segunda-feira, 29 de março de 2010

A Páscoa







Quando Deus chamou a Abraão, lhe fez uma promessa: iria fazer dele uma grande nação, um povo escolhido. Porém, advertiu-lhe de antemão que, antes da concretização dessa promessa os seus descendentes experimentariam muitos anos de sofrimento e escravidão. Mas, Deus informou também que iria abençoar esse povo e livrá-los da escravidão (Gênesis; 15,13-14; Êxodo; 12,41). Abraão se vai, mas Deus ratifica a promessa aos seus descendentes, os patriarcas Isaque e Jacó. Mas, é por meio de José, filho de Jacó e bisneto de Abraão, que a história dessa família vai tomando forma. Ele enfrentou a traição dos irmãos, foi vendido como escravo para o Egito, foi preso, sofreu muito, até que interpretou os sonhos do Faraó, os quais mostravam que haveria sete anos de fartura e sete de fome. Assim, foi elevado à condição de vice-rei com a missão de suprir o mundo de alimentos no período de crise. Foi por conta dele que a família de Jacó foi parar no Egito. Após sua morte, um Faraó que não conhecia a história da sua nação subiu ao trono e começou a oprimir o povo que um dia os salvou. Ele mandou matar todos os meninos recém-nascidos. Deus salva milagrosamente um destes meninos, Moisés, e mais tarde o usa para ser o libertador deste povo. Percebemos que em todo o tempo Deus está na gestão da história, e zela pelos seus, mesmo quando tudo parece perdido. Estava nos planos de Deus libertar Seu povo, Ele já havia prometido! E quando Deus decide agir, nenhum homem ou demônio pode Lhe impedir. Pode até se opor, e neste caso, Deus aproveita para demonstrar o Seu poder, que tem uma dupla função: ensinar ao seu povo preciosas lições enquanto administra juízo sobre seus opositores. Deus já havia enviado nove pragas, agora a última e decisiva estava por vir. Mas Ele não faz nada sem avisar, mesmo a incrédulos, para que tenham oportunidade de arrependimento e não tenham o que argumentar contra a justiça de Deus. Nesta décima praga, morreriam todos os filhos mais velhos (os primogênitos), da casa de Faraó ao mais humilde servo e também dos animais. À meia noite, o “anjo da morte” passaria por todas as casas do Egito. Somente a casa que tivesse aspergido sangue nos umbrais e nas vergas das portas é que seria poupada, e o anjo não entraria para executar a sua missão. Esta “passagem” do anjo (no hebraico ‘pesah’), originou o nome da festa – páscoa. Por não dar crédito aos avisos de Deus é que o incrédulo é punido e castigado. Vale lembrar dos tempos de Noé, e dos dias que antecederão o juízo final.


Deus faz distinção (11,7)
Deus faz distinção entre aqueles que são seu povo e os que não são. Mesmo estando entre os egípcios, o povo de Deus não era egípcio. Mesmo estando no mundo, o povo de Deus não é do mundo (João; 17,17-16). Estão, mas não são; há algo que os diferencia. É igualmente verdade que há muitos que estão na igreja mas não são do reino; estão entre os salvos mas são perdidos; lobos no meio das ovelhas. A bênção de um significa maldição para o outro. A prosperidade de um é o despojo do outro. O livramento de um trás castigo para o outro. O que para um é motivo de adoração para o outro é motivo de blasfêmia. Enquanto um se alegra e celebra, o outro geme e amaldiçoa. Acreditar na palavra de Deus e obedecer suas ordenanças é a marca do povo de Deus, enquanto a incredulidade, a obstinação e a rebeldia é a marca dos que não são. Os que temem ao Senhor são abençoados e protegidos na mesma proporção em que os desobedientes e rebeldes são punidos. Primeiro foi o povo de Deus quem gemeu debaixo da opressão dos seus adversários, e clamava pedindo livramento, a Deus (2,23), e a Faraó (5,15). Agora serão os egípcios quem clamarão e gemerão diante do juízo divino (11,6). Deus ouve o clamor do seu povo. Deus é o vingador do seu povo. Não se pode afrontar seu povo sem que esteja afrontando a Ele próprio. E quando Deus ou seu povo é afrontado, o juízo se torna iminente (1ª Samuel; 17; 2ª Reis; 19; Salmo; 74,10).
O livramento (12,23)
Ao seu povo Deus providencia o escape, a saída, porque zela por ele. O sangue nas vergas e umbrais da porta era o sinal de que naquela casa havia uma família que pertencia a Deus, ouvia sua voz, cria em sua palavra e lhe obedecia, sendo assim, era uma família que estava segura, debaixo da
proteção e da cobertura da graça. A cobertura do sangue não levava em conta os pecados pessoais, mas o fato de que aquelas pessoas estavam em aliança com Deus e pertenciam a Ele. Passar o sangue era um ato de obediência, era um ato que indicava fé. Crer que Deus promete e cumpre. Crer que Ele honraria a sua palavra de proteger aos seus enquanto o juízo era executado. Crer, a ponto de não deixar a proteção do sangue, e não sair de casa, senão pela manhã. A páscoa por si mesma não era a redenção, mas o despertar da redenção, a indicação de que esta se aproximava. O povo de Deus deixaria o Egito como um exército vitorioso, carregando os despojos do inimigo(12,35-36).

Somos enriquecidos com o simbolismo que a páscoa apresenta. Um cordeiro morreu no lugar de um filho na casa de Israel. Uma vida inocente foi sacrificada para que outra pudesse se salvar. Isto aponta para o sacrifício vicário de Cristo, o inocente morrendo no lugar do pecador. A morte de Cristo na cruz seria a vida da humanidade. O cordeiro tinha que ser um macho de um ano, sem defeito, sem mancha, e não poderia ter nem um osso partido (12,46). Não é em vão que o Novo Testamento aponta para Cristo, nosso cordeiro, nossa páscoa, inclusive cumprindo este detalhe (João; 19,36; 1ª Coríntios; 5,7). As ervas amargas serviam para lhes lembrar o amargor da escravidão. A escravidão é algo que deve ser amargamente relembrada. A liberdade é algo precioso. O Espírito de Deus dá liberdade, enquanto as forças das trevas escravizam (João; 8,36; 2ª Coríntios; 3,17). Israel jamais teria se libertado sozinho. Deveriam fazer os pães sem fermento e jogar fora todo o fermento que tivessem em casa. A ausência do fermento indicava pressa (não daria tempo à massa crescer), eles deviam estar preparados e prontos para a liberdade. O fermento, símbolo da corrupção, ensinava que eles precisavam romper com a cultura, a idolatria e os pecados do Egito (Mateus; 16,12; Lucas; 12,1; 1ª Coríntios; 5,6-8). Eles deveriam deixar para trás, abandonar, jogar fora.
A páscoa marcaria para eles o inicio de um novo ano. Seu calendário religioso teria início com a páscoa. Sendo assim, a páscoa marca o começo da vida de Israel como nação e indica nova vida. A páscoa é uma festa histórica que lembra os atos salvíficos de Deus. É uma festa de educação religiosa, que visava instruir as gerações futuras a crerem em Deus, a serem gratos e fieis a quem os libertou, a quem zela por eles, abençoa e protege. A páscoa fazia os judeus relembrarem o maravilhoso livramento que Deus operou ao tirar da terra do Egito os seus antepassados após ter Ele matado os primogênitos dos egípcios. Mas tinha o propósito de servir de sinal daquela muito maior redenção e livramento da servidão ao pecado, que foi realizada por Jesus. A páscoa relembrava aos judeus que a aspersão do sangue, nas vergas das portas das casas de seus antepassados, livrou-os da espada do anjo destruidor. Tinha por objetivo ensinar que o sangue de Cristo, aspergido sobre a consciência do pecador arrependido, purifica-o de toda mácula do pecado e livra o pecador da ira vindoura. A páscoa fazia os judeus rememorarem o fato de que nenhum dos seus antepassados esteve isento de ser destruído pelo anjo, na noite em que ele matou os primogênitos egípcios, a menos que tivessem comido do cordeiro que fora morto. Todos que quiserem receber o benefício eterno da expiação efetuada por Cristo precisam alimentar-se dEle, pela fé, acolhendo-o em seus corações. No início, a páscoa era uma comemoração doméstica e familiar, sem templo, altar, sacerdote. O chefe da família era o sacerdote. Isto mostra a importância que a família e o lar tem nos planos de Deus. Ele incentiva a celebração e a adoração no lar. Com o tempo, a páscoa passou a ser comemorada no templo, oficializada por um sacerdote profissional, e se tornou mais pública e formal (grupos se reuniam por consentimento, como Jesus e os seus discípulos, como uma família, para celebrar a páscoa). Este fato representa a igreja institucional de hoje em contraposição à igreja menos formal do passado, que se reunia nos lares para celebrar a Deus. O grande ajuntamento do povo de Deus, a grande assembléia, já era uma figura do ajuntamento da igreja. Houve uma guerra espiritual. Os poderes espirituais que estavam por trás dos símbolos adorados seriam derrotados e julgados como os egípcios (12,12). Então, a páscoa foi uma derrota não só para os inimigos humanos do povo de Deus, mas também do inimigo espiritual.
A última páscoa
A páscoa cristã (Lucas; 22,7-23) Um acontecimento tão importante como a páscoa, que deu origem a nação de Israel, não poderia ser ignorada pelo Novo Testamento. Pelo menos cinco idéias estão claramente implícitas e podem ser aplicada aos cristãos. A morte de Cristo ocorreu exatamente no período da páscoa. A páscoa é uma festa exclusivamente judaica, os gentios foram excluídos da comemoração (12,43-49), mas a Ceia substitui a páscoa judaica. Assim, festejamos e relembramos a morte e ressurreição de Cristo. Nossa páscoa se chama Ceia do Senhor, ou como alguns preferem, “santa Ceia”. Houve uma conexão intencional entre o tempo da páscoa judaica e o tempo da morte de Cristo. Não foi por acaso, mas pela determinação providencial de Deus, que nosso Senhor foi crucificado na semana da páscoa e no dia exato em que o cordeiro pascal costumava ser imolado. O intuito disso foi o de chamar a atenção da nação judaica para Aquele que é o verdadeiro cordeiro de Deus. O cristão, tal como os antigos israelitas, devem pôr de lado o fermento do pecado, da corrupção, da malícia, da desobediência, substituindo pelos pães asmos da sinceridade e da verdade (1ª Coríntios; 5,7). A última ceia foi inicialmente uma refeição pascal (João; 18,28; 19,14). Após a refeição pascal, o Senhor instituiu o seu equivalente, ou seu substituto cristão. Ele é a nossa páscoa. Nos celebramos a ceia que relembra Cristo, o nosso cordeiro pascal. A idéia de uma aliança e do início de uma nova nação estão presentes. Cristo fez uma nova aliança e por meio da sua Igreja, dá inicio a uma nova nação, uma nova humanidade, composta de pessoas de todas tribos, línguas e raças, uma nação sem fronteiras. Quanto ao êxodo cristão, certamente que éramos escravos do pecado, mas fomos libertos da escravidão para viver uma nova vida. Cristo é o que nos liberta da escravidão do pecado. Portanto, se o cordeiro assado, os pães sem fermento as ervas amargas eram os símbolos da páscoa do judeu, o pão e o vinho é o símbolo da páscoa do cristão. Quanto aos coelinhos e aos ovos de chocolate, são apenas símbolo de um comércio espertalhão e aproveitador, e de uma religiosidade sincretista. Pense na páscoa sobre a perspectiva dos egípcios. Você acha que este é para eles um dia de festa? Certamente que não! É um dia de luto, de tristeza. Portanto, a páscoa só pode ser comemorada por aquele que pertence a Deus, aquele que lhe obedece, que nele crê. Só estes têm razões para celebrar. Se você pertence a Deus, deve celebrar. Deus quer que seu povo celebre, adore, comemore, festeje. Então, alegria, pois a sua redenção chegou. Celebração continua ajuda na lembrança continua, na ação de graça contínua, caso contrário, corremos o risco de esquecer os grandes atos salvíficos de Deus a nosso favor (1ª Coríntios; 11,23-26). Se você não pertence a Deus, deve se preocupar pois o juízo de Deus é iminente, como pretendes escapar? “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo” (Hebreus; 9,27). “Eis que o juiz está à porta” (Tiago; 5,9).
“Bem-aventurados os que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro” (Apocalipse; 22,14).

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POR QUE DEUS PERMITIU O "TSUNAMI"?




No dia 26 de dezembro de 2004, o mundo foi abalado por uma das maiores tragédias, provocadas pelas forças da natureza. Doze países, na Ásia, foram atingidos por uma onda gigantesca, de cerca de 12 metros de altura, que varreu cidades, povoados, ilhas e lugares exóticos, não deixando vestígio de civilização. Mais de 160 mil pessoas morreram, incluindo homens, mulheres e crianças. E a morte não ceifou a vida só de habitantes daqueles lugares. Em alguns países, havia milhares de turistas estrangeiros, de diversas nacionalidade, que foram tragados pelo mar, juntamente com seus filhos. Ondas maiores podem formar-se, como as causadas pela erupção do Vulcão Krakatoa, também no Oceano Índico, em 1883, as quais atingiram 40 metros de altura.

Causou choque emocional em muitas pessoas que, perplexas e confusas, viam, na TV, as cenas horríveis de pessoas que perderam seus parentes. E não poderia ser diferente. Pais desolados, segurando a mão de seus filhos mortos. Mães desesperadas, com os olhos para os céus, perguntando: Por que? Por que? O que fizemos de errado?

Diante de um quadro tão terrificante, as reações das pessoas, em todo o mundo, são as mais diversas. Mas, dentre essas, as que mais me chamam a atenção são a das pessoas que querem julgar Deus! Sim. Vi pela Internet, e na imprensa, televisada e escrita, muitas manifestações de homens e mulheres que querem julgar Deus. Que querem culpar Deus pelo ocorrido. Mais uma vez, vi a referência a um pronunciamento de filósofos, ateus, que julgaram Deus impotente e injusto por não ter evitado o terremoto que abalou Lisboa, no século XIX. E aproveitaram para dizer que Deus não existe, e, se existe, não é onipotente, nem bom, nem justo, pois não pôde evitar a tragédia.

É muito interessante, para não dizer grotesco, que muitas pessoas só se lembram de Deus nesses momentos, quando acontecem cataclismos. Mas não se lembram de atribuir a Deus as coisas boas e agradáveis. Durante o ano todo, há chuva, vento, plantação, colheita, o sol nasce todo dia, a lua cumpre seu ciclo, as pessoas nascem, vivem, desenvolvem-se; o oceano produz milhões e milhões de toneladas de alimento, e tantos outros benefícios da natureza, mas não se vê pessoas, na imprensa, atribuindo esses benefícios naturais a Deus. Porém, quando há tragédias, certos formadores de opinião dizem: Que Deus é esse?
1. SERÁ QUE FOI DEUS QUE CAUSOU A TRAGÉDIA?

Os cientistas explicaram, logo após a catástrofe, que o "tsunami" foi causado por um maremoto, ocorrido a 9.000 metros de profundidade, no Oceano Índico. Segundo eles, houve o deslocamento de uma placa tectônica, na Índia, sob outra placa tectônica, na Birmânia, elevando o nível das águas em 15 metros, provocando um volume de águas fenomenal, dando origem a ondas gigantescas para todos os lados. Com o deslocamento das tais placas, foi liberada uma energia extraordinária, equivalente à de um milhão de bombas atômicas, idênticas à que foi detonada no Atol de Mururoa, no Pacífico, em 1973. Desse modo, segundo a ciência, o que houve foi um fenômeno natural, provocado por causas naturais, que não puderam ser detectadas a tempo pelas autoridades dos países afetados. Por outro lado, centros de monitoração de terremotos e maremotos deram o alerta com certo tempo para que as populações fossem avisadas e deixassem a área. Mas o aviso não pôde chegar a todos os países, por causa da falta de estrutura de comunicações.

Essa é a explicação da ciência. Mas, permanece a pergunta: Foi Deus que causou a tragédia? Até onde podemos conhecer de Deus, podemos afirmar que Ele não foi o causador da tragédia. Mas, certamente, Ele permitiu que ela acontecesse. Nada acontece, no universo, que não seja do seu conhecimento, e por sua permissão. E por que Ele permitiu? Se alguém acha que tem a resposta, que o diga. Eu não a tenho. O que sei, pela revelação bíblica, é que Deus age, de acordo com dois aspectos de sua justiça, e de sua vontade soberana.

2. COMO DEUS AGE

Primeiro, pela Sua vontade diretiva.

Isso quer dizer que, quando Ele resolve fazer alguma coisa, segundo sua vontade diretiva, ninguém, absolutamente, ninguém o pode impedir. É o que escreveu o profeta Isaías: "Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu, quem impedirá?" (Isaías 43.13). Foi por meio dessa vontade que Deus criou o universo, incluindo a Terra, e , neste pequenino planeta, colocou o ser humano com o propósito de glorificá-lo, adorá-lo e servi-lo. Infelizmente, porém, a maioria dos habitantes do planeta não quer voltar-se para Deus. Prefere dar as costas para Ele, e viver de modo contrário à Sua santa vontade. Se Deus tratasse os homens com a vontade diretiva, ninguém, jamais, poderia dar-lhe as costas, fazendo o que não lhe agrada.
Por sua vontade diretiva, Ele pode fazer chover, ou não; haver terremotos, ou não; inundações, ou não. Ele é Deus, o Criador de tudo e de todos, e tem o direito autoral de todas as coisas na natureza. Exceto o pecado e suas conseqüências, que são de responsabilidade total e absoluta do ser humano, que escolhe o mal, muitas vezes, e abandona o bem.

Segundo, pela vontade permissiva.

Em relação ao homem, como agente livre, Deus age mais pela sua vontade permissiva. Ou seja, Ele permite que o ser humano haja como desejar, escolha caminhos, ou atalhos; faça o que entende ser melhor para si; tome decisões que julgue as melhores para suas vidas, mesmo que sejam erradas. Podemos até não entender, mas é assim que Deus geralmente se coloca diante dos seres por Ele criados.

Ele poderia, em todo o tempo, usar sua vontade diretiva. Ele poderia usa sua onipotência, e só deixar acontecer aquilo que, a seu ver, fosse o melhor, o mais correto, o mais justo, e o mais adequado à sua infinita soberania. Porém, não é assim que Ele age. Ele dá ao homem o direito de fazer ou deixar de fazer. De querer ou não querer. Mas, dirá algum crítico (ou "juiz"!) de Deus. Por que Ele permite tanta maldade? Ele não pode evitar todos os crimes, toda a violência, todos os acidentes, todas as tragédias? Não poderia ter evitado o "tsunami"?

Poderia, sim. Deus pode evitar tudo. As ações do homem, e as atividades das forças da natureza. E pode realizar tudo. Ele é onipotente, onisciente, e onipresente. Mas, então, por que Ele permite o mal? Por uma razão muito séria. Quando fez o homem, o fez à sua "imagem e semelhança". E, para que isso seja realidade, o ser criado precisa ter a liberdade para fazer ou deixar de fazer alguma coisa. É o livre-arbítrio, concedido por Deus ao ser humano, para que esse não fosse um autômato, um teleguiado, ou mesmo, como diz certo escritor , um "fantoche de Deus". Se Deus houvesse feito um "fantoche", seria um "deus fantoche". E não faz parte de Sua natureza ser fantoche, teleguiado, ou autômato. Deus é livre. O ser criado tem que ser livre, inclusive para fazer o bem ou o mal. E arcar com as conseqüências.

É bom que saibamos: Deus pode fazer tudo o que Ele quer. Mas não quer fazer tudo o que Ele pode. Se alguém insiste em ser juiz de Deus, que o seja. Um dia, haverá de encará-lo frente a frente. E não haverá advogado de defesa. O advogado atua hoje, nesta vida. Jesus Cristo é o advogado de todos os que o constituem como seu defensor, mas só nesta existência. Na eternidade, "cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus" (Romanos 14:120). E todos serão julgados. Diz o Apocalipse: "E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras" (Apocalipse 20.12 ). Ninguém, no Brasil, nas Américas, na Europa, ou na Ásia, escapará do Juízo Final, se não reconhecer que só Jesus Cristo é o Senhor do Universo. E o juiz de todas as causas, reveladas, ou ocultas.

3. É PRECISO DIZER A VERDADE SOBRE DEUS

Deus não deve ser visto, ou crido, somente por um lado. O lado do amor. Deus também é justiça. É o supremo amor, mas, também, a suprema justiça. Pregar que Deus é só amor, e não mostrar que Ele é justo, e cobra do homem suas atitudes, é fazer propaganda enganosa. A Bíblia diz: "Deus é amor" (1 João 4.16); "Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou" (Efésios 2.4).

A mesma Bíblia diz: "...Deus um fogo consumidor" (Hebreus 12.29); diz também: "Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo" (Hebreus 10:31). Não é honesto o pregador que apresenta Deus somente pelo lado da graça, da misericórdia e do amor. Essa é a forma pela qual ele trata os homens, mas com sua justiça Ele trata os que transgridem suas leis. Ninguém é obrigado a crer nesse Deus. Mas, nele crendo, precisa ter consciência do seu caráter, revelado nas Escrituras.

No seu amor, Ele criou o homem, e lhe deu tudo de bom para sua existência na terra, inclusive a vida eterna. Mas o homem deu as costas para Deus, fazendo mau uso da liberdade concedida.

Na sua justiça, Ele exerceu seu juízo sobre o homem pecante, banindo-o do Éden, e privando-lhe da vida eterna, como pecador. Toda a desgraça da humanidade decorre disso. Do pecado original. Inclusive "o tsunami" é conseqüência do pecado, pois a terra, a ecologia, o mar, e todos os ecossistemas foram abalados, e transtornados por causa do pecado. No plano original de Deus, não haveria terremotos, tufões, ou maremotos. O planeta era perfeitamente equilibrado em todo o seu meio-ambiente.

No seu amor, Deus proveu o meio de salvação para o pecador. Enviou Jesus Cristo, para morrer na Cruz do Calvário, a fim de salvar o ser humano da condenação eterna. Por Cristo, ensinou o mais elevado código de ética e conduta, que são os evangelhos, cuja base é o amor a Deus e ao próximo.
Mas os homens, em todos os lugares, continuam rejeitando o Criador em sua maioria. Dão as costas para Deus, mas querem julgá-lo pelo que acontece de ruim. Resolveram criar deuses à sua própria imagem, inclusive deuses depravados, que incentivam a prostituição, a imoralidade, e a violência.
Na sua justiça, Deus vai julgar todos os homens, desde o primeiro até o último a nascer, pelos seus pecados. Essa é a verdade, emanada das Escrituras: "Os ímpios serão lançados no inferno e todas as nações que se esquecem de Deus" (Sl 9.17). Não pregar isso é ser desonesto para com a verdade bíblica.

O mal existe, por permissão de Deus, mas só por um tempo, mesmo que seja longo. Um dia, Deus dará fim a toda a maldade, a todo o pecado, a toda a injustiça, a toda violência. É uma questão de tempo, no tempo (kairós) de Deus.

No seu amor, Ele formou um povo, a sua Igreja para um dia, ir viver na eternidade a seu lado. Por sua justiça, condenará os ímpios à perdição eterna, num lugar chamado Inferno.

4. DEUS PODE DESTRUIR NAÇÕES INTEIRAS?

A Bíblia tem a resposta. Se alguém quiser, creia. Se não quiser, não creia. Se quiser continuar julgando Deus, que julgue. No Juízo Final, saberá a conseqüência de sua arrogância, do seu orgulho.

Diz a palavra de Deus que, depois de algum tempo, "a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente" (Gn 6.5). A violência, a prostituição, o homossexualismo, e tantos outros graves pecados tornaram-se comuns. E Deus resolveu exercer seu juízo sobre o pecado. "A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência. E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra." (Gênesis 6.11.12).

No meio da população mundial, à época, Deus só encontrou um homem justo: Noé! (Gênesis 6.9). E Deus falou com aquele servo, e lhe disse que haveria de destruir toda a humanidade por causa de sua maldade. Mandou que ele fizesse uma arca (um navio) para escape dele e de sua família, incluindo suas três noras. Oito pessoas, apenas!

E enviou o Dilúvio sobre a terra. Os "tsunamis" eram tão violentos, em meio às explosões vulcânicas, que a topografia da terra foi toda modificada. As placas tectônicas se desprenderam, produzindo terremotos e maremotos tão grandes, que o maremoto da Ásia seria uma gota dágua ante a catástrofe descomunal. Todo o planeta foi alterado. As águas subiram até os mais altos montes, segundo a Bíblia. Alguém diz que isso é "lenda". É um direito que cada um tem de crer ou não crer. Eis a questão!

Depois do Dilúvio, só 8 (oito) pessoas escaparam! Dirá alguém. Que Deus é esse, que destrói tantos inocentes, mata todo o mundo, e só faz escapar oito pessoas?!! "Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo", diz a Bíblia (Hebreus 10.31). No Juízo Final, aqueles que dizem que a Bíblia é uma lenda, escrita por homens quaisquer, haverá de constatar a sua severa veracidade. E será tarde demais. O inferno está aguardando os que querem julgar Deus.

Deus não quer a condenação de ninguém. A Bíblia diz que Ele não tem prazer na morte do ímpio (Ezequiel 33.11). Pelo contrário, Ele quer "que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade" (1 Timóteo 2.4).

Mas os homens são livres. Podem crer ou não crer. Aceitar ou não aceitar. E Deus não obriga ninguém a crer nele. Os ateus, e os agnósticos, em sua presunção, julgam-se tão sábios a ponto de ridicularizarem a idéia de Deus. É um direito que lhes assiste. Mas há muita gente religiosa, que também não aceita o Deus da Bíblia. Preferem adorar a pedra, o pau, o rio, as florestas, "a mãe Terra", a deusa "Gaia", os orixás, os "guias", e tantos ídolos. Só não querem saber do Deus da Bíblia. Terão que encarar o juízo do único e verdadeiro Deus do Universo.

Sodoma e Gomorra, e mais três cidades, eram terríveis pecadoras diante de Deus. O homossexualismo era a tônica em seu comportamento. E Deus tirou de lá só um homem justo, Ló, que escapou com duas filhas, e destruiu as cidades, de modo tão violento, com fogo e enxofre, que, em seu lugar, ficou o que hoje é chamado de o "Mar Morto", a 400 metros abaixo do nível do mar. Que Deus é esse?, diz o ímpio, e o incrédulo. Esse é o Deus da Bíblia. Ele pode destruir nações inteiras, pois Ele é o Soberano, o Criador de todas as coisas, e é o Supremo Juiz do Universo. Sua justiça não se baseia nas leis da terra, que são mutáveis e mutantes, aplicadas de acordo com a vontade e o entendimento limitado e falho dos juízes da Terra.

5. E NO NOVO TESTAMENTO, ISSO PODE ACONTECER?

Algum pastor, sacerdote, ou líder religioso, liberal e modernista, que deseja ser simpático ao público ouvinte, ou leitor, pode argumentar que isso foi no Antigo Testamento. No Novo Testamento, que é o livro dos cristãos, no período da graça, não há mais esse tipo de comportamento da parte de Deus. Ledo e terrível engano. Deus não muda (Tiago 1.17). O juízo de Deus sobre a impiedade dos homens será muito mais terrível do que no Dilúvio e sobre Sodoma e Gomorra.

O "tsunami" da Ásia (que, provavelmente não terá sido o último) não foi nada em relação ao que vai acontecer no período da Grande Tribulação, prevista no Apocalipse. Deus não está de braços cruzados. Ele tem o controle da História, e de todos os homens. É uma questão de tempo. De Seu tempo (Kairós). Um dia para Ele é como mil anos. E mil anos, como um dia (2 Pedro 3.8). No seu tempo, Deus vai enviar sobre a terra os mais pesados, tremendos, e inimagináveis juízos sobre os homens e mulheres ímpios; os que zombam de Deus; os que escarnecem da Bíblia; os que questionam a Deus; os que se fazem "juízes (sic)" de Deus hão de ver. Quem for vivo verá!

A Grande Tribulação será o período final e decisivo sobre os homens ímpios. Deus não está de braços cruzados. Apenas Ele está aguardando o momento próprio para agir contra o mal. Na Grande Tribulação, sete anjos derramarão "sete taças" dos juízos divinos sobre a terra. Na primeira, "uma chaga maligna" acomete os adoradores da besta (o anticristo); na segunda, um meteoro é lançado sobre o mar (como um monte), as águas do mar são tornadas em sangue, e morrem todos os seres vivos no mar; (imagine-se a altura dos "tsunamis" que esse fenômeno provocará); na terceira, um outro meteoro será lançado sobre as águas (uma "estrela"), os rios e as fontes são tornadas em sangue; na quarta, o sol aumenta o calor de tal forma, que os homens, desesperados, blasfemam de Deus; na quinta, o trono da besta (o anticristo) é atingido, e os homens mordem as línguas de dor; na sexta, um anjo derrama a taça sobre o rio Eufrates, e abre caminho para os reis do oriente, espíritos imundos envolvem os reis contra Deus, para a batalha do Armagedon; na sétima taça da ira de Deus, haverá um grande terremoto, as capitais mundiais são destruídas, a religião do Anticristo ("a grande Babilônia") é destruída, as ilhas do mar desaparecem (pelos maremotos, certamente), os montes são derribados, e uma pesada chuva de granizo (ou meteoros) do peso de um talento (40 kg) cai sobre os homens, e eles blasfemam de Deus (Ap 16.1-21).

6. E O TSUNAMI DA ÁSIA?

Cremos que foi pela vontade permissiva de Deus. Pode ter sido, ou não, juízo de Deus sobre a pecaminosidade do homem. Só Ele o sabe. A imprensa clama, esbraveja, reclama, condena e reverbera contra Deus. Os ateus fazem a festa, dizendo que Deus não existe. E acrescentam: se ele existe, não pode ser bom e justo ao mesmo tempo; se é onipotente, não quis impedir; logo, ele não é justo..."

Diz a Bíblia: "Ai daquele que contende com o seu Criador, caco entre outros cacos de barro! Porventura, dirá o barro ao que o formou: Que fazes? Ou a tua obra: Não tens mãos? (Isaías 45.9 - grifo meu).

Quando os juízes da Terra, homens falíveis e mortais, lavram uma sentença, os homens dizem: "Decisão da Justiça não se discute. Cumpre-se". E deve ser assim, sob pena de esntrarmos num estado de anarquia, e anomia, com sérias conseqüências para a ordem social. Mas, quando O Supremo Juiz do Universo exerce sua Justiça divina, "o caco entre os outros casos de barro" acha-se no direito de julgar o Criador.

A tragédia da Ásia pode ter sido juízo de Deus, ou não, repito. Não nos cabe julgar. É hora de ajudar, de ser solidário, de amar, e unir as mãos em prol dos que ficaram sem paz, sem familiares, sem teto, sem alimento, sem roupa. Mas também é hora de parar e refletir ante a grandeza de Deus, da Sua natureza, e a fragilidade espiritual, moral e física dos habitantes do planeta.

Não sabemos tudo. Mas podemos dizer, à luz da Bíblia, que o "tsunami" foi mais uma das conseqüências do pecado do ser humano. Resultante de sua agressão à natureza, poluindo o ar, as águas, a terra. O efeito estufa está aumentando. A luz solar já não chega com a mesma intensidade no planeta, segundo os cientistas. Deus não quer, mas permite as conseqüências do mal, da tragédia humana.

7. OUTROS "TSUNAMIS" PERMITIDOS POR DEUS

Milhões de crianças assassinadas. No Brasil, há cerca de 5.000.000 (cinco milhões, isso mesmo!) de abortos por ano. Por ano, no mundo, estima-se em mais de 20.000.000 (vinte milhões) o número de crianças abortadas. Um verdadeiro infanticídio, ou genocídio. E não se vê as redes de televisão clamando, protestando, e criticando Deus. "Por que Deus permite isso? Que Deus é esse?"! Não se vê tal clamor. Se houvesse um clamor contra o aborto, da mesma forma que se levantou um clamor acerca da onda asiática, e se houvesse uma solidariedade mundial contra esse assassinato brutal, as coisas certamente mudariam. Mas não há. A imprensa, em geral, é a favor do aborto. Defende o "direito da mulher ao seu próprio corpo", e esquece o direito do nascituro, indefeso e inocente.

Deus permite esse "tsunami" moral, contra o que poucas vozes se levantam. Mas, um dia, os assassinos, pais, mães, médicos e enfermeiros, todos serão julgados, por terem contribuído para esse "projeto Herodes".

Depravação sexual e imoralidade. De acordo com a Bíblia, a prática homossexual (masculina ou feminina) é pecado gravíssimo, considerado "abominação a Deus". No AT, era pecado que merecia a pena capital (Lv 20.13). No Novo Testamento, a união de pessoas do mesmo sexo é considerado "paixão infame", "sentimento perverso", ao lado da malícia, maldade, inveja, injúria, soberba, desobediência a pais, e mães, a ponto de Paulo dizer que "são dignos de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem" (Romanos 1.26-32).

Mas não se vê uma alarmante campanha contra essas coisas. Pelo contrário. A imprensa apóia, incentiva e dá espaço para a prostituição, o adultério, nas novelas, e nos filmes. Os jovens e adolescentes são incentivados à prática do sexo, antes do casamento, como sendo coisa normal, cultura, "coisa da época". Inclusive, as autoridades dão apoio à prostituição juvenil, através da chamada "educação sexual", que é meramente informativa, deformadora, e desprovida de princípios éticos e morais.

Mais de um milhão de adolescentes engravidam no Brasil. Não é por falta de educação. É por falta de princípios éticos e morais. É falta de base espiritual, que só se encontra em Deus, e na Bíblia sagrada, que exorta a abstinência sexual até o casamento. Isso é considerado ridículo, cafona, retrógrado. Não se vê manchetes nos jornais combatendo esse "tsunami" de depravação. E a sociedade vai-se corrompendo a cada dia, com o silêncio inclusive de muitas igrejas e religiões. O casamento, criado por Deus, é ridicularizado. A família é tida como superada e causadora de mais problemas que soluções. Tudo isso é uma onda gigantesca de depravação. Será que Deus está de braços cruzados? Certamente, não.

Pelo seu amor, está suportando tudo isso, mas não impassível. Com paciência e longanimidade. Mas sua justiça será exercida plenamente, no seu tempo.

Vícios e maus hábitos. As drogas, que destroem e matam vidas, na maioria de adolescentes e jovens, ao invés de terem o combate da sociedade, têm a leniência, a complacência, e o apoio de governos, em várias partes do mundo, incluindo o nosso querido Brasil. O governo, recentemente, enviou projeto ao congresso para liberar o uso de drogas em determinados lugares, imitando países "desenvolvidos". É o apoio claro e explícito ao vício. É o estímulo ao pecado. Ao invés de intensificarem-se campanhas contra as drogas, passa-se a dar apoio com o dinheiro da sociedade.

Poderíamos escrever sobre a corrupção dos políticos; sobre a falsidade de muitos religiosos e religiões; sobre a hipocrisia de muitos, que se dizem santos, mas praticam a maldade em oculto. E Deus permite tudo isso. Por que? Porque Ele é Deus. E fez o homem, original, à sua imagem e semelhança. Esse precisa ser livre. Mas também responsável pelos seus atos. Dará contas a Deus do que fizer e deixar de fazer. É só questão de tempo.


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A LEI MORAL Author: O Evangelho Eterno

A Lei Moral de Deus expressa nos dez mandamentos não se originou , como muitos supõem, no Monte Sinai, na ocasião em que Moisés recebeu as tábuas de pedra escritas com o próprio dedo de Deus. Ela é eterna, como o Seu Autor, tão duradoura quanto Seu reino. É a expressa transcrição do Seu caráter e representa a união entre a sabedoria, a justiça e o amor.

A Lei Moral não pode ser confundida com nenhuma outra representação, judaica ou não, existente na Bíblia Sagrada ou fora dela. Quando a palavra “LEI” é citada nas Escrituras do Antigo ou do Novo Testamento dando uma conotação de ab-rogação, mudança, cumprimento ou de anulação, certamente não se refere à Lei Moral dos dez mandamentos. A palavra TORAH, de onde se origina grande parte das palavras traduzidas por “lei” abrange todo o sistema religioso dos hebreus, chamado muitas vezes de “lei mosaica”.
Ela é representada pelo Pentateuco, ou o conjunto dos cinco primeiros livros da Bíblia Sagrada, de autoria de Moisés, contendo todos os preceitos, de natureza civil, cerimonial, sanitária ou moral, estabelecidos por Deus. Alguns foram determinados especificamente para os judeus, como as leis civis e cerimoniais e outros para todos os homens, para toda a humanidade, como as leis de saúde e a lei de mandamentos morais do Decálogo.

A Palavra de Deus define claramente o que é o pecado. Segundo ela, “o pecado é a transgressão da Lei” (I João 3:4). Ora, daí se pode depreender, então, que é impossível existir pecado se não existir a Lei.

O primeiro transgressor da Lei foi Lúcifer, antes mesmo de ter sido criado o homem. A mesma Escritura confirma que não pode existir pecado ou transgressão se não existir, também, a Lei, conforme está escrito:
“... porque onde não há lei também não há transgressão” (Romanos 4:15). Portanto, é fato plenamente estabelecido e logicamente aceito que a Lei existe anteriormente ao pecado, pela simples razão de que não poderia haver pecado se não houvesse a Lei que pudesse ser quebrada ou transgredida.

Não deve permanecer nenhuma dúvida de que a Lei Moral existe antes do Sinai. Além das razões já apresentadas, poder-se-ia citar o fato, mencionado nas Sagradas Escrituras, de que Abraão foi obediente, guardando a Lei de Deus (Gênesis 26:5). Também antes do Sinai existe a clara evidência de que os hebreus, recém saídos do Egito, guardavam o mandamento que estabelecia o dia de sábado como repouso.

A experiência da colheita do “pão dos céus”, o maná, milagrosamente provido por Deus revela com clareza este fato. O relato de Êxodo 16:4 a 30 cita o fato de que diariamente deveria ser colhido o maná. Todos os dias colhia-se uma medida, que deveria ser consumida no mesmo dia, sob pena de, ficando para o dia seguinte, criar bichos, perder-se. Mas na sexta-feira era ordenado que se colhesse o dobro, para que o mesmo não fosse colhido no sábado.

E, milagrosamente, este excesso não apodrecia, como se dava nos outros dias em que fosse colhido com sobra. As pessoas que no sábado saíram para o colher, não o acharam, por que no sábado o Senhor não o enviava. Estas pessoas foram severamente advertidas e repreendidas por Deus por causa de sua obstinação e desobediência na observância da Sua Lei, com referência ao santo dia de repouso.

Antes de proferir as palavras que continham os Seus mandamentos, o Senhor expressou ao Seu povo o Seu extremo cuidado e amor para com ele, revelando-Se de maneira solene, ao mesmo tempo repleta de ternura: “Eu Sou o Senhor teu Deus que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão” (Êxodo 20:2).

Na seqüência o Senhor revelou, um após outro, todos os mandamentos de Sua Santa Lei Moral. Era um momento tão terrível e de tal solenidade que o povo, não suportando, retirou-se para longe, suplicando a Moisés: “Fala tu conosco, e ouviremos; e não fale Deus conosco, para que não morramos” (Êxodo 20:19). “Moisés falava, e Deus lhe respondia em voz alta” (Êxodo 19:19).

O ensurdecedor sonido da buzina, os trovões, relâmpagos e o monte fumegando pela presença do Deus Eterno era um espetáculo por demais impressionante e terrível. Mas as palavras do Senhor não foram impositivas e sim condicionais. Se o povo O aceitasse como o seu Deus, que o tirara da escravidão, então seria obediente aos Seus mandamentos, por amor a Ele.

Eis os mandamentos da Lei Eterna, que depois foram escritos com o próprio dedo do Criador, em duas tábuas de pedra:
I
“Não terás outros deuses diante de Mim”
(Êxodo 20:3)
II
“Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás. Porque Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que Me aborrecem, e faço misericórdia em milhares aos que Me amam e guardam os Meus mandamentos”
(Êxodo 20:4-6)
III
“Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o Seu nome em vão”
(Êxodo 20:7)
IV
“Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra; mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou”
(Êxodo 20:8-11)
V
“Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá”
(Êxodo 20:12)
VI
“Não matarás”
(Êxodo 20:13)
VII
“Não adulterarás”
(Êxodo 20:14)
VIII
“Não furtarás”
(Êxodo 20:15)
IX
“Não dirás falso testemunho contra o teu próximo”
(Êxodo 20:16)
X
“Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo”
(Êxodo 20:2-17)
O que desejamos considerar, agora, é se esta Lei Moral foi ou pode, de alguma maneira, ser mudada por Deus, em harmonia e conformidade com a Sua justiça e Palavra, ou pelo homem, com a Sua aprovação.
Ao examinar estes mandamentos nota-se claramente que eles estão hoje modificados e não mais são obedecidos e ensinados pelos professos seguidores de Cristo. Se eles foram dados com tanta solenidade e de maneira tão expressiva, que exigiu o cuidado do Criador em inscrevê-los com o Seu próprio dedo em tábuas de pedra, poder-se-ia esperar igual tratamento em caso de mudança de algum dos Seus mandamentos.
Tal não se verificou. Mas o Criador Todo-Poderoso e presciente previu estas mudanças e as anunciou aos Seus servos, os profetas e apóstolos. Através de Daniel o Senhor mostrou, séculos antes, que um poder religioso e político, em nome de Jesus Cristo, dizendo-se seu vigário ou substituto, intentaria contra a Lei Eterna.
Falando desse poder anticristão que dominou absoluto por 1.260 anos, o Senhor profetizou a seu respeito: “E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a Lei; e eles serão entregues na sua mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo” (Daniel 7:25).
O apóstolo Paulo, falando desse mesmo poder, chama o seu detentor, através da série de pessoas que o ocupam, de “o homem do pecado, o filho da perdição; o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus” (II Tessalonicenses 2:3-4). As contundentes e irrefutáveis provas e testemunhos históricos que revelam “o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da Sua boca, e aniquilará pelo esplendor da Sua vinda” (verso 8), estão no capítulo sétimo desta série, intitulado “A História de Roma e o Anticristo”.
A profecia inspirada é infalível, porque é a própria Palavra de Deus anunciando os acontecimentos históricos antes que os mesmos aconteçam. O Senhor, que é o “Alfa e o Omega”, o “Princípio e o Fim”, Onisciente, conhecendo o passado, o presente e o futuro, antecipou aos Seus profetas os horríveis crimes que esse poder blasfemo e anticristão perpetraria contra os Seus verdadeiros servos, por Ele chamados de “Santos do Altíssimo”, perseguidos, humilhados, torturados e mortos em nome da religião e de Cristo, como hereges. Levados ao calabouço e à fogueira, perdendo tudo, até mesmo a vida por amor de Cristo e à Sua verdade, seu sangue clama aos Céus pela justiça que a infalível Palavra de Deus anuncia para breve.
Esse poder assentado em Roma, usurpando a autoridade do próprio Deus, não se satisfazendo em transgredir a Sua Lei Moral, perverteu todos os límpidos princípios do Cristianismo, misturando-os com os do paganismo idólatra. E o que é pior, dizendo-se infalível e com autoridade para tal, cometeu o supremo sacrilégio de subverter a própria Lei do Senhor. A subversão da Lei Eterna acarreta ainda mais terríveis conseqüências do que a sua transgressão.
A igreja assentada em Roma, chamada pela Bíblia Sagrada de “Grande Prostituta” e denunciada como “a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra” (Apocalipse 17:1 e 5) tem um domínio mundial e já dominou absoluta, no passado, sobre reis e imperadores. O profeta do Apocalipse mostra a condenação “da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas” esclarecendo que “as águas, onde se assenta a prostituta, são povos, e multidões, e nações e línguas”. E completa: “E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra” (Apocalipse 17:15 e 18).
Identificado este poder, veja-se a nova lei que, segundo ele, deveria substituir a Lei de Deus. Eis os seus mandamentos, modificando a verdadeira e eterna Lei do Senhor dos Exércitos:
I
“Amar a Deus sobre todas as coisas”.
II
“Não tomar Seu santo nome em vão”.
III
“Guardar domingos e festas”.
IV
“Honrar pai e mãe”.
V
“Não matar”.
VI
“Não pecar contra a castidade”.
VII
“Não furtar”.
VIII
¨Não levantar falso testemunho”
IX
“Não desejar a mulher do próximo”.
X
“Não cobiçar as coisas alheias”.
Ao se fazer uma comparação entre as duas leis, a de Deus e a de Roma, pode-se notar as modificações verificadas e a intenção e astúcia do usurpador poder anticristão e os seus propósitos e motivação nas referidas mudanças.
O primeiro mandamento: “Não terás outros deuses diante de Mim”, foi simplesmente retirado da Lei e substituído por outro: “Amar a Deus sobre todas as coisas”.
É óbvia a intenção de tal mudança, pois os milhares de deuses que eram adorados pelo paganismo romano foram substituídos pelos milhares de santos do catolicismo romano. O papa, sobrepondo-se ao Deus Altíssimo, arrogando-se a si a prerrogativa blasfema de julgar, salvar e santificar, por decretos seus determinava as pessoas que deviam ser consideradas “santas” e colocadas no céu.
A estas, que eram “canonizadas”, ou seja, legalmente declaradas santas e que na sua maioria eram pessoas ímpias, mas importantes, pertencentes a famílias da aristocracia dominante, dever-se-ia prestar culto e veneração. São muitos milhares os pequenos “deuses” ou santos fabricados por decretos papais.
Estas pessoas, pretensamente santas, adquiriam o dom e o poder da onipotência, pois passavam a ter a capacidade de fazer milagres.
Adquiriam, também, a capacidade de estar em muitos lugares ao mesmo tempo e de atender simultaneamente a inumerável quantidade de pessoas, separadamente, ou seja, a onipresença.
Finalmente é-lhes atribuído o terceiro dom que somente o Criador pode ter: a onisciência, que os romanistas alegam ser atribuição e qualidade inerentes a estes “santos”. Como poderia, então, permanecer na Lei um mandamento que proibia a existência de outros deuses, se o poder papal “criava”, quase que diariamente, inumerável quantidade de deuses ou “santos” para substituir os antigos deuses do paganismo?
Na segunda mudança, o poder apóstata e anticristão simplesmente excluiu o segundo mandamento da Lei de Deus, retirando dela o preceito que condenava de maneira absolutamente positiva e clara a idolatria e a adoração de imagens.
Isto porque quando o Cristianismo deixou de ser perseguido pelos imperadores romanos e transformou-se em religião oficial do império, as práticas pagãs foram incorporadas à que deveria ser a religião de Cristo. Dentre estas práticas, a mais comum e abominável era a idolatria, a adoração de imagens.
Preferindo o favor do mundo, a igreja prostituiu-se, abandonando a pureza apostólica, a pobreza, em troca das riquezas, das honrarias e do poder que o “dragão” lhe oferecia. Era, portanto, necessário retirar da lei o mandamento que condenava a sua apostasia, a idolatria explícita.
Em seguida o poder anticristão mudou o dia de guarda estabelecido por Deus desde o Éden, quando, ao terminar a Sua obra de criação, santificou o dia de sábado, deixando-o para todos os homens – Adão e a sua descendência – como uma lembrança e memorial do Seu poder criador.
Por qual ou quais razões ele intentou em mudar este dia? A resposta é simples: primeiro, porque o primeiro dia da semana, então chamado dies solis ou dia do sol, era o dia oficial de guarda do império e das religiões pagãs, de um modo geral e da sua maior expressão, o mitraísmo, de modo particular.
Depois, porque o quarto mandamento da Lei de Deus traz o nome do Legislador Eterno, indicando, ainda, o selo de autenticidade, a “assinatura” do Seu Autor, a Sua condição e prerrogativa de Criador e Governante e a jurisdição e abrangência de todo o Seu domínio: “... porque em seis dias fez (CRIADOR – CRIOU) o Senhor (SEU NOME: JEOVÁ, O SENHOR DOS EXÉRCITOS) os céus e a terra, o mar e tudo que neles há (TODAS AS COISAS, O UNIVERSO INFINITO, O SEU REINO ETERNO).
Assim, para justificar a sua pretensa autoridade – arrogantemente assumida – para mudar a Lei de Deus, era necessária a mudança do dia de guarda, do sétimo, que as Escrituras chamam de “o sábado do Senhor teu Deus” para o primeiro, o dies solis, hoje chamado “domingo” (“Sunday” – dia do sol, na língua inglesa e em muitos outros idiomas).
A justificativa hoje apresentada, sem nenhum argumento bíblico que lhe dê substância, é que este dia pretende comemorar a ressurreição de Jesus. Segundo as Sagradas Escrituras a comemoração da ressurreição de Cristo é a que é lembrada hoje pelo batismo por imersão. Está escrito: "De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida" (Romanos 6:4). E, mais: "Sepultados com Ele no batismo, nEle também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que O ressucitou dentre os mortos" (Colossenses 2:12).
O dia de sábado não poderia realmente permanecer na Lei, enquanto este poder dominasse, porque lembrava a “aliança” de Deus com sua “esposa”, a igreja e seus filhos e era referido como um “sinal” eterno entre o Criador e o Seu povo, como está escrito, a seu respeito: “Entre Mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre; porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, e ao sétimo descansou e restaurou-se”. “E também lhes dei os Meus sábados, para que servissem de sinal entre Mim e eles; para que soubessem que Eu sou o Senhor que os santifica” (Êxodo 31:17 e Ezequiel 20:12).
A mulher, prostituída e idólatra, retirou a aliança do esposo, Cristo, retirando-O do seu nome. Em seu lugar colocou o nome e a aliança do seu amante, Roma, o mesmo assassino do seu ex-marido, por ela traído. Assim, o nome de Igreja Cristã deu lugar ao nome de Igreja Romana.
A quarta mudança foi com relação ao sétimo mandamento, que determina: “Não adulterarás” (Êxodo 20:14). Ora, sendo manifesta a sua condição de adúltera, não poderia permitir que este mandamento permanecesse como uma acusação contínua a seu estado deplorável e criminoso.
Colocou em seu lugar um mandamento ambíguo e evasivo: “Não pecar contra a castidade”. Então, o que vem a ser castidade? Pecar contra a castidade de quem? Efetivamente esta mudança atendeu a um propósito espúrio e mal-intencionado.
Finalmente, com a exclusão do segundo mandamento, o que proíbe as imagens de escultura, ficaram apenas nove, o que em absoluto conviria aos propósitos desse poder apóstata. Como resolver este problema? Simples! Era bastante proceder-se a uma alquimia e, judiciosamente, dividir o décimo mandamento em dois, para que o seu número se completasse.
Assim foi feito. O mandamento que proibia que se cobiçasse qualquer coisa do próximo – sua mulher, seus bens, enfim, tudo que lhe pertencesse – foi repartido em dois. O nono passou a proibir que se cobiçasse a sua mulher; o décimo, as outras coisas.
A hipocrisia desta atitude e o sucesso na sua implantação somente podem ser explicados em nome da superstição, ignorância e do profundo temor que este poder infligia às consciências. De um lado, ele ameaçava com as chamas de um inferno eterno, aos que o desobedecessem. De outro, com as chamas das fogueiras da inquisição, estas mais reais e tangíveis.
Mas a promessa da Palavra de Deus é que esta afronta aos Céus não ficará impune e terá a sua justa retribuição no dia do ajuste de contas, antes do qual Suas verdades e Sua Lei Eterna serão restauradas à sua dignidade e pureza originais.

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COMO SERÁ A VINDA DE JESUS


"Porque, assim como o relâmpago sai do Oriente e se mostra até ao Ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem" (Mateus 25:27). As palavras de Jesus mostram claramente como será a Sua vinda gloriosa a este mundo. Um relâmpago, ao cortar o firmamento, ilumina o céu e chama vivamente a atenção de quem o contempla. Nada pode ser comparado ao esplendor da glória do Senhor.
João afirma ser o rosto de Jesus resplandecente como o sol: "... e o Seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece" (Apocalipse 1:16). O fulgor da presença do Senhor é tão intenso que o profeta afirma não haver necessidade da luz do sol para iluminar a Nova Jerusalém e a Nova Terra: "E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumia e reinarão para sempre" (Apocalipse 22:5).
Pode-se, então, imaginar o espetáculo grandioso que será a vinda do Senhor Jesus, em poder e grande glória, com milhões dos Seus anjos: "Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da Terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E Ele enviará os Seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os Seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus" (Mateus 24:30-31).
Os céus se enrolarão como um pergaminho. As montanhas tremerão, as ilhas sairão dos seus lugares, à aproximação do Grande Deus. Os grandes edifícios ruirão e multidões desesperadas procurarão esconder-se da espantosa presença do Salvador a Quem rejeitaram.
É a própria Palavra de Deus que afirma: "E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares. E os reis da Terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas; e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto dAquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; porque é vindo o grande dia da Sua ira; e quem poderá subsistir?" (Apocalipse 6:14-17).
O coro dos anjos encherá o firmamento. Ao som da trombeta de Deus os túmulos se abrirão em toda a extensão da Terra. Multidões dos resgatados ao poder da sepultura serão trazidas nos braços dos anjos até aos seus familiares e amigos que não experimentaram a morte. Um frêmito percorrerá a todos estes, ao sentirem, num instante, num piscar de olhos, a transformação do seu corpo mortal no corpo glorioso semelhante ao de Jesus, com o qual viverão para sempre. A inexprimível alegria do reencontro com os entes queridos ressuscitados somente será superada pela contemplação da face de Jesus.
Os resgatados cantarão sua incomparável felicidade, pela realização do seu mais acalentado sonho. E naquele dia se dirá: "Eis que este é o nosso Deus, a Quem aguardávamos, e Ele nos salvará. Este é o Senhor, a Quem aguardávamos; na Sua salvação gozaremos e nos alegraremos" (Isaías 25:9).
Para os que rejeitaram a Jesus e a salvação, entretanto, o espetáculo da Sua vinda é algo terrível, e somente muito tarde estarão reconhecendo que a pregação da Sua vinda, que desprezaram e escarneceram, não era uma fábula tola.
O fogo consumidor que é a presença do Deus Todo-poderoso abrasará e consumirá todos os que não foram transformados e capacitados para esta hora: "Nuvens e obscuridade estão ao redor dEle; justiça e juízo são a base do Seu trono. Adiante dEle vai um fogo que abrasa os Seus inimigos em redor. Os Seus relâmpagos alumiam o mundo; a Terra viu e tremeu. Os montes se derretem como cera na presença do Senhor, na presença do Senhor de toda a Terra. Os céus anunciam a Sua justiça, e todos os povos vêem a Sua glória" (Salmo 97:3-6).
Os ímpios, portanto, serão mortos pelo esplendor de Sua vinda, pois não poderão suportar o fogo consumidor que é a glória da presença do Senhor. Está escrito: "Por causa da ira do Senhor dos Exércitos a Terra se escurecerá, e será o povo como pasto do fogo... Mas julgará com justiça os pobres, e repreenderá com equidade os mansos da Terra; e ferirá a Terra com a vara de Sua boca, e com o sopro dos Seus lábios matará o ímpio . Eis que o nome do Senhor vem de longe ardendo em Sua ira, e lançando espesso fumo; os Seus lábios estão cheios de indignação, e a Sua língua é como fogo consumidor" (Isaías 9:19, 11:14 e 30:27).
A linguagem utilizada por todos os profetas, no Antigo e Novo Testamentos, é uma linguagem que causa forte impressão e não deixa margem a qualquer dúvida, a respeito da terrível solenidade do extraordinário acontecimento. Chegou o momento em que a violência, a impiedade e corrupção do mundo deverão sorver a taça da retribuição de tudo que plantaram. O dia do ajuste de contas finalmente chegou. A paciência e longanimidade divinas, que por tantos milênios retardaram os juízos sobre um mundo impenitente, finalmente são removidas.
A Palavra de Deus declara os seus resultados, manifestos no dia do Senhor: "Porque a indignação do Senhor está sobre todas as nações, e o Seu furor sobre todo o exército delas; Ele as destruiu totalmente, entregou-as à matança. E os seus mortos serão arremessados, e com o seu sangue os montes se derreterão. E todo o exército dos céus se gastará, e os céus se enrolarão como um livro; e todo o seu exército cairá, como cai a folha da vide, e como cai o figo da figueira" (Isaías 34:2-4).
"Todas as advertências da Palavra de Deus serão cumpridas nesse dia. Nenhuma delas faltará. Porque será o dia da vingança do Senhor, ano de retribuições pela luta de Sião. E os ribeiros se transformarão em piche, e o seu pó em enxofre, e a sua terra em piche ardente . Porque eis que o Senhor virá em fogo, e os Seus carros como um torvelinho, para tornar a Sua ira em furor, e a Sua repreensão em chamas de fogo. Porque com fogo e com a Sua espada entrará o Senhor em juízo com toda a carne; e os mortos do Senhor serão multiplicados. Os que se santificam, e se purificam nos jardins uns após outros, os que comem carne de porco, e a abominação, e o rato, juntamente serão consumidos, diz o Senhor" (Isaías 34:8-9 e 66:15-17).
Os textos seguintes da Palavra de Deus não deixam margem a dúvidas a respeito da ressurreição dos justos, na volta de Jesus, quando os ímpios moradores da Terra serão castigados: "Os teus mortos viverão, os teus mortos ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os seus mortos . Porque eis que o Senhor sairá do Seu lugar, para castigar os moradores da Terra, por causa da sua iniqüidade, e a terra descobrirá o seu sangue, e não encobrirá mais aqueles que foram mortos" (Isaías 26:19 e 21).

Este texto foi transcrito do capítulo 13 do título "A Volta de Jesus", disponível neste site, sob a indicação de "SÉRIE O TERCEIRO ANJO".

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Exorcista oficial da Igreja diz que demônio está no Vaticano

Os recentes escândalos envolvendo a Igreja Católica, e até mesmo o ataque ao Papa Bento XVI na noite de Natal, ganharam uma explicação do exorcista-chefe do Vaticano: "o demônio está instalado no coração da Igreja", concluiu o padre Gabriele Amorth, exorcista há 25 anos.

Para o religioso, há sinais de que o Anti-Cristo está vencendo a batalha contra a Santa Sé. De acordo com Amorth, as evidência são irrefutáveis. Ele ainda disse que, na alta hierarquia Católica, "há cardeais que não acreditam em Jesus e bispos que estão ligados ao demônio".
"O demônio mora no Vaticano e você pode ver as consequências disso", disse o padre, de 85 anos. "Ele pode se esconder, ou falar diversas línguas, ou até aparecer para ser solidário. Às vezes ele ri de mim. Mas sou um homem feliz com o meu trabalho".

A tentativa de assassinato do Papa João Paulo II em 1981 e as recentes revelações de violência e pedofilia cometidas por sacerdotes que trabalham na educação de crianças também são obras do demônio que se instalou na Igreja, segundo o italiano. Durante uma entrevista a uma radio em 2006, o padre, que serviu o exército italiano durante a II Guerra Mundial, disse que os nazistas estavam possuídos e eram uma prova de que o demônio existe.

Apesar de exisitir uma certa "resistência e confusão" a respeito do exorcismo entre os católicos, o padre Amorth garantiu ao jornal La Repubblica que o Papa Bento XVI não tem dúvidas da eficiência desta técnica. "Sua Santidade acredita de todo o coração na prática do exorcismo. Ele tem encorajado e parabenizado nosso trabalho", afirmou o padre. Ao exemplificar como são feitos os exorcismos, o italiano disse que o filme O Exorcista (1973) se aproxima muito da realidade, acrescentando que quem está possuído pelo demônio profere blafêmias, vomita cacos de vidro e pedaços de ferro.'

Transcrito do blog DIÁRIO DA PROFECIA

Exorcista-chefe diz que há bispos ligados ao Diabo
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiquircCrV5XRqEOXDHg7d6bqRu3zrnPuNdDydAhaAx6Ob_SmtB7bMNiP0h3FpIPkqDvUDfK61QEujS4ELYcLfttueGrlKiwrPR9QXvESm6MEuRYZdPpJXgoYzm8Kr3mHIIRmYOPMWAwS8/s1600-h/conclavea.jpgEm entrevista ao diário La Repubblica, o padre Gabriele Amorth, que comanda o departamento de exorcismo em Roma há 25 anos, disse que o ataque ao papa Bento 16 na noite de Natal e os escândalos de pedofilia e abuso sexual envolvendo sacerdotes seriam provas da influência maléfica do Demônio na Santa Sé e que "é possível ver as consequências disso". O sacerdote, de 85 anos, disse ainda que há, na Igreja, "cardeais que não acreditam em Jesus e bispos ligados ao Demônio". Amorth, que já teria realizado o exorcismo de 70 mil possuídos, publicou um livro no mês passado, chamado Memórias de um Exorcista, em que narra suas batalhas contra o mal. A série de entrevistas que compõe o livro foi realizada pelo jornalista Marco Tosatti, que conversou com o programa de rádio Newshour da BBC. Tosatti disse que o Diabo atua de duas formas. Na primeira, a mais ordinária, "ele te aconselha a se comportar mal, a fazer coisas ruins e até a cometer crimes". Na segunda, "que ocorre muito raramente", ele pode possuir uma pessoa. Tosatti disse que, de acordo com Amorth, Adolf Hitler e os nazistas foram possuídos pelo capeta.

O exorcista católico conta em suas memórias que, durante as sessões de exorcismo, os possuídos precisavam ser controlados por seis ou sete de seus assistentes. Eles também eram capazes de cuspir cacos de vidro, "pedaços de metal do tamanho de um dedo, mas também pétalas de rosas", segundo o sacerdote.

Amorth defende que a tentativa de assassinato do papa João Paulo 2º em 1981, assim como o ataque ao atual papa no Natal passado e os casos de abuso sexual cometidos por padres são exemplos de que o Diabo está em guerra com a igreja.

Em entrevista ao La Repubblica, o exorcista contou que o Demônio "pode permanecer escondido, ou falar diferentes línguas, ou mesmo se fazer parecer simpático".

Para Tosatti, não há nada que se possa fazer quando o Diabo está apenas influenciando as pessoas, em vez de estar possuindo-as. [...]

(Estadão)

Nota: É muita ingenuidade achar que o diabo pode ser intimidado com água benta e crucifixos. O que esses exorcistas fazem, na verdade, é desviar o foco do verdadeiro combate: "Sujeitai-vos a Deus, mas resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós" (Tiago 4:7). A única maneira de vencer o inimigo de Deus é se sujeitando a Deus, o que implica em obedecer à Sua Palavra e aos Seus mandamentos. Duas coisas transparecem nas entrelinhas dessa matéria: (1) parece que querem jogar sobre o diabo toda a culpa dos casos de pedofilia na igreja; (2) é muito estranho Tosatti dizer que não há nada a ser feito em caso de "simples" influência demoníaca (e não possessão). Claro que há! Primeiro, punir os pedófilos (de qualquer igreja, religioso ou não) e quebrar o silêncio. Segundo, orar e se humilhar diante de Deus, buscando a verdadeira santificação. Pior que isso, só mesmo os "exorcistas" neopentecostais que brincam com o diabo como se fossem grandes amigos.[MB]
Texto de Michelson Borges, Blog CRIACIONISMO



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