segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

UM PRATO DE LENTILHAS É O QUE VOCÊ TEM PARA JANTAR?


Em Gn 25.21-34 temos a descrição do casamento de Isaque e Rebeca, da esterilidade de Rebeca, da oração incessante do marido e da bênção da gravidez de gêmeos. Ficamos sabendo, também, que como no decorrer da gravidez Rebeca sentia que os filhos lutavam entre si, consultou ao Senhor e este lhe respondeu que duas nações estavam em seu ventre, que dois povos divididos estavam ali representados, e que o mais velho serviria ao mais novo. E mais sabemos nos próximos versículos: que o primeiro a nascer foi um menino ruivo e com muitos pêlos, chamaram-no Esaú. O segundo nasceu com uma particularidade: com uma mão agarrava o calcanhar do irmão, por isso lhe chamaram de Jacó, o suplantador E a Bíblia diz que eles cresceram e que Esaú se destacava como perito na caça, homem do campo, enquanto Jacó era um homem simples, mais pacato, que habitava em tendas. O pai Isaque amava mais a Esaú, enquanto Jacó era mais amado por sua mãe Rebeca. Mas o texto que quero destacar se encontra nos versículos 29 a 34: Esaú veio do campo, cansado, esmorecido e faminto, quando se encontra com Jacó que acabara de fazer um cozido de lentilhas. E de pronto pede um pouco do guisado ao irmão, mas este, aproveitando-se do estado da necessidade de Esaú propõe-lhe que em troca lhe venda a progenitura. Diante da proposta despropositada de Jacó, Esaú simplesmente poderia ter se recusado, mas aceita-a e ainda argumenta que estava a ponto de morrer e que de nada lhe serviria ser o primogênito. E tendo, então, Esaú jurado que os direitos de primogenitura passavam a Jacó, foi então comer o guisado de lentilhas com pão que Jacó lhe preparou. Realmente nenhum dos dois irmãos se deu conta de que atitudes geram conseqüências. Esaú se posiciona, desde o início, como alguém esmorecido, Quando estamos esmorecidos, com fome, comemos com avidez. Queremos suprir a necessidade física que nosso organismo requer. Assim, Esaú não pensou em mais nada, exceto em sua necessidade imediata. Naquele momento ele queria saciar sua fome, assim ele só pensava em seu “prato de lentilhas”. Quantas atitudes impensadas tomamos, sem pensar nas conseqüências, pois apenas pensamos no “prato de lentilhas”. Ao continuarmos a leitura pelos demais capítulos tudo fica mais claro. Aquela estupidez vai marcar para sempre a história de vida dos irmãos e de seus pais. Com ajuda da mãe, Jacó, o suplantador, o enganador, recebe a bênção da progenitura, por seu velho pai, tendo-o enganado, pois se passara por Esaú, mas seu irmão descobre e intenta matá-lo. Jacó é obrigado a fugir para a terra distante dos parentes de sua mãe. E nunca mais verá seus pais. Lá por amor de Raquel é obrigado a trabalhar dobrado para seu tio, que o engana diversas vezes. Enganara seu irmão, seria enganado. Seu erro trouxe-lhe muito mal estar e infelicidade. Trouxe-lhe tristeza, posto que nunca mais seria abraçado por sua mãe, nem por seu pai. Seu irmão o odiava e o queria morto. Que confusão! E como tudo começou? Com um prato de lentilhas, feito sob a forma de guisado, Jacó comprou de seu irmão algo que era por direito de Esaú. Que lições como esta nos lembre que é preciso resistir às tentações! O que em sua vida é tão irresistível que se assemelha a um prato de lentilhas? Cuidado com o que você come, cuidado com o que lhe é apresentado. Sejam coisas ou pessoas, não importa. É preciso saber discernir. É preciso saber fazer escolhas. Quando estamos fortalecidos no Senhor, é possível resistir às tentações. Devemos usar de maturidade e conseguir antever as conseqüências. E assim evitam-se males, muitas vezes, irreparáveis.Pr. Isabel
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