No dia 26 de dezembro de 2004, o mundo foi abalado por uma das maiores tragédias, provocadas pelas forças da natureza. Doze países, na Ásia, foram atingidos por uma onda gigantesca, de cerca de 12 metros de altura, que varreu cidades, povoados, ilhas e lugares exóticos, não deixando vestígio de civilização. Mais de 160 mil pessoas morreram, incluindo homens, mulheres e crianças. E a morte não ceifou a vida só de habitantes daqueles lugares. Em alguns países, havia milhares de turistas estrangeiros, de diversas nacionalidade, que foram tragados pelo mar, juntamente com seus filhos. Ondas maiores podem formar-se, como as causadas pela erupção do Vulcão Krakatoa, também no Oceano Índico, em 1883, as quais atingiram 40 metros de altura.
Causou choque emocional em muitas pessoas que, perplexas e confusas, viam, na TV, as cenas horríveis de pessoas que perderam seus parentes. E não poderia ser diferente. Pais desolados, segurando a mão de seus filhos mortos. Mães desesperadas, com os olhos para os céus, perguntando: Por que? Por que? O que fizemos de errado?
Diante de um quadro tão terrificante, as reações das pessoas, em todo o mundo, são as mais diversas. Mas, dentre essas, as que mais me chamam a atenção são a das pessoas que querem julgar Deus! Sim. Vi pela Internet, e na imprensa, televisada e escrita, muitas manifestações de homens e mulheres que querem julgar Deus. Que querem culpar Deus pelo ocorrido. Mais uma vez, vi a referência a um pronunciamento de filósofos, ateus, que julgaram Deus impotente e injusto por não ter evitado o terremoto que abalou Lisboa, no século XIX. E aproveitaram para dizer que Deus não existe, e, se existe, não é onipotente, nem bom, nem justo, pois não pôde evitar a tragédia.
É muito interessante, para não dizer grotesco, que muitas pessoas só se lembram de Deus nesses momentos, quando acontecem cataclismos. Mas não se lembram de atribuir a Deus as coisas boas e agradáveis. Durante o ano todo, há chuva, vento, plantação, colheita, o sol nasce todo dia, a lua cumpre seu ciclo, as pessoas nascem, vivem, desenvolvem-se; o oceano produz milhões e milhões de toneladas de alimento, e tantos outros benefícios da natureza, mas não se vê pessoas, na imprensa, atribuindo esses benefícios naturais a Deus. Porém, quando há tragédias, certos formadores de opinião dizem: Que Deus é esse?
1. SERÁ QUE FOI DEUS QUE CAUSOU A TRAGÉDIA?
Os cientistas explicaram, logo após a catástrofe, que o "tsunami" foi causado por um maremoto, ocorrido a 9.000 metros de profundidade, no Oceano Índico. Segundo eles, houve o deslocamento de uma placa tectônica, na Índia, sob outra placa tectônica, na Birmânia, elevando o nível das águas em 15 metros, provocando um volume de águas fenomenal, dando origem a ondas gigantescas para todos os lados. Com o deslocamento das tais placas, foi liberada uma energia extraordinária, equivalente à de um milhão de bombas atômicas, idênticas à que foi detonada no Atol de Mururoa, no Pacífico, em 1973. Desse modo, segundo a ciência, o que houve foi um fenômeno natural, provocado por causas naturais, que não puderam ser detectadas a tempo pelas autoridades dos países afetados. Por outro lado, centros de monitoração de terremotos e maremotos deram o alerta com certo tempo para que as populações fossem avisadas e deixassem a área. Mas o aviso não pôde chegar a todos os países, por causa da falta de estrutura de comunicações.
Essa é a explicação da ciência. Mas, permanece a pergunta: Foi Deus que causou a tragédia? Até onde podemos conhecer de Deus, podemos afirmar que Ele não foi o causador da tragédia. Mas, certamente, Ele permitiu que ela acontecesse. Nada acontece, no universo, que não seja do seu conhecimento, e por sua permissão. E por que Ele permitiu? Se alguém acha que tem a resposta, que o diga. Eu não a tenho. O que sei, pela revelação bíblica, é que Deus age, de acordo com dois aspectos de sua justiça, e de sua vontade soberana.
2. COMO DEUS AGE
Primeiro, pela Sua vontade diretiva.
Isso quer dizer que, quando Ele resolve fazer alguma coisa, segundo sua vontade diretiva, ninguém, absolutamente, ninguém o pode impedir. É o que escreveu o profeta Isaías: "Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu, quem impedirá?" (Isaías 43.13). Foi por meio dessa vontade que Deus criou o universo, incluindo a Terra, e , neste pequenino planeta, colocou o ser humano com o propósito de glorificá-lo, adorá-lo e servi-lo. Infelizmente, porém, a maioria dos habitantes do planeta não quer voltar-se para Deus. Prefere dar as costas para Ele, e viver de modo contrário à Sua santa vontade. Se Deus tratasse os homens com a vontade diretiva, ninguém, jamais, poderia dar-lhe as costas, fazendo o que não lhe agrada.
Por sua vontade diretiva, Ele pode fazer chover, ou não; haver terremotos, ou não; inundações, ou não. Ele é Deus, o Criador de tudo e de todos, e tem o direito autoral de todas as coisas na natureza. Exceto o pecado e suas conseqüências, que são de responsabilidade total e absoluta do ser humano, que escolhe o mal, muitas vezes, e abandona o bem.
Segundo, pela vontade permissiva.
Em relação ao homem, como agente livre, Deus age mais pela sua vontade permissiva. Ou seja, Ele permite que o ser humano haja como desejar, escolha caminhos, ou atalhos; faça o que entende ser melhor para si; tome decisões que julgue as melhores para suas vidas, mesmo que sejam erradas. Podemos até não entender, mas é assim que Deus geralmente se coloca diante dos seres por Ele criados.
Ele poderia, em todo o tempo, usar sua vontade diretiva. Ele poderia usa sua onipotência, e só deixar acontecer aquilo que, a seu ver, fosse o melhor, o mais correto, o mais justo, e o mais adequado à sua infinita soberania. Porém, não é assim que Ele age. Ele dá ao homem o direito de fazer ou deixar de fazer. De querer ou não querer. Mas, dirá algum crítico (ou "juiz"!) de Deus. Por que Ele permite tanta maldade? Ele não pode evitar todos os crimes, toda a violência, todos os acidentes, todas as tragédias? Não poderia ter evitado o "tsunami"?
Poderia, sim. Deus pode evitar tudo. As ações do homem, e as atividades das forças da natureza. E pode realizar tudo. Ele é onipotente, onisciente, e onipresente. Mas, então, por que Ele permite o mal? Por uma razão muito séria. Quando fez o homem, o fez à sua "imagem e semelhança". E, para que isso seja realidade, o ser criado precisa ter a liberdade para fazer ou deixar de fazer alguma coisa. É o livre-arbítrio, concedido por Deus ao ser humano, para que esse não fosse um autômato, um teleguiado, ou mesmo, como diz certo escritor , um "fantoche de Deus". Se Deus houvesse feito um "fantoche", seria um "deus fantoche". E não faz parte de Sua natureza ser fantoche, teleguiado, ou autômato. Deus é livre. O ser criado tem que ser livre, inclusive para fazer o bem ou o mal. E arcar com as conseqüências.
É bom que saibamos: Deus pode fazer tudo o que Ele quer. Mas não quer fazer tudo o que Ele pode. Se alguém insiste em ser juiz de Deus, que o seja. Um dia, haverá de encará-lo frente a frente. E não haverá advogado de defesa. O advogado atua hoje, nesta vida. Jesus Cristo é o advogado de todos os que o constituem como seu defensor, mas só nesta existência. Na eternidade, "cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus" (Romanos 14:120). E todos serão julgados. Diz o Apocalipse: "E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras" (Apocalipse 20.12 ). Ninguém, no Brasil, nas Américas, na Europa, ou na Ásia, escapará do Juízo Final, se não reconhecer que só Jesus Cristo é o Senhor do Universo. E o juiz de todas as causas, reveladas, ou ocultas.
3. É PRECISO DIZER A VERDADE SOBRE DEUS
Deus não deve ser visto, ou crido, somente por um lado. O lado do amor. Deus também é justiça. É o supremo amor, mas, também, a suprema justiça. Pregar que Deus é só amor, e não mostrar que Ele é justo, e cobra do homem suas atitudes, é fazer propaganda enganosa. A Bíblia diz: "Deus é amor" (1 João 4.16); "Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou" (Efésios 2.4).
A mesma Bíblia diz: "...Deus um fogo consumidor" (Hebreus 12.29); diz também: "Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo" (Hebreus 10:31). Não é honesto o pregador que apresenta Deus somente pelo lado da graça, da misericórdia e do amor. Essa é a forma pela qual ele trata os homens, mas com sua justiça Ele trata os que transgridem suas leis. Ninguém é obrigado a crer nesse Deus. Mas, nele crendo, precisa ter consciência do seu caráter, revelado nas Escrituras.
No seu amor, Ele criou o homem, e lhe deu tudo de bom para sua existência na terra, inclusive a vida eterna. Mas o homem deu as costas para Deus, fazendo mau uso da liberdade concedida.
Na sua justiça, Ele exerceu seu juízo sobre o homem pecante, banindo-o do Éden, e privando-lhe da vida eterna, como pecador. Toda a desgraça da humanidade decorre disso. Do pecado original. Inclusive "o tsunami" é conseqüência do pecado, pois a terra, a ecologia, o mar, e todos os ecossistemas foram abalados, e transtornados por causa do pecado. No plano original de Deus, não haveria terremotos, tufões, ou maremotos. O planeta era perfeitamente equilibrado em todo o seu meio-ambiente.
No seu amor, Deus proveu o meio de salvação para o pecador. Enviou Jesus Cristo, para morrer na Cruz do Calvário, a fim de salvar o ser humano da condenação eterna. Por Cristo, ensinou o mais elevado código de ética e conduta, que são os evangelhos, cuja base é o amor a Deus e ao próximo.
Mas os homens, em todos os lugares, continuam rejeitando o Criador em sua maioria. Dão as costas para Deus, mas querem julgá-lo pelo que acontece de ruim. Resolveram criar deuses à sua própria imagem, inclusive deuses depravados, que incentivam a prostituição, a imoralidade, e a violência.
Na sua justiça, Deus vai julgar todos os homens, desde o primeiro até o último a nascer, pelos seus pecados. Essa é a verdade, emanada das Escrituras: "Os ímpios serão lançados no inferno e todas as nações que se esquecem de Deus" (Sl 9.17). Não pregar isso é ser desonesto para com a verdade bíblica.
O mal existe, por permissão de Deus, mas só por um tempo, mesmo que seja longo. Um dia, Deus dará fim a toda a maldade, a todo o pecado, a toda a injustiça, a toda violência. É uma questão de tempo, no tempo (kairós) de Deus.
No seu amor, Ele formou um povo, a sua Igreja para um dia, ir viver na eternidade a seu lado. Por sua justiça, condenará os ímpios à perdição eterna, num lugar chamado Inferno.
4. DEUS PODE DESTRUIR NAÇÕES INTEIRAS?
A Bíblia tem a resposta. Se alguém quiser, creia. Se não quiser, não creia. Se quiser continuar julgando Deus, que julgue. No Juízo Final, saberá a conseqüência de sua arrogância, do seu orgulho.
Diz a palavra de Deus que, depois de algum tempo, "a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente" (Gn 6.5). A violência, a prostituição, o homossexualismo, e tantos outros graves pecados tornaram-se comuns. E Deus resolveu exercer seu juízo sobre o pecado. "A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência. E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra." (Gênesis 6.11.12).
No meio da população mundial, à época, Deus só encontrou um homem justo: Noé! (Gênesis 6.9). E Deus falou com aquele servo, e lhe disse que haveria de destruir toda a humanidade por causa de sua maldade. Mandou que ele fizesse uma arca (um navio) para escape dele e de sua família, incluindo suas três noras. Oito pessoas, apenas!
E enviou o Dilúvio sobre a terra. Os "tsunamis" eram tão violentos, em meio às explosões vulcânicas, que a topografia da terra foi toda modificada. As placas tectônicas se desprenderam, produzindo terremotos e maremotos tão grandes, que o maremoto da Ásia seria uma gota dágua ante a catástrofe descomunal. Todo o planeta foi alterado. As águas subiram até os mais altos montes, segundo a Bíblia. Alguém diz que isso é "lenda". É um direito que cada um tem de crer ou não crer. Eis a questão!
Depois do Dilúvio, só 8 (oito) pessoas escaparam! Dirá alguém. Que Deus é esse, que destrói tantos inocentes, mata todo o mundo, e só faz escapar oito pessoas?!! "Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo", diz a Bíblia (Hebreus 10.31). No Juízo Final, aqueles que dizem que a Bíblia é uma lenda, escrita por homens quaisquer, haverá de constatar a sua severa veracidade. E será tarde demais. O inferno está aguardando os que querem julgar Deus.
Deus não quer a condenação de ninguém. A Bíblia diz que Ele não tem prazer na morte do ímpio (Ezequiel 33.11). Pelo contrário, Ele quer "que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade" (1 Timóteo 2.4).
Mas os homens são livres. Podem crer ou não crer. Aceitar ou não aceitar. E Deus não obriga ninguém a crer nele. Os ateus, e os agnósticos, em sua presunção, julgam-se tão sábios a ponto de ridicularizarem a idéia de Deus. É um direito que lhes assiste. Mas há muita gente religiosa, que também não aceita o Deus da Bíblia. Preferem adorar a pedra, o pau, o rio, as florestas, "a mãe Terra", a deusa "Gaia", os orixás, os "guias", e tantos ídolos. Só não querem saber do Deus da Bíblia. Terão que encarar o juízo do único e verdadeiro Deus do Universo.
Sodoma e Gomorra, e mais três cidades, eram terríveis pecadoras diante de Deus. O homossexualismo era a tônica em seu comportamento. E Deus tirou de lá só um homem justo, Ló, que escapou com duas filhas, e destruiu as cidades, de modo tão violento, com fogo e enxofre, que, em seu lugar, ficou o que hoje é chamado de o "Mar Morto", a 400 metros abaixo do nível do mar. Que Deus é esse?, diz o ímpio, e o incrédulo. Esse é o Deus da Bíblia. Ele pode destruir nações inteiras, pois Ele é o Soberano, o Criador de todas as coisas, e é o Supremo Juiz do Universo. Sua justiça não se baseia nas leis da terra, que são mutáveis e mutantes, aplicadas de acordo com a vontade e o entendimento limitado e falho dos juízes da Terra.
5. E NO NOVO TESTAMENTO, ISSO PODE ACONTECER?
Algum pastor, sacerdote, ou líder religioso, liberal e modernista, que deseja ser simpático ao público ouvinte, ou leitor, pode argumentar que isso foi no Antigo Testamento. No Novo Testamento, que é o livro dos cristãos, no período da graça, não há mais esse tipo de comportamento da parte de Deus. Ledo e terrível engano. Deus não muda (Tiago 1.17). O juízo de Deus sobre a impiedade dos homens será muito mais terrível do que no Dilúvio e sobre Sodoma e Gomorra.
O "tsunami" da Ásia (que, provavelmente não terá sido o último) não foi nada em relação ao que vai acontecer no período da Grande Tribulação, prevista no Apocalipse. Deus não está de braços cruzados. Ele tem o controle da História, e de todos os homens. É uma questão de tempo. De Seu tempo (Kairós). Um dia para Ele é como mil anos. E mil anos, como um dia (2 Pedro 3.8). No seu tempo, Deus vai enviar sobre a terra os mais pesados, tremendos, e inimagináveis juízos sobre os homens e mulheres ímpios; os que zombam de Deus; os que escarnecem da Bíblia; os que questionam a Deus; os que se fazem "juízes (sic)" de Deus hão de ver. Quem for vivo verá!
A Grande Tribulação será o período final e decisivo sobre os homens ímpios. Deus não está de braços cruzados. Apenas Ele está aguardando o momento próprio para agir contra o mal. Na Grande Tribulação, sete anjos derramarão "sete taças" dos juízos divinos sobre a terra. Na primeira, "uma chaga maligna" acomete os adoradores da besta (o anticristo); na segunda, um meteoro é lançado sobre o mar (como um monte), as águas do mar são tornadas em sangue, e morrem todos os seres vivos no mar; (imagine-se a altura dos "tsunamis" que esse fenômeno provocará); na terceira, um outro meteoro será lançado sobre as águas (uma "estrela"), os rios e as fontes são tornadas em sangue; na quarta, o sol aumenta o calor de tal forma, que os homens, desesperados, blasfemam de Deus; na quinta, o trono da besta (o anticristo) é atingido, e os homens mordem as línguas de dor; na sexta, um anjo derrama a taça sobre o rio Eufrates, e abre caminho para os reis do oriente, espíritos imundos envolvem os reis contra Deus, para a batalha do Armagedon; na sétima taça da ira de Deus, haverá um grande terremoto, as capitais mundiais são destruídas, a religião do Anticristo ("a grande Babilônia") é destruída, as ilhas do mar desaparecem (pelos maremotos, certamente), os montes são derribados, e uma pesada chuva de granizo (ou meteoros) do peso de um talento (40 kg) cai sobre os homens, e eles blasfemam de Deus (Ap 16.1-21).
6. E O TSUNAMI DA ÁSIA?
Cremos que foi pela vontade permissiva de Deus. Pode ter sido, ou não, juízo de Deus sobre a pecaminosidade do homem. Só Ele o sabe. A imprensa clama, esbraveja, reclama, condena e reverbera contra Deus. Os ateus fazem a festa, dizendo que Deus não existe. E acrescentam: se ele existe, não pode ser bom e justo ao mesmo tempo; se é onipotente, não quis impedir; logo, ele não é justo..."
Diz a Bíblia: "Ai daquele que contende com o seu Criador, caco entre outros cacos de barro! Porventura, dirá o barro ao que o formou: Que fazes? Ou a tua obra: Não tens mãos? (Isaías 45.9 - grifo meu).
Quando os juízes da Terra, homens falíveis e mortais, lavram uma sentença, os homens dizem: "Decisão da Justiça não se discute. Cumpre-se". E deve ser assim, sob pena de esntrarmos num estado de anarquia, e anomia, com sérias conseqüências para a ordem social. Mas, quando O Supremo Juiz do Universo exerce sua Justiça divina, "o caco entre os outros casos de barro" acha-se no direito de julgar o Criador.
A tragédia da Ásia pode ter sido juízo de Deus, ou não, repito. Não nos cabe julgar. É hora de ajudar, de ser solidário, de amar, e unir as mãos em prol dos que ficaram sem paz, sem familiares, sem teto, sem alimento, sem roupa. Mas também é hora de parar e refletir ante a grandeza de Deus, da Sua natureza, e a fragilidade espiritual, moral e física dos habitantes do planeta.
Não sabemos tudo. Mas podemos dizer, à luz da Bíblia, que o "tsunami" foi mais uma das conseqüências do pecado do ser humano. Resultante de sua agressão à natureza, poluindo o ar, as águas, a terra. O efeito estufa está aumentando. A luz solar já não chega com a mesma intensidade no planeta, segundo os cientistas. Deus não quer, mas permite as conseqüências do mal, da tragédia humana.
7. OUTROS "TSUNAMIS" PERMITIDOS POR DEUS
Milhões de crianças assassinadas. No Brasil, há cerca de 5.000.000 (cinco milhões, isso mesmo!) de abortos por ano. Por ano, no mundo, estima-se em mais de 20.000.000 (vinte milhões) o número de crianças abortadas. Um verdadeiro infanticídio, ou genocídio. E não se vê as redes de televisão clamando, protestando, e criticando Deus. "Por que Deus permite isso? Que Deus é esse?"! Não se vê tal clamor. Se houvesse um clamor contra o aborto, da mesma forma que se levantou um clamor acerca da onda asiática, e se houvesse uma solidariedade mundial contra esse assassinato brutal, as coisas certamente mudariam. Mas não há. A imprensa, em geral, é a favor do aborto. Defende o "direito da mulher ao seu próprio corpo", e esquece o direito do nascituro, indefeso e inocente.
Deus permite esse "tsunami" moral, contra o que poucas vozes se levantam. Mas, um dia, os assassinos, pais, mães, médicos e enfermeiros, todos serão julgados, por terem contribuído para esse "projeto Herodes".
Depravação sexual e imoralidade. De acordo com a Bíblia, a prática homossexual (masculina ou feminina) é pecado gravíssimo, considerado "abominação a Deus". No AT, era pecado que merecia a pena capital (Lv 20.13). No Novo Testamento, a união de pessoas do mesmo sexo é considerado "paixão infame", "sentimento perverso", ao lado da malícia, maldade, inveja, injúria, soberba, desobediência a pais, e mães, a ponto de Paulo dizer que "são dignos de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem" (Romanos 1.26-32).
Mas não se vê uma alarmante campanha contra essas coisas. Pelo contrário. A imprensa apóia, incentiva e dá espaço para a prostituição, o adultério, nas novelas, e nos filmes. Os jovens e adolescentes são incentivados à prática do sexo, antes do casamento, como sendo coisa normal, cultura, "coisa da época". Inclusive, as autoridades dão apoio à prostituição juvenil, através da chamada "educação sexual", que é meramente informativa, deformadora, e desprovida de princípios éticos e morais.
Mais de um milhão de adolescentes engravidam no Brasil. Não é por falta de educação. É por falta de princípios éticos e morais. É falta de base espiritual, que só se encontra em Deus, e na Bíblia sagrada, que exorta a abstinência sexual até o casamento. Isso é considerado ridículo, cafona, retrógrado. Não se vê manchetes nos jornais combatendo esse "tsunami" de depravação. E a sociedade vai-se corrompendo a cada dia, com o silêncio inclusive de muitas igrejas e religiões. O casamento, criado por Deus, é ridicularizado. A família é tida como superada e causadora de mais problemas que soluções. Tudo isso é uma onda gigantesca de depravação. Será que Deus está de braços cruzados? Certamente, não.
Pelo seu amor, está suportando tudo isso, mas não impassível. Com paciência e longanimidade. Mas sua justiça será exercida plenamente, no seu tempo.
Vícios e maus hábitos. As drogas, que destroem e matam vidas, na maioria de adolescentes e jovens, ao invés de terem o combate da sociedade, têm a leniência, a complacência, e o apoio de governos, em várias partes do mundo, incluindo o nosso querido Brasil. O governo, recentemente, enviou projeto ao congresso para liberar o uso de drogas em determinados lugares, imitando países "desenvolvidos". É o apoio claro e explícito ao vício. É o estímulo ao pecado. Ao invés de intensificarem-se campanhas contra as drogas, passa-se a dar apoio com o dinheiro da sociedade.
Poderíamos escrever sobre a corrupção dos políticos; sobre a falsidade de muitos religiosos e religiões; sobre a hipocrisia de muitos, que se dizem santos, mas praticam a maldade em oculto. E Deus permite tudo isso. Por que? Porque Ele é Deus. E fez o homem, original, à sua imagem e semelhança. Esse precisa ser livre. Mas também responsável pelos seus atos. Dará contas a Deus do que fizer e deixar de fazer. É só questão de tempo.
Causou choque emocional em muitas pessoas que, perplexas e confusas, viam, na TV, as cenas horríveis de pessoas que perderam seus parentes. E não poderia ser diferente. Pais desolados, segurando a mão de seus filhos mortos. Mães desesperadas, com os olhos para os céus, perguntando: Por que? Por que? O que fizemos de errado?
Diante de um quadro tão terrificante, as reações das pessoas, em todo o mundo, são as mais diversas. Mas, dentre essas, as que mais me chamam a atenção são a das pessoas que querem julgar Deus! Sim. Vi pela Internet, e na imprensa, televisada e escrita, muitas manifestações de homens e mulheres que querem julgar Deus. Que querem culpar Deus pelo ocorrido. Mais uma vez, vi a referência a um pronunciamento de filósofos, ateus, que julgaram Deus impotente e injusto por não ter evitado o terremoto que abalou Lisboa, no século XIX. E aproveitaram para dizer que Deus não existe, e, se existe, não é onipotente, nem bom, nem justo, pois não pôde evitar a tragédia.
É muito interessante, para não dizer grotesco, que muitas pessoas só se lembram de Deus nesses momentos, quando acontecem cataclismos. Mas não se lembram de atribuir a Deus as coisas boas e agradáveis. Durante o ano todo, há chuva, vento, plantação, colheita, o sol nasce todo dia, a lua cumpre seu ciclo, as pessoas nascem, vivem, desenvolvem-se; o oceano produz milhões e milhões de toneladas de alimento, e tantos outros benefícios da natureza, mas não se vê pessoas, na imprensa, atribuindo esses benefícios naturais a Deus. Porém, quando há tragédias, certos formadores de opinião dizem: Que Deus é esse?
1. SERÁ QUE FOI DEUS QUE CAUSOU A TRAGÉDIA?
Os cientistas explicaram, logo após a catástrofe, que o "tsunami" foi causado por um maremoto, ocorrido a 9.000 metros de profundidade, no Oceano Índico. Segundo eles, houve o deslocamento de uma placa tectônica, na Índia, sob outra placa tectônica, na Birmânia, elevando o nível das águas em 15 metros, provocando um volume de águas fenomenal, dando origem a ondas gigantescas para todos os lados. Com o deslocamento das tais placas, foi liberada uma energia extraordinária, equivalente à de um milhão de bombas atômicas, idênticas à que foi detonada no Atol de Mururoa, no Pacífico, em 1973. Desse modo, segundo a ciência, o que houve foi um fenômeno natural, provocado por causas naturais, que não puderam ser detectadas a tempo pelas autoridades dos países afetados. Por outro lado, centros de monitoração de terremotos e maremotos deram o alerta com certo tempo para que as populações fossem avisadas e deixassem a área. Mas o aviso não pôde chegar a todos os países, por causa da falta de estrutura de comunicações.
Essa é a explicação da ciência. Mas, permanece a pergunta: Foi Deus que causou a tragédia? Até onde podemos conhecer de Deus, podemos afirmar que Ele não foi o causador da tragédia. Mas, certamente, Ele permitiu que ela acontecesse. Nada acontece, no universo, que não seja do seu conhecimento, e por sua permissão. E por que Ele permitiu? Se alguém acha que tem a resposta, que o diga. Eu não a tenho. O que sei, pela revelação bíblica, é que Deus age, de acordo com dois aspectos de sua justiça, e de sua vontade soberana.
2. COMO DEUS AGE
Primeiro, pela Sua vontade diretiva.
Isso quer dizer que, quando Ele resolve fazer alguma coisa, segundo sua vontade diretiva, ninguém, absolutamente, ninguém o pode impedir. É o que escreveu o profeta Isaías: "Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu, quem impedirá?" (Isaías 43.13). Foi por meio dessa vontade que Deus criou o universo, incluindo a Terra, e , neste pequenino planeta, colocou o ser humano com o propósito de glorificá-lo, adorá-lo e servi-lo. Infelizmente, porém, a maioria dos habitantes do planeta não quer voltar-se para Deus. Prefere dar as costas para Ele, e viver de modo contrário à Sua santa vontade. Se Deus tratasse os homens com a vontade diretiva, ninguém, jamais, poderia dar-lhe as costas, fazendo o que não lhe agrada.
Por sua vontade diretiva, Ele pode fazer chover, ou não; haver terremotos, ou não; inundações, ou não. Ele é Deus, o Criador de tudo e de todos, e tem o direito autoral de todas as coisas na natureza. Exceto o pecado e suas conseqüências, que são de responsabilidade total e absoluta do ser humano, que escolhe o mal, muitas vezes, e abandona o bem.
Segundo, pela vontade permissiva.
Em relação ao homem, como agente livre, Deus age mais pela sua vontade permissiva. Ou seja, Ele permite que o ser humano haja como desejar, escolha caminhos, ou atalhos; faça o que entende ser melhor para si; tome decisões que julgue as melhores para suas vidas, mesmo que sejam erradas. Podemos até não entender, mas é assim que Deus geralmente se coloca diante dos seres por Ele criados.
Ele poderia, em todo o tempo, usar sua vontade diretiva. Ele poderia usa sua onipotência, e só deixar acontecer aquilo que, a seu ver, fosse o melhor, o mais correto, o mais justo, e o mais adequado à sua infinita soberania. Porém, não é assim que Ele age. Ele dá ao homem o direito de fazer ou deixar de fazer. De querer ou não querer. Mas, dirá algum crítico (ou "juiz"!) de Deus. Por que Ele permite tanta maldade? Ele não pode evitar todos os crimes, toda a violência, todos os acidentes, todas as tragédias? Não poderia ter evitado o "tsunami"?
Poderia, sim. Deus pode evitar tudo. As ações do homem, e as atividades das forças da natureza. E pode realizar tudo. Ele é onipotente, onisciente, e onipresente. Mas, então, por que Ele permite o mal? Por uma razão muito séria. Quando fez o homem, o fez à sua "imagem e semelhança". E, para que isso seja realidade, o ser criado precisa ter a liberdade para fazer ou deixar de fazer alguma coisa. É o livre-arbítrio, concedido por Deus ao ser humano, para que esse não fosse um autômato, um teleguiado, ou mesmo, como diz certo escritor , um "fantoche de Deus". Se Deus houvesse feito um "fantoche", seria um "deus fantoche". E não faz parte de Sua natureza ser fantoche, teleguiado, ou autômato. Deus é livre. O ser criado tem que ser livre, inclusive para fazer o bem ou o mal. E arcar com as conseqüências.
É bom que saibamos: Deus pode fazer tudo o que Ele quer. Mas não quer fazer tudo o que Ele pode. Se alguém insiste em ser juiz de Deus, que o seja. Um dia, haverá de encará-lo frente a frente. E não haverá advogado de defesa. O advogado atua hoje, nesta vida. Jesus Cristo é o advogado de todos os que o constituem como seu defensor, mas só nesta existência. Na eternidade, "cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus" (Romanos 14:120). E todos serão julgados. Diz o Apocalipse: "E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras" (Apocalipse 20.12 ). Ninguém, no Brasil, nas Américas, na Europa, ou na Ásia, escapará do Juízo Final, se não reconhecer que só Jesus Cristo é o Senhor do Universo. E o juiz de todas as causas, reveladas, ou ocultas.
3. É PRECISO DIZER A VERDADE SOBRE DEUS
Deus não deve ser visto, ou crido, somente por um lado. O lado do amor. Deus também é justiça. É o supremo amor, mas, também, a suprema justiça. Pregar que Deus é só amor, e não mostrar que Ele é justo, e cobra do homem suas atitudes, é fazer propaganda enganosa. A Bíblia diz: "Deus é amor" (1 João 4.16); "Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou" (Efésios 2.4).
A mesma Bíblia diz: "...Deus um fogo consumidor" (Hebreus 12.29); diz também: "Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo" (Hebreus 10:31). Não é honesto o pregador que apresenta Deus somente pelo lado da graça, da misericórdia e do amor. Essa é a forma pela qual ele trata os homens, mas com sua justiça Ele trata os que transgridem suas leis. Ninguém é obrigado a crer nesse Deus. Mas, nele crendo, precisa ter consciência do seu caráter, revelado nas Escrituras.
No seu amor, Ele criou o homem, e lhe deu tudo de bom para sua existência na terra, inclusive a vida eterna. Mas o homem deu as costas para Deus, fazendo mau uso da liberdade concedida.
Na sua justiça, Ele exerceu seu juízo sobre o homem pecante, banindo-o do Éden, e privando-lhe da vida eterna, como pecador. Toda a desgraça da humanidade decorre disso. Do pecado original. Inclusive "o tsunami" é conseqüência do pecado, pois a terra, a ecologia, o mar, e todos os ecossistemas foram abalados, e transtornados por causa do pecado. No plano original de Deus, não haveria terremotos, tufões, ou maremotos. O planeta era perfeitamente equilibrado em todo o seu meio-ambiente.
No seu amor, Deus proveu o meio de salvação para o pecador. Enviou Jesus Cristo, para morrer na Cruz do Calvário, a fim de salvar o ser humano da condenação eterna. Por Cristo, ensinou o mais elevado código de ética e conduta, que são os evangelhos, cuja base é o amor a Deus e ao próximo.
Mas os homens, em todos os lugares, continuam rejeitando o Criador em sua maioria. Dão as costas para Deus, mas querem julgá-lo pelo que acontece de ruim. Resolveram criar deuses à sua própria imagem, inclusive deuses depravados, que incentivam a prostituição, a imoralidade, e a violência.
Na sua justiça, Deus vai julgar todos os homens, desde o primeiro até o último a nascer, pelos seus pecados. Essa é a verdade, emanada das Escrituras: "Os ímpios serão lançados no inferno e todas as nações que se esquecem de Deus" (Sl 9.17). Não pregar isso é ser desonesto para com a verdade bíblica.
O mal existe, por permissão de Deus, mas só por um tempo, mesmo que seja longo. Um dia, Deus dará fim a toda a maldade, a todo o pecado, a toda a injustiça, a toda violência. É uma questão de tempo, no tempo (kairós) de Deus.
No seu amor, Ele formou um povo, a sua Igreja para um dia, ir viver na eternidade a seu lado. Por sua justiça, condenará os ímpios à perdição eterna, num lugar chamado Inferno.
4. DEUS PODE DESTRUIR NAÇÕES INTEIRAS?
A Bíblia tem a resposta. Se alguém quiser, creia. Se não quiser, não creia. Se quiser continuar julgando Deus, que julgue. No Juízo Final, saberá a conseqüência de sua arrogância, do seu orgulho.
Diz a palavra de Deus que, depois de algum tempo, "a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente" (Gn 6.5). A violência, a prostituição, o homossexualismo, e tantos outros graves pecados tornaram-se comuns. E Deus resolveu exercer seu juízo sobre o pecado. "A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência. E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra." (Gênesis 6.11.12).
No meio da população mundial, à época, Deus só encontrou um homem justo: Noé! (Gênesis 6.9). E Deus falou com aquele servo, e lhe disse que haveria de destruir toda a humanidade por causa de sua maldade. Mandou que ele fizesse uma arca (um navio) para escape dele e de sua família, incluindo suas três noras. Oito pessoas, apenas!
E enviou o Dilúvio sobre a terra. Os "tsunamis" eram tão violentos, em meio às explosões vulcânicas, que a topografia da terra foi toda modificada. As placas tectônicas se desprenderam, produzindo terremotos e maremotos tão grandes, que o maremoto da Ásia seria uma gota dágua ante a catástrofe descomunal. Todo o planeta foi alterado. As águas subiram até os mais altos montes, segundo a Bíblia. Alguém diz que isso é "lenda". É um direito que cada um tem de crer ou não crer. Eis a questão!
Depois do Dilúvio, só 8 (oito) pessoas escaparam! Dirá alguém. Que Deus é esse, que destrói tantos inocentes, mata todo o mundo, e só faz escapar oito pessoas?!! "Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo", diz a Bíblia (Hebreus 10.31). No Juízo Final, aqueles que dizem que a Bíblia é uma lenda, escrita por homens quaisquer, haverá de constatar a sua severa veracidade. E será tarde demais. O inferno está aguardando os que querem julgar Deus.
Deus não quer a condenação de ninguém. A Bíblia diz que Ele não tem prazer na morte do ímpio (Ezequiel 33.11). Pelo contrário, Ele quer "que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade" (1 Timóteo 2.4).
Mas os homens são livres. Podem crer ou não crer. Aceitar ou não aceitar. E Deus não obriga ninguém a crer nele. Os ateus, e os agnósticos, em sua presunção, julgam-se tão sábios a ponto de ridicularizarem a idéia de Deus. É um direito que lhes assiste. Mas há muita gente religiosa, que também não aceita o Deus da Bíblia. Preferem adorar a pedra, o pau, o rio, as florestas, "a mãe Terra", a deusa "Gaia", os orixás, os "guias", e tantos ídolos. Só não querem saber do Deus da Bíblia. Terão que encarar o juízo do único e verdadeiro Deus do Universo.
Sodoma e Gomorra, e mais três cidades, eram terríveis pecadoras diante de Deus. O homossexualismo era a tônica em seu comportamento. E Deus tirou de lá só um homem justo, Ló, que escapou com duas filhas, e destruiu as cidades, de modo tão violento, com fogo e enxofre, que, em seu lugar, ficou o que hoje é chamado de o "Mar Morto", a 400 metros abaixo do nível do mar. Que Deus é esse?, diz o ímpio, e o incrédulo. Esse é o Deus da Bíblia. Ele pode destruir nações inteiras, pois Ele é o Soberano, o Criador de todas as coisas, e é o Supremo Juiz do Universo. Sua justiça não se baseia nas leis da terra, que são mutáveis e mutantes, aplicadas de acordo com a vontade e o entendimento limitado e falho dos juízes da Terra.
5. E NO NOVO TESTAMENTO, ISSO PODE ACONTECER?
Algum pastor, sacerdote, ou líder religioso, liberal e modernista, que deseja ser simpático ao público ouvinte, ou leitor, pode argumentar que isso foi no Antigo Testamento. No Novo Testamento, que é o livro dos cristãos, no período da graça, não há mais esse tipo de comportamento da parte de Deus. Ledo e terrível engano. Deus não muda (Tiago 1.17). O juízo de Deus sobre a impiedade dos homens será muito mais terrível do que no Dilúvio e sobre Sodoma e Gomorra.
O "tsunami" da Ásia (que, provavelmente não terá sido o último) não foi nada em relação ao que vai acontecer no período da Grande Tribulação, prevista no Apocalipse. Deus não está de braços cruzados. Ele tem o controle da História, e de todos os homens. É uma questão de tempo. De Seu tempo (Kairós). Um dia para Ele é como mil anos. E mil anos, como um dia (2 Pedro 3.8). No seu tempo, Deus vai enviar sobre a terra os mais pesados, tremendos, e inimagináveis juízos sobre os homens e mulheres ímpios; os que zombam de Deus; os que escarnecem da Bíblia; os que questionam a Deus; os que se fazem "juízes (sic)" de Deus hão de ver. Quem for vivo verá!
A Grande Tribulação será o período final e decisivo sobre os homens ímpios. Deus não está de braços cruzados. Apenas Ele está aguardando o momento próprio para agir contra o mal. Na Grande Tribulação, sete anjos derramarão "sete taças" dos juízos divinos sobre a terra. Na primeira, "uma chaga maligna" acomete os adoradores da besta (o anticristo); na segunda, um meteoro é lançado sobre o mar (como um monte), as águas do mar são tornadas em sangue, e morrem todos os seres vivos no mar; (imagine-se a altura dos "tsunamis" que esse fenômeno provocará); na terceira, um outro meteoro será lançado sobre as águas (uma "estrela"), os rios e as fontes são tornadas em sangue; na quarta, o sol aumenta o calor de tal forma, que os homens, desesperados, blasfemam de Deus; na quinta, o trono da besta (o anticristo) é atingido, e os homens mordem as línguas de dor; na sexta, um anjo derrama a taça sobre o rio Eufrates, e abre caminho para os reis do oriente, espíritos imundos envolvem os reis contra Deus, para a batalha do Armagedon; na sétima taça da ira de Deus, haverá um grande terremoto, as capitais mundiais são destruídas, a religião do Anticristo ("a grande Babilônia") é destruída, as ilhas do mar desaparecem (pelos maremotos, certamente), os montes são derribados, e uma pesada chuva de granizo (ou meteoros) do peso de um talento (40 kg) cai sobre os homens, e eles blasfemam de Deus (Ap 16.1-21).
6. E O TSUNAMI DA ÁSIA?
Cremos que foi pela vontade permissiva de Deus. Pode ter sido, ou não, juízo de Deus sobre a pecaminosidade do homem. Só Ele o sabe. A imprensa clama, esbraveja, reclama, condena e reverbera contra Deus. Os ateus fazem a festa, dizendo que Deus não existe. E acrescentam: se ele existe, não pode ser bom e justo ao mesmo tempo; se é onipotente, não quis impedir; logo, ele não é justo..."
Diz a Bíblia: "Ai daquele que contende com o seu Criador, caco entre outros cacos de barro! Porventura, dirá o barro ao que o formou: Que fazes? Ou a tua obra: Não tens mãos? (Isaías 45.9 - grifo meu).
Quando os juízes da Terra, homens falíveis e mortais, lavram uma sentença, os homens dizem: "Decisão da Justiça não se discute. Cumpre-se". E deve ser assim, sob pena de esntrarmos num estado de anarquia, e anomia, com sérias conseqüências para a ordem social. Mas, quando O Supremo Juiz do Universo exerce sua Justiça divina, "o caco entre os outros casos de barro" acha-se no direito de julgar o Criador.
A tragédia da Ásia pode ter sido juízo de Deus, ou não, repito. Não nos cabe julgar. É hora de ajudar, de ser solidário, de amar, e unir as mãos em prol dos que ficaram sem paz, sem familiares, sem teto, sem alimento, sem roupa. Mas também é hora de parar e refletir ante a grandeza de Deus, da Sua natureza, e a fragilidade espiritual, moral e física dos habitantes do planeta.
Não sabemos tudo. Mas podemos dizer, à luz da Bíblia, que o "tsunami" foi mais uma das conseqüências do pecado do ser humano. Resultante de sua agressão à natureza, poluindo o ar, as águas, a terra. O efeito estufa está aumentando. A luz solar já não chega com a mesma intensidade no planeta, segundo os cientistas. Deus não quer, mas permite as conseqüências do mal, da tragédia humana.
7. OUTROS "TSUNAMIS" PERMITIDOS POR DEUS
Milhões de crianças assassinadas. No Brasil, há cerca de 5.000.000 (cinco milhões, isso mesmo!) de abortos por ano. Por ano, no mundo, estima-se em mais de 20.000.000 (vinte milhões) o número de crianças abortadas. Um verdadeiro infanticídio, ou genocídio. E não se vê as redes de televisão clamando, protestando, e criticando Deus. "Por que Deus permite isso? Que Deus é esse?"! Não se vê tal clamor. Se houvesse um clamor contra o aborto, da mesma forma que se levantou um clamor acerca da onda asiática, e se houvesse uma solidariedade mundial contra esse assassinato brutal, as coisas certamente mudariam. Mas não há. A imprensa, em geral, é a favor do aborto. Defende o "direito da mulher ao seu próprio corpo", e esquece o direito do nascituro, indefeso e inocente.
Deus permite esse "tsunami" moral, contra o que poucas vozes se levantam. Mas, um dia, os assassinos, pais, mães, médicos e enfermeiros, todos serão julgados, por terem contribuído para esse "projeto Herodes".
Depravação sexual e imoralidade. De acordo com a Bíblia, a prática homossexual (masculina ou feminina) é pecado gravíssimo, considerado "abominação a Deus". No AT, era pecado que merecia a pena capital (Lv 20.13). No Novo Testamento, a união de pessoas do mesmo sexo é considerado "paixão infame", "sentimento perverso", ao lado da malícia, maldade, inveja, injúria, soberba, desobediência a pais, e mães, a ponto de Paulo dizer que "são dignos de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem" (Romanos 1.26-32).
Mas não se vê uma alarmante campanha contra essas coisas. Pelo contrário. A imprensa apóia, incentiva e dá espaço para a prostituição, o adultério, nas novelas, e nos filmes. Os jovens e adolescentes são incentivados à prática do sexo, antes do casamento, como sendo coisa normal, cultura, "coisa da época". Inclusive, as autoridades dão apoio à prostituição juvenil, através da chamada "educação sexual", que é meramente informativa, deformadora, e desprovida de princípios éticos e morais.
Mais de um milhão de adolescentes engravidam no Brasil. Não é por falta de educação. É por falta de princípios éticos e morais. É falta de base espiritual, que só se encontra em Deus, e na Bíblia sagrada, que exorta a abstinência sexual até o casamento. Isso é considerado ridículo, cafona, retrógrado. Não se vê manchetes nos jornais combatendo esse "tsunami" de depravação. E a sociedade vai-se corrompendo a cada dia, com o silêncio inclusive de muitas igrejas e religiões. O casamento, criado por Deus, é ridicularizado. A família é tida como superada e causadora de mais problemas que soluções. Tudo isso é uma onda gigantesca de depravação. Será que Deus está de braços cruzados? Certamente, não.
Pelo seu amor, está suportando tudo isso, mas não impassível. Com paciência e longanimidade. Mas sua justiça será exercida plenamente, no seu tempo.
Vícios e maus hábitos. As drogas, que destroem e matam vidas, na maioria de adolescentes e jovens, ao invés de terem o combate da sociedade, têm a leniência, a complacência, e o apoio de governos, em várias partes do mundo, incluindo o nosso querido Brasil. O governo, recentemente, enviou projeto ao congresso para liberar o uso de drogas em determinados lugares, imitando países "desenvolvidos". É o apoio claro e explícito ao vício. É o estímulo ao pecado. Ao invés de intensificarem-se campanhas contra as drogas, passa-se a dar apoio com o dinheiro da sociedade.
Poderíamos escrever sobre a corrupção dos políticos; sobre a falsidade de muitos religiosos e religiões; sobre a hipocrisia de muitos, que se dizem santos, mas praticam a maldade em oculto. E Deus permite tudo isso. Por que? Porque Ele é Deus. E fez o homem, original, à sua imagem e semelhança. Esse precisa ser livre. Mas também responsável pelos seus atos. Dará contas a Deus do que fizer e deixar de fazer. É só questão de tempo.
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