terça-feira, 5 de janeiro de 2010
O PODER DA PALAVRA
Tiago; 3,1-12 Romanos; 12,14
O assunto ora tratado traz controvérsias porque está ligado à maneira de crer de cada um. Alguns acreditam que a maldição é hereditária, isto é, passa de pais para filhos. Outros pensam que é castigo de um Deus carrasco que, por qualquer motivo, amaldiçoa o homem. Outros, ainda, proferem maldições por vingança para quem se torna seu inimigo. A palavra não é somente o ato de se abrir a boca e emitir sons audíveis. É muito mais do que isso. A fala é a faculdade que distingue o homem dos animais irracionais. É um processo bem mais complexo que começa no coração e no pensamento “pois do que há em abundância, disso fala a boca.” Mateus; 12,34.Em conseqüência de palavras insensatas, duras e desprovidas de misericórdia muitos males acontecem. Lares são destruídos, filhos abandonados, amizades são desfeitas, corações magoados, pessoas amigas decepcionadas, porque: “a palavra dura suscita a ira.” Provérbios; 15,16. As palavras podem anular ou alimentar a ação de satanás.
O Mal Pode Estar nas Palavra Assim como certas palavras produzem o mal, da mesma forma a palavra sábia pode produzir o bem. É como disse o sábio Salomão: “do fruto da boca de cada um, se fartará o seu ventre: dos renovos de seus lábios se fartará; a morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá de seu fruto.” Provérbios; 18,20-21.
Uma palavra amiga pode produzir ânimo, encorajar o desanimado, acrescentar a fé do abatido e mudar situações para melhor. Um elogio, um estímulo, uma palavra de afeto sempre trará bons resultados (Provérbios; 25,11).O Uso Indevido da Língua O apóstolo Tiago preocupou-se com a postura do cristão quanto ao uso da língua. Ele enfatiza a língua como um instrumento que, se usado erradamente, causará grandes estragos. Mesmo sendo um membro minúsculo, uma vez incendiado pelo mal, torna-se algo monstruoso. A língua leva o homem a macular toda sua integridade, porque ela amaldiçoa, profana, profere juramentos falsos, engana, conduz à idolatria. Ela contamina o corpo todo.
A língua, um membro indomável – todos os tipos de animais, grandes e pequenos, têm sido domados pelo homem, mas esse não possui condições próprias de domar a sua própria língua. Somente o Espírito Santo pode transformar o que, de algum modo escraviza o homem (2ª Coríntios; 3,18).
Fazendo a diferença – É impossível uma mesma fonte jorrar água doce e água amarga. Isso é contrário à natureza e ao bom senso. Isso explica que não faz bem para o homem ser em um momento benção e, no momento seguinte, maldição. Isso não é natural. Foi o próprio Jesus quem fez tais afirmativas, quando ao final de Sua exortação aos fariseus, disse: “porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado.” Mateus; 12,37 AS PALAVRAS PRODUZEM FRUTOS Os frutos podem ser bons ou maus. O apóstolo Paulo admoestou os crentes quanto à maneira de se expressar dizendo: “As más conversações corrompem os bons costumes.” 1ª Coríntios; 15,33. Muitos pecam quando dão ouvidos às palavras insensatas. As palavras proferidas são como sementes que, caindo em solo propício, achando condições favoráveis, germinam, crescem, frutificam, produzindo um dos tipos de frutos.
O Fruto da Maldição
O fruto básico da palavra maldição é injúria, desgraça, infortúnio, calamidade. Maldição é, pois, a legalidade dada ao diabo para causar dano à vida de alguém. É uma autorização dada através das palavras que se expressa contra outra pessoa.
Palavras que ferem a auto-estima – É muito comum alguns pais, frustrados, proferirem palavras de maldição contra seus filhos, por exemplo: “não adianta, você não vai conseguir nada na vida; você é um inútil; você nasceu para ser a vergonha da família.”, etc. É temerário amaldiçoar porque as maldições podem acarretar sérias conseqüências, como a opressão e a possessão demoníaca. São muitos casos dessa natureza, porque há falta de vigilância por muitos que estão nas igrejas sem compromisso sério com Deus.
Palavras abençoadas – bons frutos – As palavras do cristão devem ser continuamente de bênçãos como o apóstolo Paulo recomenda: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só o que for boa para promover a edificação , para que dê graça aos que a ouvem.” Efésios; 4,29. Quando se deseja a alguém felicidade, sucesso, elogios, parabéns são bênçãos que se está liberando. Palavras de incentivo, de apoio e de solidariedade são palavras que alegram (Provérbios; 12,25). O apóstolo Paulo fez uma confissão de vitória que até hoje é benção para milhares de pessoas: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece.” Filipenses; 4,13
Não espalhe semente de maldição – Como já foi dito, nossas palavras semeiam bênçãos ou maldição. Portanto, é muito temerário amaldiçoar.
A língua, um membro indomável – Há pessoas que vivem chamado para si situações negativas. E, tudo dito com uma boa dose de ira e de desprezo por si mesmo. Afirmações negativas constantes tem o poder de tornar inútil a vida de qualquer pessoa.
Não amaldiçoe o próximo – Muito sofrimento poderia ser evitado se antes de proferir palavras, a mente tivesse oportunidade de trabalhar para fazer a pessoa imaginar como se sentiria se aquela maldição fosse dirigida a ela mesma. Às vezes, por inveja, por ciúmes, por despeito, ou mesmo por um mal entendido, as ofensas são proferidas. Mas é melhor por em prática o que a Bíblia ensina: “não deis lugar ao diabo.” Efésios; 4,27.
QUEBRANDO CADEIAS DE MALDIÇÃO
Muitas famílias parecem estar sob uma espécie de maldição: são marcadas por certos vícios e pecados, certos acontecimentos que vão aparecendo através das gerações. A verdade é que a maldição se repete porque falta a obediência aos ensinamentos bíblicos. O profeta Malaquias aborda essa questão de extrema relevância no contexto da maldição da família e como quebrá-la. Não é nada complicado, mas o inimigo faz tudo parecer difícil “ E converterá o coração dos pais a seus filhos e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição (Malaquias; 4,6). Se pais e filhos tiverem os corações convertidos uns aos outros, a terra não será amaldiçoada.
Rejeitando a Maldição
Se existe a consciência de maldições que se repetem, é preciso expulsar esse mal, quebrar as correntes, desfazê-las, impedir que o mal se repita. Por exemplo: famílias onde impera a pobreza, a miséria, a necessidade, provavelmente se acomodaram a tal situação que lhes sobreveio. Outras estão alimentando pensamentos de maldição no que diz respeito a doenças. Cultivam idéias de que o avô teve problemas e sofreu com alguma enfermidade; o pai da mesma forma, e, por certo, o filho também sofrerá do mesmo mal.
Semeando Benção
Na qualidade de filho de Deus, o crente está debaixo da benção, e enquanto permanecer nesse abrigo estará protegido da maldição. A Igreja é o Israel de Deus. Povo abençoado por quem Cristo já Se fez maldição (Gálatas; 3,13-14). Se a benção e a maldição estão no poder da língua, é preciso, pois, ter cuidado no falar. Se alguém amar e acreditar na maldição, certamente ela sobrevirá. Se, porém, alguém desejar a benção e a proteção divina e procurá-la, a benção virá. O crente é uma nova criatura que já deixou as coisas velhas para traz e, agora vive com Cristo em n ovidade de vida ( 2ª Coríntios; 5,17).
Jesus abençoou multidões, abençoou os Seus discípulos, as criancinhas, e até Seus próprios inimigos. O crente deve imitar esse belo exemplo, porque a Sua palavra também expressa poder e abençoa aqueles que estão aos seus cuidados, em seu redor. Experimente, pois abençoar seus filhos, seus pais, seus vizinhos, a sua Igreja, as autoridades, o seu bairro, a sua cidade, enfim, seu País.
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