai de vós mesmos e não sejais infiéis."Malaquias 2.15-16Ainda com respeito ao casamento misto, o apóstolo Paulo orienta os convertidos ao Senhor Jesus, em Corinto, dizendo:"Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em cousas impuras; e eu vos receberei, serei vosso Pai, e vos sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso.Tendo, pois, ó amado, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne, como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus."2 Coríntios 6.14 e 7.1Muitas pessoas convertidas ontem estão gemendo hoje porque não deram importância a esse conselho do Espírito Santo. Casaram-se com pessoas incrédulas ou supostamente convertidas, na esperança de um belo dia poderem trazê-las para o Senhor Jesus, mas hoje, passados alguns anos, aquela união que deveria ser uma bênção se transformou em uma maldição. Isso sem falar daqueles que eram de Deus mas que acabaram por se corromper e seguiram as tradições de seus parceiros incrédulos!Leitor amigo, por amor a si mesmo e sobretudo à sua própria vida, nunca permita ser iludido com as aparências. Nunca acredite que a pessoa incrédula, pela qual o seu coração se apaixonou, vai obrigatoriamente acabar se convertendo com o tempo. Isso é pura ilusão. O fato de conhecer algum caso isolado com uma pessoa amiga não significa que vai acontecer também com você.Por isso é melhor não arriscar pois, afinal de contas, é a sua salvação que está em jogo. A palavra de Deus é muitíssimo clara:"Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos... Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo?"2 Coríntios 6.14,15Nunca se esqueça que qualquer sacrifício é mínimo diante de Deus, que fez por nós o supremo sacrifício, entregando o Seu próprio Filho, o Senhor Jesus, para morrer em nosso lugar, garantindo-nos assim todas as bênçãos celestiais.
Mais ou menos cem anos haviam se passado desde a volta do cativeiro. O templo havia sido reedificado, os sacrifícios e festas restaurados e a Lei reintroduzida por Esdras Entretanto, novamente um ambiente de apatia, ceticismo e declínio espiritual generalizado, dominava os judeus. Malaquias salienta o amor imutável de Deus por seu povo, devido à sua misericórdia, que dura para sempre como pano de fundo paras as reprovações e exortações que se seguem. O profeta denuncia o desdém aberto e arrogante dos sacerdotes pela Lei e sua influência negativa sobre o povo (
1.6-2.9). Os sacerdotes e o povo em geral, haviam se tornado cínicos e questionavam a justiça e os mandamentos de Deus. À medida que a sua fé minguava, iam se tornando mecânicos e insensíveis na sua observância ao culto divino, e indiferentes às exigências da Lei. Os compromissos de casamento eram violados, pois os homens divorciavam-se para se casarem com mulheres pagãs, provavelmente mais jovens e bonitas (2.10-16). O Senhor era defraudado, não apenas nos dízimos e ofertas negligenciados, mas também numa infinidade de outras trasgressões (2.17-3.15). Malaquias os confronta para se arrependerem de seus pecados e da hipocrisia religiosa para que não fossem, novamente, surpreendidos pela disciplina divina. O livro consiste numa série de perguntas retóricas e irônicas feitas por Israel com as respectivas respostas de Deus por intermédio do profeta. De modo simples, direto e vigoroso, Malaquias apresenta um diálogo figurado entre um Deus justo e o Seu povo empedernido. Malaquias, o último dos profetas do AT, é seguido por 400 anos de silêncio profético. A longa ausência profética terminaria no surgimento de João Batista. Ele foi previsto por Malaquias como o antecessor do Messias (3.1; Mt 11.7-15). Amém ?

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