Gostaria de tratar este assunto com muito cuidado, no propósito de ajudar os irmãos
que não estão absolutamente pensando em comprometerem-se em jugo desigual, mas,
principalmente, visando àqueles que estão comprometendo-se, a fim de que sejam levados
a uma reflexão, e enquanto há a oportunidade mudem de opinião e se entreguem à
vontade Soberana de Deus.
A palavra “jugo” no tempo moderno é quase desconhecida, mas nos tempos antigos se
tratava de algo comum. O termo “jugo” tem duplo significado, sendo figuradamente no
sentido de submissão, opressão e autoridade, tem também o sentido de canga com
que se jungem certos animais para determinados serviços, logo se trata do trelamento de
dois animais pelo pescoço, de maneiras que um não pode ir para qualquer direção ou parar
sem o outro; o propósito do jugo é para manter os dois animais bem perto um do outro e
unidos de forma a trabalharem juntos.
Por muitas vezes Deus no VT usou o termo figuradamente. Ele falou que Esaú serviria
a seu irmão Isaque (Gn; 27,40), também que se o povo (Israel) não cumprisse as leis e os
estatutos que Ele lhe havia ordenado, sofreria maldições, dentre as quais seria oprimido
sob um jugo (Dt; 28,15, 47-48). Na lei, Deus determinou que não se lavrassem com junta
de boi e jumento (Dt; 22,10). Os líderes religiosos em Israel haviam posto sobre as pessoas a imposição de um jugo
pesado, o povo se achava cansado de tanto formalismo religioso e sobrecarregado por
tanta imposição de regras religiosas, sem contudo estas lhe trazerem o descanso. Quando
o Senhor Jesus esteve aqui no mundo Ele convidou as pessoas: “ Vinde a mim, todos os
que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e
aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as
vossas almas. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mt 11:28-30). Havia
um contraste grande entre o jugo e o fardo do Senhor Jesus, com os dos líderes religiosos.
Em 2ª Coríntios 6:14-16, o apóstolo Paulo está tratando especificamente de um
comprometimento desigualado entre uma pessoa crente com outra descrente; isto está
claro pelos termos que usa depois de declarar “Não vos prendais a um jugo desigual com
os incrédulos...”. Logo em seguida ele faz cinco perguntas cujas respostas têm como
objetivo levar cada crente a refletir quanto à seriedade de se porem em jugo desigual com
os descrentes:
1. “que sociedade tem a justiça com a injustiça?”
Um crente justificado unindo-se em comprometimento com o injustificado, não há
sociedade nenhuma.
2. “que comunhão tem a luz com as trevas?”
O crente é luz e está na Luz; o incrédulo está nas trevas e ele mesmo é trevas;
portanto, na presença da luz, as trevas têm de dissipar, não havendo nada de comunhão.
3. “Que harmonia há entre Cristo e Belial?”
Cristo é divino; portanto, de caráter digno e bondoso. Belial é completamente o
oposto, não havendo a menor harmonia. Da mesma forma, é impossível haver harmonia
entre um crente com um descrente.
4. “que parte tem o crente com o incrédulo?”
Mesmo hoje, o descrente não goza das bênçãos e dos gozos que o crente já desfruta, e
no futuro os destinos são opostos, tendo o crente o céu por herança eterna, e o descrente
o inferno por destino eterno, não havendo parte entre um e outro na presente vida nem
na eternidade.
5. “que consenso tem o santuário de Deus com ídolos?”
No santuário de Deus, com certeza Ele habita, não havendo nenhum consentimento da
presença de um ídolo porque Deus é Soberano criador e Santo e o ídolo é meramente a
expressão visível da imaginação humana e incrédula, inspirada pelo Diabo inimigo de Deus.
Assim, da mesma forma não há consenso em uma pessoa crente juntar-se em jugo com o
descrente.
Quando Paulo exorta aos crentes a não se colocarem em jugo desigual, ele tem em
mente uma associação, ou seja, uma união comprometedora entre um crente e um
descrente. Jugo desigual não abrange exclusivamente o aspecto matrimonial, mas
também comercial, social, e espiritual, os quais a seguir estaremos tratando
resumidamente.
Jugo desigual na área comercial
Em certas ocasiões, bem pode um crente querer tocar “seu próprio negócio”, mas suas
condições financeiras não permitem e ele pensa em arranjar um sócio, ou às vezes surgem
convites por parte de alguém para uma sociedade. O crente poderá se juntar a outro em
sociedade, e isso está dentro dos padrões permissíveis pela ética cristã. Mas se o
pretendente à sociedade for descrente, o irmão ou a irmã deve lembrar que tal sociedade
não tem a aprovação de Deus, e mais cedo ou mais tarde acabará trazendo com certeza
duras conseqüências, e todos devemos nos lembrar disso.
Jugo desigual na área social
Há certas sociedades que podem fazer parte da vida social e que são prejudiciais ao
verdadeiro cristão, tal como um crente se filiar à Maçonaria que é uma sociedade secreta
com muitos mistérios que ninguém saberá até estar dentro, e isso não lhe será revelado
até que tal associado tenha alcançado um grau superior, e quando ele descobrir já será
tarde.
Jugo desigual na área espiritual
Existe um mal, que está se alastrando assustadoramente, que se chama
“ecumenismo”; aparentemente, a princípio, se trata de algo inocente, bonito, bom e até
bíblico, quando citam as palavras do Senhor Jesus em João; 17,21 “a fim de que todos
sejam um;...” (citam-nas erradamente, pois aqui O Senhor está falando de verdadeiros
salvos, e não meramente de pessoas religiosas).
Vejo duas formas de “ecumenismo”:
Primeiro - o “ecumenismo radical”, aquele dominado pelo catolicismo romano, que em
seus “cultos” assim chamados (o que é comum em formaturas, inaugurações etc.), há no
mesmo púlpito a participação de padres católicos, pastores evangélicos, líderes espíritas,
líderes da LBV, etc. Esse tipo de “ecumenismo” tenta governar o mundo religioso. O
próprio significado da palavra “ecumênico” dá a idéia de ajuntamento universal, e isto é
nada menos do que o preparo para num futuro próximo após o arrebatamento da igreja
verdadeira, onde haverá a formação de uma igreja universal sob o comando de um só líder Ap; 13,11-18.
Segundo trata-se de um “ecumenismo parcial, restrito, sectário”. Este é aquele que
visa à união só dos “evangélicos”. Quantos hoje estão aceitando uma associação destas
igrejas, realizando certos trabalhos em conjunto, como recentemente no chamado "dia da
bíblia". Em Paranavaí, por exemplo, uniram-se “os evangélicos” para uma passeata, e
como me disse um “pastor”: “Temos de mostrar nossa força evangélica...”.
Há também união para trazer às cidades cantores e ex artistas que dizem terem se
convertido, e cobram alto cachê (deve haver uma união para conseguir pagar tais artistas);
outros deixam de estar na reunião da igreja da qual é membro e vão assistir em uma
denominação; alguns trocam de púlpito, “hoje o pastor prega aqui, amanhã eu lá”. O pior é
que poucos estão apercebidos da artimanha satânica por trás disso. Deus quer que Seu
povo esteja unido; porém, em jugo desigual, Ele dispensa.
Jugo desigual na área matrimonial
Parece que este assunto é só para jovens, mas não é, é para todos (há tantos de
cabeça branca que enviúvam e se casam em jugo desigual e se arrependem), porém os
jovens são os mais visados. É normal os jovens quererem se casar, há no entanto uma
diferença entre o jovem cristão e o não cristão, pois este diz: “se não der certo a gente se
larga”, mas o cristão sabe que o casamento é indissolúvel enquanto vivem os dois. A
palavra de Deus é muito clara quando diz: “Não vos prendais a um jugo desigual com os
incrédulos...” (2ª Co; 6,14). Não precisava de acrescentarmos nada mais se não fosse o
“mundo” de argumentos que muitos jovens nos apresentam, para que “nós” concordemos
com eles, como se fosse nós quem ordenamos: “Não vos prendais a um jugo desigual com
os incrédulos...”.
Vamos considerar três dos principais argumentos:
1. “Você não conhece ele(a), ele(a) é melhor do que muitos crentes...”.
Concordamos que isso possa ser verdade, mas não anula o mandamento: “Não vos
prendais a um jugo desigual com os incrédulos...”.
2. “Ele(a) gosta muito de ir à reunião da igreja, e assim eu posso ganhá-lo(a) para
Cristo.
Há anos ouvi em minha igreja: Certa moça namorava um moço descrente, e pediu a certo
pregador para que ele orasse pelo seu casamento, e para que ela pudesse ganhá-lo para
Cristo. “Não posso”, disse o pregador, “pois a palavra de Deus diz não”, e continuou, “a
próxima vez que seu namorado vier à sua casa, suba numa cadeira e tente puxá-lo para
cima”, ao que ela disse: “eu não consigo, pois ele tem mais força do que eu”. Então o
pregador concluiu: “é exatamente isso que vai acontecer, se você se casar com ele, você
será puxada para baixo, haverá decadência em sua vida espiritual, em vez de você
conseguir levá-lo a Cristo por meio do jugo desigual, ele te levará para longe dos caminhos
de Cristo”.
3. “Não tem em nossa igreja ninguém, para que eu possa namorar e me casar”.
Cremos que também este argumento é sem base, pois o crente deve entregar o seu
caminho e seus cuidados aO Senhor e Ele cuidará (Sl; 37,5; 1ª Pe; 5,7). Se é da vontade de
Deus que o crente se case, Ele haverá de providenciar a pessoa certa.
Até agora tivemos pensando no jugo desigual entre um crente e um descrente. A
seguir desejamos ir um pouco mais além, notando que o jugo será desigual quando alguém
crente de uma igreja local se une em jugo com outra pessoa crente de uma denominação;
e mais: pode até mesmo ser um jugo desigual dentro da mesma igreja local, e isto em
todos os sentidos já considerados, comercial, social, espiritual e matrimonial. Não será
muito difícil qualquer crente perceber essa grande verdade, mas para ilustrar vamos
recorrer a dois exemplos no VT:
Primeiro (Dt; 22,10) “Não lavrarás com junta de boi e jumento”. Deus determinou
que não se lavrassem com junta de boi e jumento. Ainda que ambos eram animais
comumente usados para serviço pesado, o motivo de Deus assim exigir é muito óbvio pois
o boi é animal de estatura maior, de mais forças e de passos mais lento que o jumento.
Não adianta pôr jugo sobre estes que não dará certo. Se uma pessoa crente se põe em
jugo com alguém também crente de uma denominação, há uma grande porcentagem de
que mais tarde vão ter problemas. Quando se trata no aspecto conjugal, o assunto é muito
mais sério, pois é quase que inevitável que o casal tenha filhos, e mais tarde o pai vai para
uma igreja e a mãe para a outra, ficando as crianças sem saber para onde ir, e as vezes os
pais têm de perguntar: “você hoje quer ir na igreja da mamãe, ou na do papai?”, e a pobre
criança tem de decidir uma difícil questão que ela mesma não tem culpa. E se pensarmos
nas diferenças doutrinárias surgidas entre o próprio casal que muitas vezes poderão ser
levadas a discussão? Não é um caso e outro isolado que conhecemos de crentes que
casaram-se em jugo desigual neste sentido, e hoje o casal vive sem uma boa comunhão
por causa de divergências doutrinárias, e os filhos estão entregues ao mundo, e dizem:
“não quero nem saber de igreja, lá em casa é uma confusão, meu pai fala uma coisa e
minha mãe outra”. Também não deixa de ser igualmente séria a questão de um
comprometimento desigualado entre pessoas da mesma igreja local, quando alguém é
espiritual e mostra amor e dedicação à causa de Deus, e se casa com outro indiferente;
mais tarde um quer ir à reunião, ou fazer um serviço na obra do Senhor, e o outro quer ou
ficar em casa, talvez vendo televisão, ou passear. Sem dúvidas haverá choque entre os
dois e o que era espiritual muitas vezes terá de ceder ao carnal para não haver uma
complicação maior no futuro.
Segundo (Nm; 36,1-10 - favor ler esse trecho). Zelofeade era descendente de
Manassés e morreu no deserto deixando cinco filhas e nenhum filho. Deus ordenou que
desse a elas possessão entre os da tribo de Manassés. Nisso os descendentes de Manassés
argüiram que se elas se casassem com moços de outras tribos de Israel, a herança delas, e
conseqüentemente da tribo de Manassés diminuiria, e a tribo a quem o marido pertencesse
aumentaria. Em palavras simples, isto quer dizer que havendo mistura de casamento,
ainda que fosse entre o mesmo povo de Israel, o prejuízo seria inevitável; e Moisés
entendeu e disse: “6 Isto é o que o Senhor ordenou acerca das filhas de Zelofeade,
dizendo: Casem com quem bem parecer aos seus olhos, contanto que se casem na família
da tribo de seu pai. 7 Assim a herança dos filhos de Israel não passará de tribo em tribo,
pois os filhos de Israel se apegarão cada um à herança da tribo de seus pais. 8 E toda filha
que possuir herança em qualquer tribo dos filhos de Israel se casará com alguém da família
da tribo de seu pai, para que os filhos de Israel possuam cada um a herança de seus pais.
9 Assim nenhuma herança passará de uma tribo a outra, pois as tribos dos filhos de Israel
se apegarão cada uma à sua herança”. Este ensino se adapta para hoje, visto que se um
moço ou moça venha a se casar com alguém de uma outra igreja, o prejuízo em
diminuição será inevitável. O Senhor não quer mistura, pois o casamento poderá ser uma
bênção ou uma tragédia se não for o cônjuge certo que Deus, e não você, escolheu.
Finalmente, creio que ninguém poderá tratar tal assunto com menosprezo, visto que
“Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso
também ceifará” (Gl; 6,7), e “Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb; 10,31).
Prezado irmão e irmã, se Deus estabeleceu uma ordem Ele sabe a razão porquê, e não
será necessário perguntarmos nada, é somente obedecermos, e a obediência trará
somente bênçãos e a desobediência trará somente duras conseqüências, como certo irmão
pregando disse: “toda desobediência terá seu justo castigo, e às vezes este é tão duro que
não vale a pena desobedecer”
que não estão absolutamente pensando em comprometerem-se em jugo desigual, mas,
principalmente, visando àqueles que estão comprometendo-se, a fim de que sejam levados
a uma reflexão, e enquanto há a oportunidade mudem de opinião e se entreguem à
vontade Soberana de Deus.
A palavra “jugo” no tempo moderno é quase desconhecida, mas nos tempos antigos se
tratava de algo comum. O termo “jugo” tem duplo significado, sendo figuradamente no
sentido de submissão, opressão e autoridade, tem também o sentido de canga com
que se jungem certos animais para determinados serviços, logo se trata do trelamento de
dois animais pelo pescoço, de maneiras que um não pode ir para qualquer direção ou parar
sem o outro; o propósito do jugo é para manter os dois animais bem perto um do outro e
unidos de forma a trabalharem juntos.
Por muitas vezes Deus no VT usou o termo figuradamente. Ele falou que Esaú serviria
a seu irmão Isaque (Gn; 27,40), também que se o povo (Israel) não cumprisse as leis e os
estatutos que Ele lhe havia ordenado, sofreria maldições, dentre as quais seria oprimido
sob um jugo (Dt; 28,15, 47-48). Na lei, Deus determinou que não se lavrassem com junta
de boi e jumento (Dt; 22,10). Os líderes religiosos em Israel haviam posto sobre as pessoas a imposição de um jugo
pesado, o povo se achava cansado de tanto formalismo religioso e sobrecarregado por
tanta imposição de regras religiosas, sem contudo estas lhe trazerem o descanso. Quando
o Senhor Jesus esteve aqui no mundo Ele convidou as pessoas: “ Vinde a mim, todos os
que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e
aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as
vossas almas. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mt 11:28-30). Havia
um contraste grande entre o jugo e o fardo do Senhor Jesus, com os dos líderes religiosos.
Em 2ª Coríntios 6:14-16, o apóstolo Paulo está tratando especificamente de um
comprometimento desigualado entre uma pessoa crente com outra descrente; isto está
claro pelos termos que usa depois de declarar “Não vos prendais a um jugo desigual com
os incrédulos...”. Logo em seguida ele faz cinco perguntas cujas respostas têm como
objetivo levar cada crente a refletir quanto à seriedade de se porem em jugo desigual com
os descrentes:
1. “que sociedade tem a justiça com a injustiça?”
Um crente justificado unindo-se em comprometimento com o injustificado, não há
sociedade nenhuma.
2. “que comunhão tem a luz com as trevas?”
O crente é luz e está na Luz; o incrédulo está nas trevas e ele mesmo é trevas;
portanto, na presença da luz, as trevas têm de dissipar, não havendo nada de comunhão.
3. “Que harmonia há entre Cristo e Belial?”
Cristo é divino; portanto, de caráter digno e bondoso. Belial é completamente o
oposto, não havendo a menor harmonia. Da mesma forma, é impossível haver harmonia
entre um crente com um descrente.
4. “que parte tem o crente com o incrédulo?”
Mesmo hoje, o descrente não goza das bênçãos e dos gozos que o crente já desfruta, e
no futuro os destinos são opostos, tendo o crente o céu por herança eterna, e o descrente
o inferno por destino eterno, não havendo parte entre um e outro na presente vida nem
na eternidade.
5. “que consenso tem o santuário de Deus com ídolos?”
No santuário de Deus, com certeza Ele habita, não havendo nenhum consentimento da
presença de um ídolo porque Deus é Soberano criador e Santo e o ídolo é meramente a
expressão visível da imaginação humana e incrédula, inspirada pelo Diabo inimigo de Deus.
Assim, da mesma forma não há consenso em uma pessoa crente juntar-se em jugo com o
descrente.
Quando Paulo exorta aos crentes a não se colocarem em jugo desigual, ele tem em
mente uma associação, ou seja, uma união comprometedora entre um crente e um
descrente. Jugo desigual não abrange exclusivamente o aspecto matrimonial, mas
também comercial, social, e espiritual, os quais a seguir estaremos tratando
resumidamente.
Jugo desigual na área comercial
Em certas ocasiões, bem pode um crente querer tocar “seu próprio negócio”, mas suas
condições financeiras não permitem e ele pensa em arranjar um sócio, ou às vezes surgem
convites por parte de alguém para uma sociedade. O crente poderá se juntar a outro em
sociedade, e isso está dentro dos padrões permissíveis pela ética cristã. Mas se o
pretendente à sociedade for descrente, o irmão ou a irmã deve lembrar que tal sociedade
não tem a aprovação de Deus, e mais cedo ou mais tarde acabará trazendo com certeza
duras conseqüências, e todos devemos nos lembrar disso.
Jugo desigual na área social
Há certas sociedades que podem fazer parte da vida social e que são prejudiciais ao
verdadeiro cristão, tal como um crente se filiar à Maçonaria que é uma sociedade secreta
com muitos mistérios que ninguém saberá até estar dentro, e isso não lhe será revelado
até que tal associado tenha alcançado um grau superior, e quando ele descobrir já será
tarde.
Jugo desigual na área espiritual
Existe um mal, que está se alastrando assustadoramente, que se chama
“ecumenismo”; aparentemente, a princípio, se trata de algo inocente, bonito, bom e até
bíblico, quando citam as palavras do Senhor Jesus em João; 17,21 “a fim de que todos
sejam um;...” (citam-nas erradamente, pois aqui O Senhor está falando de verdadeiros
salvos, e não meramente de pessoas religiosas).
Vejo duas formas de “ecumenismo”:
Primeiro - o “ecumenismo radical”, aquele dominado pelo catolicismo romano, que em
seus “cultos” assim chamados (o que é comum em formaturas, inaugurações etc.), há no
mesmo púlpito a participação de padres católicos, pastores evangélicos, líderes espíritas,
líderes da LBV, etc. Esse tipo de “ecumenismo” tenta governar o mundo religioso. O
próprio significado da palavra “ecumênico” dá a idéia de ajuntamento universal, e isto é
nada menos do que o preparo para num futuro próximo após o arrebatamento da igreja
verdadeira, onde haverá a formação de uma igreja universal sob o comando de um só líder Ap; 13,11-18.
Segundo trata-se de um “ecumenismo parcial, restrito, sectário”. Este é aquele que
visa à união só dos “evangélicos”. Quantos hoje estão aceitando uma associação destas
igrejas, realizando certos trabalhos em conjunto, como recentemente no chamado "dia da
bíblia". Em Paranavaí, por exemplo, uniram-se “os evangélicos” para uma passeata, e
como me disse um “pastor”: “Temos de mostrar nossa força evangélica...”.
Há também união para trazer às cidades cantores e ex artistas que dizem terem se
convertido, e cobram alto cachê (deve haver uma união para conseguir pagar tais artistas);
outros deixam de estar na reunião da igreja da qual é membro e vão assistir em uma
denominação; alguns trocam de púlpito, “hoje o pastor prega aqui, amanhã eu lá”. O pior é
que poucos estão apercebidos da artimanha satânica por trás disso. Deus quer que Seu
povo esteja unido; porém, em jugo desigual, Ele dispensa.
Jugo desigual na área matrimonial
Parece que este assunto é só para jovens, mas não é, é para todos (há tantos de
cabeça branca que enviúvam e se casam em jugo desigual e se arrependem), porém os
jovens são os mais visados. É normal os jovens quererem se casar, há no entanto uma
diferença entre o jovem cristão e o não cristão, pois este diz: “se não der certo a gente se
larga”, mas o cristão sabe que o casamento é indissolúvel enquanto vivem os dois. A
palavra de Deus é muito clara quando diz: “Não vos prendais a um jugo desigual com os
incrédulos...” (2ª Co; 6,14). Não precisava de acrescentarmos nada mais se não fosse o
“mundo” de argumentos que muitos jovens nos apresentam, para que “nós” concordemos
com eles, como se fosse nós quem ordenamos: “Não vos prendais a um jugo desigual com
os incrédulos...”.
Vamos considerar três dos principais argumentos:
1. “Você não conhece ele(a), ele(a) é melhor do que muitos crentes...”.
Concordamos que isso possa ser verdade, mas não anula o mandamento: “Não vos
prendais a um jugo desigual com os incrédulos...”.
2. “Ele(a) gosta muito de ir à reunião da igreja, e assim eu posso ganhá-lo(a) para
Cristo.
Há anos ouvi em minha igreja: Certa moça namorava um moço descrente, e pediu a certo
pregador para que ele orasse pelo seu casamento, e para que ela pudesse ganhá-lo para
Cristo. “Não posso”, disse o pregador, “pois a palavra de Deus diz não”, e continuou, “a
próxima vez que seu namorado vier à sua casa, suba numa cadeira e tente puxá-lo para
cima”, ao que ela disse: “eu não consigo, pois ele tem mais força do que eu”. Então o
pregador concluiu: “é exatamente isso que vai acontecer, se você se casar com ele, você
será puxada para baixo, haverá decadência em sua vida espiritual, em vez de você
conseguir levá-lo a Cristo por meio do jugo desigual, ele te levará para longe dos caminhos
de Cristo”.
3. “Não tem em nossa igreja ninguém, para que eu possa namorar e me casar”.
Cremos que também este argumento é sem base, pois o crente deve entregar o seu
caminho e seus cuidados aO Senhor e Ele cuidará (Sl; 37,5; 1ª Pe; 5,7). Se é da vontade de
Deus que o crente se case, Ele haverá de providenciar a pessoa certa.
Até agora tivemos pensando no jugo desigual entre um crente e um descrente. A
seguir desejamos ir um pouco mais além, notando que o jugo será desigual quando alguém
crente de uma igreja local se une em jugo com outra pessoa crente de uma denominação;
e mais: pode até mesmo ser um jugo desigual dentro da mesma igreja local, e isto em
todos os sentidos já considerados, comercial, social, espiritual e matrimonial. Não será
muito difícil qualquer crente perceber essa grande verdade, mas para ilustrar vamos
recorrer a dois exemplos no VT:
Primeiro (Dt; 22,10) “Não lavrarás com junta de boi e jumento”. Deus determinou
que não se lavrassem com junta de boi e jumento. Ainda que ambos eram animais
comumente usados para serviço pesado, o motivo de Deus assim exigir é muito óbvio pois
o boi é animal de estatura maior, de mais forças e de passos mais lento que o jumento.
Não adianta pôr jugo sobre estes que não dará certo. Se uma pessoa crente se põe em
jugo com alguém também crente de uma denominação, há uma grande porcentagem de
que mais tarde vão ter problemas. Quando se trata no aspecto conjugal, o assunto é muito
mais sério, pois é quase que inevitável que o casal tenha filhos, e mais tarde o pai vai para
uma igreja e a mãe para a outra, ficando as crianças sem saber para onde ir, e as vezes os
pais têm de perguntar: “você hoje quer ir na igreja da mamãe, ou na do papai?”, e a pobre
criança tem de decidir uma difícil questão que ela mesma não tem culpa. E se pensarmos
nas diferenças doutrinárias surgidas entre o próprio casal que muitas vezes poderão ser
levadas a discussão? Não é um caso e outro isolado que conhecemos de crentes que
casaram-se em jugo desigual neste sentido, e hoje o casal vive sem uma boa comunhão
por causa de divergências doutrinárias, e os filhos estão entregues ao mundo, e dizem:
“não quero nem saber de igreja, lá em casa é uma confusão, meu pai fala uma coisa e
minha mãe outra”. Também não deixa de ser igualmente séria a questão de um
comprometimento desigualado entre pessoas da mesma igreja local, quando alguém é
espiritual e mostra amor e dedicação à causa de Deus, e se casa com outro indiferente;
mais tarde um quer ir à reunião, ou fazer um serviço na obra do Senhor, e o outro quer ou
ficar em casa, talvez vendo televisão, ou passear. Sem dúvidas haverá choque entre os
dois e o que era espiritual muitas vezes terá de ceder ao carnal para não haver uma
complicação maior no futuro.
Segundo (Nm; 36,1-10 - favor ler esse trecho). Zelofeade era descendente de
Manassés e morreu no deserto deixando cinco filhas e nenhum filho. Deus ordenou que
desse a elas possessão entre os da tribo de Manassés. Nisso os descendentes de Manassés
argüiram que se elas se casassem com moços de outras tribos de Israel, a herança delas, e
conseqüentemente da tribo de Manassés diminuiria, e a tribo a quem o marido pertencesse
aumentaria. Em palavras simples, isto quer dizer que havendo mistura de casamento,
ainda que fosse entre o mesmo povo de Israel, o prejuízo seria inevitável; e Moisés
entendeu e disse: “6 Isto é o que o Senhor ordenou acerca das filhas de Zelofeade,
dizendo: Casem com quem bem parecer aos seus olhos, contanto que se casem na família
da tribo de seu pai. 7 Assim a herança dos filhos de Israel não passará de tribo em tribo,
pois os filhos de Israel se apegarão cada um à herança da tribo de seus pais. 8 E toda filha
que possuir herança em qualquer tribo dos filhos de Israel se casará com alguém da família
da tribo de seu pai, para que os filhos de Israel possuam cada um a herança de seus pais.
9 Assim nenhuma herança passará de uma tribo a outra, pois as tribos dos filhos de Israel
se apegarão cada uma à sua herança”. Este ensino se adapta para hoje, visto que se um
moço ou moça venha a se casar com alguém de uma outra igreja, o prejuízo em
diminuição será inevitável. O Senhor não quer mistura, pois o casamento poderá ser uma
bênção ou uma tragédia se não for o cônjuge certo que Deus, e não você, escolheu.
Finalmente, creio que ninguém poderá tratar tal assunto com menosprezo, visto que
“Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso
também ceifará” (Gl; 6,7), e “Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb; 10,31).
Prezado irmão e irmã, se Deus estabeleceu uma ordem Ele sabe a razão porquê, e não
será necessário perguntarmos nada, é somente obedecermos, e a obediência trará
somente bênçãos e a desobediência trará somente duras conseqüências, como certo irmão
pregando disse: “toda desobediência terá seu justo castigo, e às vezes este é tão duro que
não vale a pena desobedecer”
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