domingo, 31 de janeiro de 2010

CARNAVAL OU FESTA DA CARNE ? VALE A PENA?







O Brasil é tradicionalmente conhecido como o país do carnaval. Normalmente esta festa da carne, esta celebração pagã acontece no mês de fevereiro de cada ano. Em todas as cidades e principalmente nas capitais, milhares de pessoas se preparam para o tão sonhado acontecimento. Em algumas regiões semanas inteiras são dedicados aos foliões que se habilitam a percorrerem as principais avenidas atrás de um carro de som extravasando suas emoções e suas paixões carnais. Fantasias das mais variadas cores extravagantes e modelos com criatividades sem precedentes, desfilam pelas passarelas. O culto à sensualidade já marca o compasso de espera e é a marca registrada dos componentes, dos integrantes das escolas de samba que desfilam seus carros alegóricos em meios às luzes dos refletores e câmaras de TVs tentando focar os corpos desnudos das mulheres em meios aos gritos desconexos vindo das arquibancadas abarrotadas de multidões esperando suas escolas passarem para serem aclamadas e reverenciadas como um culto explicito ao paganismo declarado.

Durante quatro dias toda esta movimentação aparentemente harmoniosa com ritmos atordoantes e alucinantes regados a bebidas alcoólicas,drogas e sexo sem limites enchem ilusoriamente o coração de seus participantes nos variados clubes das noites, na esperança de poderem neste espaço de tempo ceder sem nenhum temor a Deus às suas luxurias, na ignorância de que na quarta-feira confessando os seus excessos pecaminosos, através da figuração das cinzas, serão de seus pecados perdoados como se Deus tivesse permitido, dado o seu aval para outros deuses serem venerados e adorados nesta celebração.O maior inimigo do ser humano é a sua ignorância. A ignorância têm cegado o entendimento, a lucidez da mente, porém Deus declara com muita rigidez em sua Palavra, a Bíblia as seguintes advertências:
Nm;14,18*O Senhor é longânimo, e grande em misericórdia, que perdoa a iniqüidade e a transgressão, que o culpado não tem por inocente, e visita a iniqüidade dos pais sobre os filhos até à terceira e quarta geração.
Rm;8,5-8,12-14 * que "os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.

Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser; e os que estão na carne não podem agradar a Deus. Portanto, irmãos, somos devedores, não à carne para vivermos segundo a carne; porque se viverdes segundo a carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis. Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.

Gl;5,13,24*Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade par dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor. Os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.

Gal;6,8*Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.
Carnaval segundo a Enciclopédia Barsa:
Conceito e origem.
O carnaval é um conjunto de festividades populares que ocorrem em
diversos países e regiões católicas nos dias que antecedem o início da
Quaresma, principalmente do domingo da Qüinquagésima à chamada terça-feira
gorda.
Embora centrado no disfarce, na música, na dança e em gestos, a folia
apresenta características distintas nas cidades em que se popularizou.
O termo carnaval é de origem incerta, embora seja encontrado já no latim
medieval, como carnem levare ou carnelevarium, palavra dos séculos XI e XII,
que significava a véspera da quarta-feira de cinzas, isto é, a hora em que
começava a abstinência da carne durante os quarenta dias nos quais, no
passado, os católicos eram proibidos pela igreja de comer carne.
A própria origem do carnaval é obscura.
É possível que suas raízes se encontrem num festival religioso
primitivo, pagão, que homenageava o início do Ano Novo e o ressurgimento da
natureza, mas há quem diga que suas primeiras manifestações ocorreram na
Roma dos césares, ligadas às famosas saturnálias, de caráter orgíaco.
Contudo, o rei Momo é uma das formas de Dionísio (Era um deus bastardo para os pagãos. As suas raízes mais remotas encontram-se na Grécia Antiga, no culto a Dionísio, o deus da vindima, que mais tarde foi celebrado em Roma como Baco, espalhando-se para os países de cultura neolatina. Dionísio perambulara por muito tempo pela Ásia Menor até que, conta a lenda/mitologia, pelas mãos do sacerdote Melampo, introduziu-se nas terras gregas. Tornou-se um sucesso. Conforme as plantações de parreiras se espalhavam pelas ilhas da Grécia e pela região da Arcádia, mais gente o celebrava. Em todas as festas no campo ele se fazia cada vez mais presente. Por essa altura, já entronado como deus das vindimas, representavam-no como uma figura humana, só que de chifres, barbas e pés de bode, com um olhar invariavelmente embriagado, com a ânfora e com a taça.Com as características, ora de deus da cultura do vinho e da figueira, ora simbolizado pela Hera e pelos Pinheiros, ora representados pelo bode, Dioniso, o deus da transformação e da metamorfose, que havia sido expulso de Olimpo, todos os anos, chegava à Grécia, aos primeiros raios de sol da primavera, acompanhado de um séquito de sátiros e ninfas sendo saudado pelos fiéis com música, danças, algazarras, vinhos, sexo e também violência que por vezes terminava em tragédia”.Além de incentivar o culto a Dioniso entre os camponeses e lavradores organizou oficialmente as procissões dionisíadas onde a imagem do deus Dioniso era transportada em embarcações com rodas (carrum navalis) simbolizando que o deus havia chegado a Atenas pelo mar, puxadas por sátiros (semi deuses que segundo os pagãos tinham pés e pernas de bode e habitavam as florestas) com homens e mulheres nús, em seu interior. Seguindo o cortejo, uma multidão de mascarados, meio a um touro, que depois seria sacrificado, percorria as ruas de Atenas em frenéticas passeatas de júbilo e alegria. A procissão terminava no templo sagrado, o Lenaion, onde se consumava a hierogamia (o casamento do deus com a Polis inteira em procura da fecundação). Consta que as primeiras seguidoras do deus Dionísio, há uns 3 ou 3,5 mil anos atrás, foram mulheres que viram nos dias que lhe eram dedicados um momento para escaparem da vigilância dos maridos, dos pais e dos irmãos, para poderem cair na folia "em meio a danças furiosas e gritos de júbilo". Nos dias permitidos, elas, chamadas de coribantes, saíam aos bandos, com o rosto coberto de pó e com vestes transformadas ou rasgadas, cantando e gritando pelas montanhas gregas. Os homens, transfigurados em silenos e sátiros, não demoraram em aderir às procissões de mulheres e ao "frenesi dionisíaco". A festança que se estendia por três dias, encerrava-se com uma bebedeira coletiva em meio a um vale-tudo pansexualista.As BACCHANTES, sacerdotisas que celebravam os mistérios do culto a Dioniso, nesse tempo mais conhecido como BACO (é com o nome de BACO que Dioniso entrou em Roma, daí alguns estudiosos afirmarem a origem italiana da palavra), ao invadirem as ruas de Roma, dançando, soltando gritos estridentes e atraindo adeptos em número crescente, causaram tais desordens e escândalos que o Senado Romano proibiu as BACANAIS, em 186 a.C..
Nas antigas Grécia e em Roma, entre o século VII a.C. e VI d.C., com as sociedades já organizadas em castas e rígidas hierarquias, com a nobreza, o campesinato e os escravos, nitidamente separados por classes acentuam-se as libertinagens e licenciosidades, provocadas, ao que se supõem, pela necessidade de válvulas de escape (era o culto ao corpo sem culpa da filosofia escolástica). Sexo, bebidas e orgias incorporam-se, definitivamente, às festas que, juntamente com o elemento processional e a inversão de classes, compõem o modelo que alguns autores consideram o fulcro estético e etimológico do carnaval.
Essas festas pagãs eram realizadas de 16 a 18 de dezembro (Saturnais - em honra a deus Saturno na mitologia grega absorvida por Roma, onde os Tribunais e escolas fechavam as portas, escravos eram alforriados, dançava-se pelas ruas em grande e igualitária algazarra) e 15 de fevereiro (Lupercais - em honra a Deus Pã, na Roma Antiga, dedicados à fecundidade). Os Lupercos, sacerdotes de Pã, saíam pelados, banhados em sangue de cabra, e perseguiam os transeuntes, batendo-lhes com uma correia.
Em março, os Bacanais homenageavam Baco (o deus grego Dionísio em versão romana), celebrando a primavera inspirados por Como e Momo, entre outros deuses.
Saturno, deus da agricultura dos antigos romanos, identificado como CRONOS pelos gregos, pregava a igualdade entre os homens e foi quem ensinou a arte da agricultura aos italianos. Também expulso do Olimpo, Saturno chegava com os primeiros sopros do calor da primavera e era saudado com festas e um período de liberação das convenções sociais. Durante as Saturnálias os escravos tomavam os lugares dos senhores. Não funcionavam os tribunais e as escolas. Os escravos saiam às ruas para comemorar a liberdade e a igualdade entre os homens, cantando e se divertindo em grande desordem. As casas eram lavadas, após os excessos libertários que aconteciam de 17 a 19 de dezembro (no hemisfério norte correspondia à entrada da primavera. Com a reforma do calendário e a inclusão de mais dois meses, julho e agosto, em homenagem aos imperadores romanos Júlio Cesar e Augusto formam empurrados para diante) seguiam-se a sua Purificação com as LUPERCAIS, festas celebradas em 15 de fevereiro, em homenagem ao deus Pã que matou a loba que aleitara os irmão Rômulo e Remo, fundadores de Roma. Os Lupercos, sacerdotes de Pã, saiam nús dos templos, banhados em sangue de cabra e depois lavados com leite e cobertos por uma capa de bode perseguiam as pessoas pelas ruas, batendo-lhes com uma correia. As virgens quando atingidas acreditavam se tornarem férteis e as grávidas, se tocadas, conseguiam livrar-se das dores do parto.
Suetônio conta que no tempo das Saturnais todos os participantes e os escravos podiam dizer verdades a seus senhores indo até ao extremo de ridicularizá-los do jeito que bem entendessem.
Dizem os mitólogos que os seus chifres de Pã representam os raios do Sol; a vivacidade de sua tez exprime o fulgor do céu; a pele de cabra estrelada que usa sobre o estômago representa as estrelas do firmamento; enfim os seus pés e as suas pernas eriçados de pêlos designam a parte inferior do mundo, - a terra, as árvores e as plantas.
O terceiro Centro de festas do Carnaval fixou-se nas cidades de Nice, Roma e Veneza (bailes de máscaras do Renascimento) e passou a irradiar para o mundo inteiro o modelo de Carnaval que ainda hoje identifica a festa, com mascarados, fantasiados e desfiles de carros alegóricos.
Como já citei na Roma Antiga, pessoas mascaradas desfilavam em carros puxados por cavalos, com estrutura semelhante a barcos, sobre os quais homens e mulheres nus cantavam e dançavam frenética e obscenamente. Esses carros, chamados carrum novalis, podem ter inspirado o nome da festa (‘adeus à carne’, ou festa da carne). Hoje, os foliões percorrerem as principais avenidas atrás de um carro de som extravasando suas emoções e suas paixões carnais.
O Carnaval de Veneza, na Itália, é diferente em estilo, ritmo e espírito de qualquer outro carnaval. Já em suas raízes é uma celebração de elite, intelectualizada, embora hedonística. As fantasias e as famosas máscaras venezianas inspiram-se na elegância e bom gosto dos trajes dos séculos XVII e XVIII ou nas personagens da Commedia Dell´Arte, em que figuram os nossos conhecidos pierrôs, colombinas e polichinelos.
Commedia dell'arte - Conhecida também como Comédia de Máscaras, a Commedia Dell´Arte era composta por espetáculos teatrais em prosa, muito populares na Itália e em toda a Europa na segunda metade do século XVI até meados do século XVIII. O espetáculo era baseado no improviso dos atores, que seguiam apenas um esquema elaborado pelo autor para cada cena cômica, trágica ou tragicômica. Grandes atores criavam as ações e os diálogos diante do público. Tornaram-se famosas as figuras de Arlequim, do doutor, do capitão Spaventa, de Pulcinella, Pantalone e Colombina, entre outros, com seus tipos físicos regionais, com seus dialetos e temperamentos especiais, vestimentas e máscaras características.
Felipe, o Belo (1478 - 1505) costumava se mascarar no Carnaval. Carlos III, sofreu atentado no Carnaval, fantasiado de urso. O costume do uso de máscara se estendeu de tal maneira que, no século XVIII, em Veneza tornou-se, quase um hábito diário. O exagero chegou a tal ponto, com homens, mulheres e crianças permanentemente mascarados, que estimulou o crime. Os homens normalmente com longas capas e mascarados, ao praticarem um crime, impossibilitavam a polícia identificar os assassinos. Em conseqüência, o uso diário de máscara foi proibido. Os venezianos passaram a se mascarar só durante o carnaval, que, aliás chegava a durar um mês, ou, em festas e jantares, hábito este importado para a França.
No final do século XI, o Carnaval de Veneza aparecia nas crônicas como festejos que chegavam a durar até seis meses. Por essa época chegou-se até a regulamentar o uso das máscaras, que haviam invadido o cotidiano do povo veneziano. São comuns os relatos de abusos praticados atrás das máscaras durante e depois do carnaval de Veneza: desde a mais ingênua tentativa de sedução até o adultério; de pequenos furtos até homicídios. As autoridades proibiram o uso das máscaras no início do século XVII.
Após quase desaparecer no século XIX, o Carnaval de Veneza vem, desde 1980, sendo revivido e encorajado pelas autoridades. Atrai hoje mais de 100 mil pessoas que, apesar do frio e da ameaça das marés altas que freqüentemente inundam a praça de São Marcos, para ali convergem a fim de admirar o luxo das fantasias e das máscaras.
Em Veneza, nas belas mansões e palácios do Gran Canale, organizam-se também luxuosos bailes, regados a champanhe e animados por ruidosas orquestras. A alta sociedade internacional, afastada do burburinho das ruas, comparece aos salões dos hotéis de luxo, decorados a cada ano com temas retirados das óperas de Verdi. Neles dançam-se valsa, tarantela e até mesmo o samba, cada vez mais popular. O povo, por sua vez, concentrado na Praça São Marcos, se diverte de maneira bem mais desinibida.
Satanás e tão astuto que traz para todas as culturas e povos um modo de ser adorado, e ainda mais, faz com que ações sejam tomadas para afirmar sua posse sobre a terra (Mt;4,8-9).
Para entendermos um pouco mais, vamos até a raiz do mau, para termos esclarecimento de toda artimanha bolada pelo inimigo:
Confessando os seus excessos pecaminosos, através da figuração das cinzas em suas testas, terão os seus pecados perdoados como se Deus tivesse permitido, dado o seu aval para outros deuses serem venerados e adorados nesta celebração. Sabemos que com Constantino ( Imp. Romano que se converteu ao Cristianismo para não perder o controle do Império), veio todo o tipo de abominação e idolatria para dentro da Igreja, e se misturou ao culto Cristão formas de adoração pagã. Satanás usou esse imperador Romano, ambicioso e idólatra, para ter uma porta aberta para desviar o culto prestado ao único DEUS e leva-lo a ser prestado aos ?santos?, que na verdade, são castas de demônios, principados e potestades que se encontram por de traz de cada imagem, e que na verdade estão recebendo aquele culto dito Cristão.
Ao pesquisar mais sobre a origem do carnaval, descobri que antes das Saturnálias(Romanas), no Egito, no período da estação do outono realizava-se a festa do boi Apis(animal sagrado). Escolhia-se o boi mais belo e todo branco o qual era pintado com várias cores, hieróglifos e sinais cabalísticos(branco x pureza, então, pintar o boi significa torna-lo impuro). O boi era conduzido pelas ruas, e levado até o rio Nilo, onde era afogado. Em procissão, sacerdotes, magistrados, homens, mulheres e crianças, fantasiados grotescamente, iam atrás dele(o boi) dançando, cantando em promiscuidade até seu afogamento.
Na mitologia Grega, Júpiter, se fez passa por um boi, seduziu a princesa Europa e a conduziu para o mar até uma praia deserta onde à possuir.
É fato que os relatos estão entrelaçadas, pois os demônios que atuavam no Egito em forma de deuses, são os mesmos que atuaram na Grécia, em Roma e em Babilônia.

Mas as Saturnálias são as comemorações carnais, que mais se assemelham ao carnaval do Brasil.
A Saturnália iniciava-se com César, escolhendo o soldado mais belo, para coroa-lo rei durante os quatro dias do festejo. Esse rei era chamado de Momo. Durante seu reinado era praticado, sobre o seu comando, todo tipo de glutonaria, bebedeira e lasciva, no término das festividades, ou seja no final do quarto dia, o rei Momo era sacrificado de forma brutal no altar de Saturno.
Quem afinal é a entidade Momo?
Momo era o deus da irreverência, o motivo pelo qual, foi expulso do Olimpo(local onde acreditava-se morar os deuses da mitologia Grega).Mais porque afirmar que essa entidade, era cultuado em Roma se a sua origem é Grega?
Momo é uma das formas de Dionísio, o deus Baco, patrono do vinho e do seu cultivo(para os Romanos).
Saturno também é conhecido como o deus sol. Isso nos faz retroceder bem antes da época dos reinados Romano, Grego e Egípcio, nos levando até um homens chamado Ninrode (Gn;10,8 - 12).
O princípio do reino de Ninrode foi Babel. Babel nos faz lembrar da torre, derrubada por DEUS, e o surgimento de várias línguas (Gn;11,1 - 9).
Pois Ninrode e seu povo decidiram levantar uma torre, no intento de tocarem o céu, para levantarem seu nome. Desejaram o mesmo que Lúcifer desejou, colocar seu nome acima do nome do único DEUS. A essência da atitude de Ninrode e seu povo é:
Nós somos poderosos na terra e também seremos poderosos nos céus. Não haverá ninguém como nós.
Mas o SENHOR destruiu todo esse intento, e colocou um nome acima de todo nome, o nome de Jesus.
Essa torre representa a declaração de que:
Nós entramos nos céus, nós dominamos os céus, nos tornamos poderosos na terra e nos céus?.
Ninrode foi o homem que com seu poder, deu início a uma civilização chamada Babilônia. Localizaremos em Babilônia o início de todas as profanações, todo os cultos a outros deuses. Ali, milhares de deuses eram cultuados, mas Javé o verdadeiro DEUS não era cultuado.
Quando Ninrode morre, sua mulher, Semirames, declarou que Ninrode era o deus sol e seu filho Tamus era a reencarnação de Ninrode, ou seja, Tamus era o deus sol encarnado. Daí vem toda idolatria e cultos prestados perante imagens. Após isso surge um império chamado Romano, que nada mais é que a continuação de todos os feitos de Babilônia. Algo muito venerado no Imp. Romano, são as relíquias, quanto maior o número de relíquias há em um determinado lugar, mais sagrado ele se torna. A maioria das relíquias do Imp. Romano, vieram de Babilônia e posteriormente introduzidas no culto Cristão.
Existe, até os dias de hoje, na praça de São Pedro em Roma, um obelisco,que uma representação de torre ou talus(órgão sexual masculino), que foi trazida pelo Imp.Romano Calígula, conhecido como o mais devasso e cruel dos Imperadores Romanos, e colado naquele local. Onde o rei Momo ou a representação carnal dele era sacrificado a Saturno (deus sol). Esse obelisco foi o mesmo levantado por Semirames para que todo o povo de Ninrode, prestasse culto ao deus sol.

Nos dias de hoje, antes do carnaval é feita uma eleição, e é escolhido um homem, que é coroado rei, para reinar e comandar os dias da festa, que é chamado rei Momo. Afirmo que é a mesma festa que acontecia no passado, com algumas mudanças estratégicas feitas por Satanás. Já que nos dias de hoje não seria aceitável o sacrifício do representante de Momo, Satanás troca essa vida(o sacrifício do rei Momo) pela vida de todos os que são brutalmente assassinados no período do carnaval.
Mas após ser coroado, essa representação da entidade maligna, Momo, Baco, Dionísio, Saturno, deus sol(Ninrode, Tamus), recebe das mãos do prefeito da Cidade ou da autoridade máxima daquela Cidade, Estado ou País, as chaves da cidade!. Este ato de entrega das chaves, no mundo espiritual tem uma repercussão devastadora, pois chave na Bíblia significa poder, autoridade, domínio, ligar, desligar e abrir e fechar.
Is; 22,22, Ap; 1,18; 3,7,; 9,1; 20,1.
Mt; 16,19
Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céu; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus?.
Após o Espírito do SENHOR, conduzir-me até esse versículo, foi-me dado o entendimento de que:
Ao receber as chaves da cidade, espiritualmente, ocorre o mesmo que está descrito no versículo, mas de maneira que, os demônios que comandam o carnaval, ligam espiritualmente os foliões ao inferno.

Por séculos e séculos, Satanás corrompeu a Igreja(dita Universal em Latim), para por em prática seus planos, dentre eles de ser cultuado livremente no período dos festejos de carnaval, com a aceitação das autoridades políticas e religiosas que dominam.
O SENHOR nos trousse esse esclarecimento, para que não façamos parte desse festejo, pois há igrejas evangélicas, que neste período, saem em blocos pelas ruas, entoando cânticos em ritmo de samba e marchinhas, imitando o fundamento dos blocos carnavalescos, com o intuito de evangelizar. Não estou afirmando, que esses irmãos estão fazendo isso de caso pensado, com alguma malícia, mas estão sendo enganados, e mesmo evangelizando, estão levando a Igreja a participar desde festejo maligno. Nosso DEUS, é muito poderoso, ELE nos dará a direção, para garimparmos vidas neste período sem precisarmos imitar a festa de Satanás.
Vejamos o que a Bíblia diz, sobre quem, e o que, devemos imitar:

1ªCo; 4,16
Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus imitadores.

1ªCo; 11,1
Sede meus imitadores, como também eu, de Cristo.

Ef; 5,1
"Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;"

Fl; 3,17
Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam.

1ªTs; 1,6
E vós fostes feitos nossos imitadores e do Senhor, recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo,

1ªTs; 2,14
"Porque vós, irmãos, haveis sido feitos imitadores das igrejas de Deus que, na Judéia, estão em Jesus Cristo; porquanto também padecestes de vossos próprios concidadãos o mesmo que os judeus lhes fizeram a eles,"

Hb; 6,12
para que vos não façais negligentes, mas sejais imitadores dos que, pela fé e paciência, herdam as promessas.

A verdadeira vida só encontramos em Jesus.

A verdadeira alegria está em Jesus

A verdadeira paz é Cristo Jesus

Jesus é o caminho, a verdade e a vida.


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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

7 DÍVIDAS QUE TEMOS COM NOSSO PAIS




Efésios 6:1–4.
Vamos
olhar para “Sete Dívidas que Temos com os
Nossos Pais”1 .
Alguns diriam que não devem nada aos pais.
Assisti a um filme alguns anos atrás, em que um
pai insistia que ele tinha direito a um pouco de
respeito. O filho adulto lhe respondeu que ele
não devia nada ao pai. Ele disse que não pedira
para vir ao mundo e, uma vez que o pai era responsável
por ele estar ali, o pai lhe devia tudo.
A perspectiva bíblica não é unilateral. Embora
a Bíblia enfatize que os pais devem muito aos
filhos — por serem responsáveis pela vinda deles
ao mundo — ela também enfatiza que os filhos
devem algo para os pais. Se não fosse pelos pais,
os filhos não estariam vivos. O dom da vida é um
dom especial.
Por isso Efésios; 6,1–4 desafia tanto os pais
quanto os filhos:
Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor,
pois isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe
(que é o primeiro mandamento com promessa),
para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre
a terra. E vós, pais, não provoqueis vossos
filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na
admoestação do Senhor.
Alguns pais vivem como se só os filhos
tivessem responsabilidades. Alguns filhos vivem
como se só os pais tivessem responsabilidades.
Nenhuma dessas atitudes está certa. Já vimos
como os pais têm a responsabilidade de cuidar
dos filhos e treiná-los. Em retribuição a isto, o
que devemos aos nossos pais?

Quando Paulo falou de pessoas se desviando
de Deus, ele incluiu este indício de como se
tornariam impiedosas: “nem lhe deram graças…”
Se há uma pessoa a quem devemos ser agradecidos,
essa pessoa é o nosso pai e a nossa mãe. Já
mencionei que eles nos deram o dom da vida.
Eles também nos amaram e cuidaram de nós .
Bergen Evans dirigiu-se certa vez a uma classe
de formandos na Universidade Estadual da
Pensilvânia. Ele sabia que estava falando para
jovens que não valorizavam o que a geração
anterior tinha realizado — jovens que culpavam
seus pais pelos males do mundo. Em seu discurso,
ele salientou que a geração de seus pais aumentou
a expectativa de vida, diminuiu pela metade a
jornada de trabalho, aumentando ao mesmo
tempo a renda per capita, e deu-lhes um mundo
mais saudável do que quando o encontraram . ( Reconheço que alguns pais não amam os filhos nem
cuidam deles, mas são exceções à regra.) A maioria dos seus
ouvintes têm (ou tiveram) pais que fizeram o melhor possível.
Ele falou dos sacrifícios feitos pela geração
dos seus pais e a geração anterior, e como essas
gerações haviam determinado que a vida deveria
ser melhor para os seus filhos.
Ele disse aos seus ouvintes: “Porque eles
fizeram o melhor possível por vocês, vocês
são a geração de maior estatura, a geração mais
saudável, brilhante e talvez a mais bonita a
habitar este país”. Ele fez aqueles jovens se
lembrarem de que, graças aos esforços de seus
pais, “eles iam trabalhar menos horas, aprender
mais, ter mais tempo de lazer, viajar para lugares
mais distantes e ter mais de uma oportunidade
para perseguir o ideal de suas vidas”.
E concluiu com o seguinte pensamento: “Se a
geração de vocês puder fazer tanto quanto essas
duas gerações fizeram, vocês serão capazes de
resolver muitos dos males que ainda restam na
terra… Mas não será fácil. E vocês não conseguirão
fazer isto tendo um pensamento negativo,
nem destruindo, nem depreciando. Vocês só
conseguirão fazer isto com trabalho árduo,
humildade e fé na humanidade” .
Nossos pais não nos introduziram num mundo
perfeito. Afinal de contas, este mundo está
corrompido pelo pecado (Gênesis; 3,17, 18). Como
um todo, porém, a terra não é um lugar ruim para
se viver enquanto nos preparamos para a eternidade.
As gerações que nos precederam merecem
um pouco de crédito.
Segundo psicólogos, uma das necessidades
básicas do homem é sentir que ele tem valor, a
necessidade de ser estimado. A Bíblia não
discorda dessa conclusão. Você tem consideração
pelos seus pais? Você é agradecido por tudo
que eles fizeram por você? Você diz a eles quanto
os considera e estima?
Devemos aos nossos pais respeito — não porque
eles estão sempre certos, mas simplesmente
porque eles são nossos pais. Essa verdade básica
foi enfatizada muito tempo atrás nos dez mandamentos:
“Honra teu pai e tua mãe, para que se
prolonguem os teus dias na terra que o Senhor,
teu Deus, te dá” (Êxodo; 20,12). A palavra “honra”
inclui respeito e tudo o que está implícito nele.
Quando o mandamento foi repetido em Levítico;
19,3, lê-se: “Cada um respeitará7 a sua mãe e o seu
pai…”.
O mandamento incluía este maravilhoso
benefício para os filhos obedientes: “para que se
prolonguem os teus dias”. Os dias dos filhos
obedientes seriam “prolongados” porque não
seriam mortos pela desobediência (como veremos
logo a seguir). Os dias deles também seriam
prolongados porque aprenderiam bons hábitos,
os quais aumentariam a extensão de suas vidas.
O mais importante de tudo é que os dias deles
seriam prolongados porque eles obedeciam a
Deus e Deus os abençoaria.
A instrução básica para os filhos respeitarem
os pais foi repetida e ampliada em Deuteronômio;
5,16:
Honra a teu pai e a tua mãe, como o Senhor, teu
Deus, te ordenou, para que se prolonguem os
teus dias e para que te vá bem na terra que o
Senhor, teu Deus, te dá.
Nessa ocasião, Moisés enfatizou que se tratava
de uma ordem direta de Deus. A conseqüente bênção
também se estenderia. A promessa geral era
“que te vá bem”. A vida “vai bem” para o filho que
aprende respeito dentro do lar: ele será um estudante
melhor, um colega melhor, um pai ou mãe
melhor e um empregado ou empregador melhor.
Em Deuteronômio; 27, quando Moisés deu
instruções para a renovação da aliança tão logo
os israelitas entrassem na terra prometida, essa
mesma ordem foi incluída — mas de uma forma
negativa: “Maldito aquele que desprezar a seu
pai ou a sua mãe” (v, 16).
No Novo Testamento, quando o jovem rico
foi até Jesus perguntando o que ele deveria fazer
para herdar a vida eterna, Jesus repetiu vários
dos dez mandamentos, incluindo: “honra a teu pai
e a tua mãe” (Lucas; 18,20). O jovem rico estava
apto para dizer: “Tudo isso tenho observado
desde a minha juventude” (v, 21).
A maior prova de que cada um de nós tem valor é o
fato de Deus nos amar e dar o Seu Filho para morrer na cruz
por nós. Em outras palavras, temos valor independentemente
das pessoas expressarem consideração por nós. Apesar
disso, a Bíblia ensina que devemos expressar consideração
e estima uns pelos outros. (Veja, por exemplo, Efésios; 1,16;
1ª Tessalonicenses; 5,12.) “temerá a sua mãe e a seu pai”. Como temos
demonstrado várias vezes nesta série, a palavra “temor”
neste contexto indica “profundo respeito, reverência nada tem com mêdo”.
O respeito pelos pais é uma necessidade tão
básica que a ordem se repete palavra por palavra
como parte do Novo Testamento de Jesus: “Honra
a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento
com promessa), para que te vá bem, e
sejas de longa vida sobre a terra” (Efésios 6:2, 3).
Como podemos mostrar respeito pelos nossos
pais?
1) Mostramos respeito (ou a falta dele) pela
maneira como falamos com os pais. Em Isaías;
45,10 encontramos este versículo interessante: “Ai
daquele que diz ao pai: Por que geras? E à mulher:
Por que dás à luz?”. A Bíblia Viva parafraseia da
seguinte forma: “Também está perdida a criança
que, gritando, pergunta a seus pais: ‘Por que
vocês me fizeram nascer? Não sabem fazer nada
direito?’” No contexto, o escritor estava falando
da atitude do homem para com seu Criador, mas
essas palavras descrevem graficamente o jovem
desrespeitoso que culpa os pais por tudo.
No Antigo Testamento, aquele que amaldiçoava
o pai ou a mãe deveria ser apedrejado até a morte
(Êxodo; 21,17; Levítico; 20,9; Provérbios; 20,20; e
também Provérbios; 30,11). Se esse mandamento
fosse obedecido hoje, em certos lugares, a população
seria consideravelmente reduzida.
2) Mostramos respeito (ou a falta dele) pela
maneira como falamos de nossos pais. Quando
Cam caçoou do estado lastimável de seu pai,(O texto deixa implícito que de alguma maneira Cam
desrespeitou o estado alcoólico de seu pai.)
Noé, ele foi amaldiçoado (Gênesis; 9,20–25).
3) Também mostramos respeito (ou a falta
dele) pela maneira como agimos; palavras são desnecessárias
para quem é desrespeitoso. Provérbios;
30,17 fala dos “olhos de quem zomba do pai
ou de quem despreza a obediência à sua mãe”,
dizendo que “corvos no ribeiro os arrancarão e
pelos pintãos da águia serão comidos”. Quando
leio isso, posso ver um adolescente protestando
após ser repreendido: “O que foi que eu falei de
mais?” — e o pai ou a mãe respondendo: “Não
foi o que você falou, mas o jeito que você virou os
olhos”. No Antigo Testamento, o filho que de alguma
maneira maltratasse os pais era uma vergonha e
uma desgraça (Provérbios; 19,26). O filho que agredisse
fisicamente seu pai ou sua mãe deveria ser
morto (Êxodo; 21,15). Poderíamos fazer uma longa
lista de maneiras pelas quais os filhos podem
mostrar respeito — ou a falta dele — pelos pais.
Quando o profeta Miquéias falou da má
situação dos seus dias, ele disse: “Porque o filho
despreza o pai, a filha se levanta contra a mãe”
(Miquéias; 7,6). Devemos respeito aos nossos pais.
Obedecer aos pais está intimamente ligado
ao desafio de respeitá-los. Deixar de obedecer
aos pais é um problema constante. Quando Paulo
estava descrevendo a decadência da sua época,
ele incluiu estes sintomas: “jactanciosos, arrogantes…
desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes”
(2ª Timóteo; 3,2).
Alguns anos atrás, Eleanor Roosevelt escreveu
em sua coluna num jornal diário: “Poderia ser
animador para muitos de nós que se preocupam
com o estado do nosso mundo e, particularmente,
com os nossos jovens, nos lembrarmos de que os
problemas de hoje existem há muito tempo” . A
seguir, ela citou esta frase: “Nossa terra está
degenerada nestes últimos dias; suborno e
corrupção são comuns; os filhos já não obedecem
aos pais; o fim do mundo está visivelmente se
aproximando” . A seguir, ela revelou que essas
palavras eram de uma lápide assíria, escrita por
volta de 2800 a.C.
A Sra. Roosevelt partilhou outra citação: “Os
filhos de hoje amam o luxo; têm maus modos,
desprezam a autoridade. Os filhos de hoje são
tiranos, não são servos dentro dos seus lares.
Contradizem os pais, resmungam diante das
visitas, devoram a comida à mesa, tiranizam
seus professores” . Essas palavras foram escritas
por Platão, três séculos antes de Cristo, citando
Sócrates da Grécia antiga. (Eleanor Roosevelt era a esposa de Franklin D.
Roosevelt, o trigésimo segundo presidente dos Estados
Unidos (1933–1945).)
O ensino de Efésios; 6,1 é simples e direto:
“Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto
é justo”. Temos de obedecer a nossos pais porque
eles são sempre justos? Não, temos de obedecer
a eles porque “isto é justo”. Ser obediente é a
maneira justa, correta, de viver. A expressão “no
Senhor” tem a ver com o seu relacionamento
com o Senhor, com o fato de você ser cristão. Se
você e seus pais são cristãos, isso faz do relacionamento
entre vocês algo duplamente especial.
Mesmo se os seus pais não forem cristãos, você
deve obedecer a eles, pois esta é a vontade de
Deus. “Isto é justo.”
Em Colossenses; 3,20, Paulo acrescentou outro
pensamento: “Filhos, em tudo obedecei a vossos
pais; pois fazê-lo é grato diante do Senhor”. “Em
tudo” significa “em tudo que não vai diretamente
contra a vontade de Deus” (veja Atos; 5,29). O
filho que fizer isto, disse Paulo, agradará a Deus.
Jesus era Filho do próprio Deus, mas na sua
adolescência Ele “era submisso” a José e Maria
(Lucas; 2,51).A maioria dos pais vê a necessidade de
orientar os filhos pequenos. Poucos filhos (se é
que haveria algum) sobreviveriam até a idade
adulta se alguém não os livrasse de perigos como
uma rua com tráfego intenso ou brincar com
fogo. Os adolescentes podem não admitir que
ainda precisam de orientação, mas precisam.
O que significa um filho obedecer aos pais?
Significa que o filho faz o que seus pais mandam
depois de repetidos resmungos? Não, a verdadeira
obediência significa que o filho atende rapidamente,
com alegria, até antecipando pedidos. É
isto o que Deus deseja, e esse comportamento é
uma alegria para qualquer pai ou mãe.
Deus se preocupa com a obediência dos filhos
aos pais — não só por causa do efeito disso em
cada lar, mas também por causa do efeito disso
na sociedade como um todo. Edward L. Kast
escreveu:Através da dependência dos pais e da obediência
a eles por longos períodos, os filhos aprendem
uma das coisas mais importantes que precisam
aprender, a saber: confiar em outras pessoas e
finalmente em Deus. Se uma criança não
aprende a confiar nos pais, sua capacidade de
confiar em outra pessoa é severamente comprometida…
Na sociedade humana, não há nada
mais óbvio do que a necessidade inerente de os
filhos obedecerem aos pais.
Kast destacou que os pais negligenciarem a
responsabilidade de cuidar dos filhos é tão
admissível quanto os filhos negligenciarem a
responsabilidade de obedecerem aos pais.
O impacto que a desobediência dos filhos
exerce sobre a sociedade se reflete nesta surpreendente
lei divina dada aos filhos de Israel:
Se alguém tiver um filho contumaz e
rebelde, que não obedece à voz de seu pai e à de
sua mãe e, ainda castigado, não lhes dá ouvidos,
seu pai e sua mãe o pegarão, e o levarão aos
anciãos da cidade, à sua porta, e lhes dirão:
Este nosso filho é rebelde e contumaz, não dá
ouvidos à nossa voz, é dissoluto e beberrão.
Então, todos os homens da sua cidade o apedrejarão
até que morra; assim, eliminarás o mal do
meio de ti; todo o Israel ouvirá e temerá
(Deuteronômio; 21,18–21).O Novo Testamento (a aliança debaixo da qual
estamos) não nos ensina a matar os filhos que
não obedecerem aos pais, mas esse mandamento
do Antigo Testamento é um lembrete vívido da
importância da obediência dos filhos aos pais.
Os pais nem sempre estão certos, mas se
realmente estiverem preocupados com os filhos,
certamente acertarão mais do que errarão. Adolescentes,
se vocês têm pais que se preocupam
com vocês o suficiente para lhes impor restrições,
agradeçam a Deus por tê-los!
Devemos obediência aos nossos pais.
As próximas “dívidas” que irei mencionar estão ligadas à consideração, ao respeito
e à obediência; mas são importantes o bastante
para serem abordadas separadamente. O próximo
item da lista é “compreensão”. Devemos aos
pais a máxima compreensão solidária possível.
Maridos são admoestados a viver com suas
mulheres “com discernimento” (1ª Pedro; 3,7).
Esse não é um mau conselho para todos os
relacionamentos dentro do lar. Devemos tentar
compreender uns aos outros.Tenho ouvido adolescentes dizerem: “Meus
pais não me entendem”. Muitos desses jovens parecem
estar inconscientes de que o entendimento
opera em ambas as direções. Se você é adolescente,
já avaliou a possibilidade de que a maior falta
de compreensão pode estar partindo de você?
Afinal de contas, seus pais já foram jovens uma
vez. Eles sabem como é ser adolescente e sabem
como é ser adulto. Por outro lado, você só sabe
como é ser um adolescente. Pode ser que você
queira que seu pai e sua mãe vejam as coisas do
seu ponto de vista, mas quanto tempo você passa
tentando ver as coisas do ponto de vista deles?
Alguns dizem que ser adolescente é difícil
nos dias de hoje — e isto é verdade. Ser pai ou
mãe de um adolescente também é difícil. Adolescente,
você já parou para pensar que seus pais
estão ficando velhos e mais propensos a se
cansarem? Já pensou na crise que eles podem
estar atravessando no trabalho? Já pensou em
como pode ser difícil não ultrapassar o orçamento
familiar na economia de hoje? Você tem consciência
de que a sua mãe ou o seu pai podem estar
começando a enfrentar mudanças, entrando na
“crise da meia-idade”?
Certo escritor anônimo expressou comicamente
a necessidade dos adolescentes compreenderem
seus pais num artigo intitulado “Seis Passos
para se Dar Bem com Seus Pais” :
1. Não tenha medo de falar a língua deles.
Tente usar expressões estranhas como:
“Vou te ajudar com a louça” e “Sim”.
2. Tente entender a música que eles ouvem.
Toque “Garota de Ipanema” até se acostumar
com o som.
3. Seja paciente com o baixo desempenho
deles. Quando surpreender sua mãe beliscando
uma guloseima, não demonstre
desaprovação. Diga a ela que você a ama
do jeito que ela está.
4. Estimule seus pais a falarem dos problemas
deles. Tente se lembrar de que para eles
coisas como ganhar dinheiro e pagar as
contas parecem importantes.
5. Seja tolerante com a aparência física deles.
Quando seu pai cortar os cabelos muito
curtos, não se sinta pessoalmente humilhado.
Lembre-se: é importante para ele se
parecer com os colegas dele.
6. O mais importante de tudo: se eles fizerem
algo que você julga ser errado, deixe
que saibam que é o comportamento deles
que desagrada você, e não eles mesmos.
Lembre-se de que os pais precisam saber
que são amados.15
Devemos aos pais a máxima cooperação
possível. Os pais têm responsabilidades medonhas.
Em 1ª Timóteo; 5,8 diz que “se alguém
não tem cuidado dos seus e especialmente dos
da própria casa, tem negado a fé e é pior do que
o descrente”. Em Efésios; 6,4 os pais são instruídos
a criar os filhos “na disciplina e na admoestação
do Senhor”. Deus deu aos pais a responsabilidade
de prover a família física e espiritualmente, e um
dia terão de prestar contas do seu serviço (1ª Coríntios
4,2). Devemos tornar essa pesada tarefa o
mais fácil possível.
Quanto à responsabilidade dos pais nos proverem
fisicamente, não devemos reclamar quando
não temos tudo o que gostaríamos de ter. Quanto
à responsabilidade dos pais nos proverem espiritualmente,
devemos cooperar. Quando eles nos
repreenderem “na… admoestação do Senhor” ,
estejamos dispostos a aprender. O Sábio escreveu:
“Filho meu, ouve o ensino de teu pai e não deixes
a instrução de tua mãe. Porque serão diadema de
graça para a tua cabeça e colares, para o teu
pescoço” (Provérbios; 1,8, 9). E disse mais:
Filho meu, guarda o mandamento de teu
pai e não deixes a instrução de tua mãe; ata-os
perpetuamente ao teu coração, pendura-os ao
pescoço. Quando caminhares, isso te guiará;
quando te deitares, te guardará; quando acordares,
falará contigo (Provérbios; 6,20–22).
Comparar as instruções dos pais com enfeites é
uma forma pitoresca de dizer que se o filho
seguir essas instruções, terá uma vida feliz .
Muitas passagens enfatizam a importância
de ser receptivo: “Filho meu, atenta para as
minhas palavras; aos meus ensinamentos inclina
os ouvidos” (Provérbios; 4,20). “Retém a instrução
e não a largues; guarda-a, porque ela é a tua
vida” (Provérbios 4;13). Adolescentes, se os seus
pais estiverem tentando ensinar a vocês o que é
certo, agradeçam a Deus por eles.
Os pais, e não as mães, têm a obrigação primária de
ensinar os filhos, mas as mães podem e devem unir-se a
eles nessa tarefa ou, tomar a tarefa em suas mãos quando pais não tem as intruções de Deus.
Isto pressupõe que a instrução dos pais esteja de
acordo com a Palavra de Deus. Todo ensino deve ser testado pela
Palavra.
Nossos pais devem nos criar “na disciplina…
do Senhor”. Novamente, devemos cooperar. “O
insensato despreza a instrução de seu pai, mas o
que atende à repreensão consegue a prudência”
(Provérbios; 15,5; e também 12,1). Quando
meus pais me disciplinavam, era porque me
amavam e queriam que eu crescesse para ser um adulto forte,com caráter.
No livro de Hebreus afirma que
“o Senhor corrige a quem ama” (12;6). A seguir,
ele traçou um paralelo entre nosso Pai celestial e
nossos pais terrenos: “Além disso, tínhamos os
nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam,
e os respeitávamos” (v. 9). Depois, ele fez esta
observação geral sobre disciplina: “Toda disciplina,
com efeito, no momento não parece ser
motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois,
entretanto, produz fruto pacífico aos que têm
sido por ela exercitados, fruto de justiça” (v, 11).
Adolescentes, se os seus pais se importam
com vocês o bastante para discipliná-los, dêem
graças por isso também. Devemos aos nossos
pais cooperação.Devemos aos nossos pais ser os melhores
filhos e filhas que pudermos ser. Não importa
quantos elogios façamos verbalmente aos nossos
pais, se não vivermos corretamente, não estaremos
demonstrando respeito. Quando os filhos
de Jacó não agiram certo, Jacó disse: “Vós me
afligistes e me fizestes odioso entre os moradores
desta terra…” (Gênesis; 34,30). Os maus casamentos
de Esaú “se tornaram amargura de espírito
para Isaque e para Rebeca” (Gênesis; 26,35; e
também 27,46). Citamos anteriormente Deuteronômio;
21. Você consegue ouvir as vozes dos pais
ao admitirem: “Este nosso filho é rebelde e
contumaz, não dá ouvidos à nossa voz, é dissoluto
e beberrão” (Deuteronômio; 21,20)?
O maior tributo que podemos prestar aos
nossos pais é nos tornarmos cristãos — cristãos
de verdade, com fé e convicções pessoais — e
depois vivermos a vida cristã o melhor que a
nossa capacidade permitir. Devemos ser o melhor
que pudermos quando somos jovens. “Até a
criança se dá a conhecer pelas suas ações, se o
que faz é puro e reto” (Provérbios; 20,11). Devemos
ser o melhor que pudermos quando formos
velhos. Devemos ser o melhor que pudermos
quando nossos pais tiverem falecido; devemos
ser fiéis em memória deles. Devemos ser o melhor
que pudermos, mesmo se os nossos pais não
forem (ou não tiverem sido) cristãos. Se ainda
estiverem vivos, podemos ganhá-los para Cristo
através do nosso exemplo (1ª Pedro; 5,1–4). Se já
tiverem falecido, ainda o enaltecemos sendo fiéis
ao que sabemos ser a verdade.
Devemos aos nossos pais ser o melhor que
pudermos.Finalmente, devemos aos nossos pais amor
contínuo e preocupação com eles enquanto
estiverem vivos. Algumas das verdades que apresentamos
nesta lição aplicam-se primeiramente
aos filhos que ainda moram com os pais ou dependem (e
especialmente aos adolescentes), mas muitos
ensinos se aplicam a todos nós por toda a vida.
Enquanto vivermos, devemos aos nossos pais nossa
consideração, nosso respeito, nossa compreensão
solidária e nosso esforço sendo os melhores
filhos e filhas que pudermos.
O último item a ser abordado destina-se
primeiramente àqueles dentre nós que já são adultos.
Devemos continuar demonstrando e expressando
amor e preocupação com os nossos pais
enquanto eles viverem. Devemos fazer isto através
de palavras — palavras ditas face à face, palavras
ditas pelo telefone, palavras escritas numa carta.
Também devemos fazer isto através de atos.
Uma parte desse amor se traduz no cuidado
com os pais quando eles ficam idosos. Anteriormente,
citamos 1ª Timóteo; 5,8: “Ora, se alguém
não tem cuidado dos seus e especialmente dos
da própria casa, tem negado a fé e é pior do que
o descrente”. Aplicamos essa passagem aos pais
— e creio ser possível fazer essa aplicação geral
— mas devemos entender que, no contexto, a
passagem ensina que os filhos adultos devem
cuidar de seus pais idosos .
Uma vez Jesus estava ensinando quando
alguns escribas e fariseus foram até Ele e perguntaram:
“Por que transgridem os teus discípulos a
tradição dos anciãos?” (Mateus; 15,2). Jesus deu
a seguinte resposta sarcástica:
Por que transgredis vós também o mandamento
de Deus, por causa da vossa tradição? Porque
Deus ordenou: Honra a teu pai e a tua mãe; e:
Quem maldisser a seu pai ou a sua mãe seja
punido de morte. Mas vós dizeis: Se alguém
disser a seu pai ou a sua mãe: É oferta ao Senhor
aquilo que poderias aproveitar de mim; esse
jamais honrará a seu pai ou a sua mãe. E, assim,
invalidastes a palavra de Deus, por causa da
vossa tradição. Hipócritas! (v.3–7).
Os escribas e os fariseus pensaram que
podiam escapar das obrigações para com seus
pais dizendo o seguinte a eles: “Aquilo que
poderias aproveitar de mim é Corbã, isto é, oferta
para o Senhor” (Marcos 7;11). Corbã é uma
palavra hebraica que significa “aquilo que é
trazido para perto”; era usada com referência a
uma oferta. O tesouro do templo era chamado de
corbanas .
Usando essa palavra [Corbã] num voto religioso,
um judeu irresponsável poderia consagrar formalmente
a Deus (ao templo) seus ganhos
que, de outra forma, poderiam ter ido para o
sustento de seus pais. O dinheiro, porém, nada
tem a ver necessariamente com os propósitos
religiosos. A fórmula Corbã era simplesmente
um meio dos filhos fugirem da responsabilidade
para com seus pais conforme prescrevia a
lei. Os professores da lei sustentavam que o
voto de Corbã estava em vigor mesmo quando
pronunciado precipitadamente.
Jesus condenou essa tradição humana, porque
um homem não pode “honrar” a seus pais sem se
preocupar com o bem-estar deles quando ficam
velhos.Não há idas aos cultos da igreja, nem ajudas financeiras
para sustentar a igreja, nem moralidade
estrita que substitua o ato de honrar aos pais.
Uma das tragédias de nossa era supostamente
iluminada é a maneira como temos esquecido
e negligenciado os pais desta sociedade. A
ciência médica tem prolongado a duração da
vida tanto que a percentagem de nossa população
com mais de sessenta e cinco anos de
idade continua aumentando. Mas a ciência
médica não pode resolver o problema humano
dos idosos rejeitados, esquecidos e ignorados.
A resposta a este problema humano é o despertar
de nossas consciências ocasionado pelo
nosso relacionamento com Jesus Cristo.
Provérbios ;28,24 fala do terrível pecado de
alguém roubar o próprio pai: “O que rouba a seu
pai ou a sua mãe e diz: Não é pecado, companheiro
é do destruidor”. Jamais seremos culpados
desse crime abominável — dizemos nós — mas,
e se não dermos aos nossos pais o que lhe devemos?
E se não dermos a eles a nossa consideração,
o nosso respeito, a nossa obediência, a nossa
compreensão solidária e a nossa cooperação? E
se não formos os melhores filhos que pudermos
ser? E se não dermos a eles o nosso amor contínuo
e a nossa preocupação enquanto eles estiverem
vivos? Será que não estaremos roubando deles
algo muito mais precioso do que ouro?
Que o Senhor abençõe, pais e filhos e dêem
a direção para que seja prolongada a vida de nossos filhos .amém?

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domingo, 24 de janeiro de 2010

O PESO DE UMA VIDA VAZIA 1ª Samuel ;1,1–28


Houve um homem de Ramataim-Zofim, da região montanhosa de Efraim, cujo nome era Elcana… Tinha ele duas
mulheres: uma se chamava Ana, e a outra, Penina; Penina tinha filhos; Ana, porém, não os tinha (1ª Samuel ;1,1, 2).

Ana era uma simples camponesa, pouco diferente das milhares de mulheres de seu tempo; mas, exteriormente,
ela parecia ter tanto quanto qualquer outra mulher precisava ter para ser feliz e realizada.
O marido de Ana a amava e lhe dava uma vida confortável. A vida espiritual e o culto ao Deus de seus
pais ocupavam um lugar significativo na vida de Ana. Por que, então, ela não se sentia satisfeita?
A vida de Ana estava vazia. Muitos hoje em dia sentem essa mesma falta de serenidade e paz.
Temos bênçãos semelhantes; mas, apesar disso, somos muitas vezes como crianças gananciosas que
indagam: “Só isso?”
Tentamos preencher a vida procurando prazer mental e físico. Podemos passar a vida inteira
procurando sem nunca encontrar significado na vida porque negligenciamos a parte mais importante;
"a parte espiritual."
Como é importante que o cristão se coloque acima dessa busca infrutífera! Não é da vontade de
Deus que os Seus filhos tenham vidas frustradas. Jesus prometeu a cada um de Seus seguidores uma
vida plena, e até abundante (João ;10,10).
Em nossa busca por essa vida abundante, podemos encontrar direção nas lições que Deus ensinou
a Ana. Podemos ver como ela preencheu, com a ajuda de Deus, o vazio que sentia em sua vida. Se Deus
Pai ajudou Ana, por que duvidarmos que Ele possa fazer o mesmo por nós?

As circunstâncias e condições políticas, sociais e religiosas da época de Ana pouco contribuíam
para promover a espiritualidade. Naqueles dias, a adoração e o culto a Deus haviam decaído a um dos
pontos mais baixos de toda a história de Israel. O anteriormente belo tabernáculo, construído no
deserto, mostrava sinais de desgaste. A fé ativa que levara o povo de Israel a tomar posse da sua
herança enfraqueceu com o passar de cada geração. No tempo de Ana em 1ª Samuel; 1, essa fé era quase
inexistente na maior parte de Israel.
O problema que estava diminuindo a qualidade de vida de Ana era profundamente pessoal. Numa
época em que a aptidão de uma mulher para gerar filhos era altamente valorizada, Ana era estéril.
Várias sobrecargas decorriam dessa aflição. Uma delas era econômica. Sem um filho para cuidar
de si no caso da morte do marido, ela poderia passar os últimos anos de vida desamparada financeira
e socialmente. Talvez uma preocupação ainda maior fosse a sua posição na sociedade. Naqueles dias
a esterilidade imputava um estigma. Podemos imaginar como algumas mulheres que conheciam Ana
faziam observações incisivas contra ela. Ana tinha de enfrentar esses olhares e sorrisos maliciosos.
Talvez, houvesse uma angústia ainda mais profunda. Embora ainda primitiva, já havia, naquele tempo,
uma esperança no Messias. Não tendo filhos, Ana não teria possibilidade alguma de ser a mãe do
Messias, ou nem teria esperança de fazer parte
de Sua linhagem. A ausência de um filho tornava
a vida dela uma existência solitária e vazia.
Elcana, seu amado esposo, devia ser um ponto
de luz na vida de Ana. Apesar disso, como geralmente
acontece com os homens, ele não entendia
a gravidade da frustração de Ana. Em vez disso,
ele tentava preencher as necessidades dela com
gestos de bondade. Sempre que separava a
preciosa carne das ofertas pacíficas de todos os
anos levadas a Siló, Elcana dava a Ana duas vezes
mais do que dava às outras pessoas da família.
Ele a incentivava a comer e esquecer a tristeza
(1ª Samuel; 1,4 - 5, 8).
Diferente de certos homens, ele não deixou
de confirmar seu amor. Disse ele: “Não te sou eu
melhor do que dez filhos?” (1ª Samuel; 1,8).
Certamente Elcana considerava seu gesto de
bondade uma prova de seu grande amor por
Ana. Apesar disso, ele não compreendia a profunda
necessidade de Ana. A bondade de Elcana
com a carne e outras dádivas não podia satisfazer
o desejo de Ana por um filho.
Precisamos saber que dádivas físicas não
preenchem necessidades emocionais! Comida,
evasão e prazer só preenchem temporariamente
o vazio da solidão e do medo.
Uma situação doméstica difícil também contribuía
para aumentar o peso que sobrecarregava
Ana. Elcana tinha uma segunda esposa. Naquele
período da história, Deus tolerava a poligamia.
A prosperidade de Elcana o levou a casar-se com
Penina, a qual lhe deu filhos e filhas.
A lei e a cultura dessa época estabeleciam algumas
definições claras do papel de cada esposa
(Deuteronômio; 21,15–17). Apesar disso, surgiu um
conflito inevitável entre as duas esposas. Esse
conflito é bem ilustrado na língua chinesa, que é
escrita através de símbolos. Em chinês, os símbolos
do homem e da mulher colocados juntos resultam
numa combinação que simboliza o casamento.
Os símbolos do homem, da mulher e de uma criança
escritos juntos resultam no símbolo que significa
família. Os símbolos do homem, da mulher e de
outra mulher combinados significam problema!
O profundo amor de Elcana por Ana não fez
Penina parar de expressar desprezo por ela. Penina
a atormentava, fazendo-a lembrar-se de que não
tinha filhos (1ª Samuel; 1,6). Essa zombaria aumentava
o peso da vida já vazia de Ana. Ana convivia com
muitas coisas, mas tinha pouco pelo que viver.
O PREENCHIMENTO
DE UMA VIDA VAZIA
Com tantos problemas, Ana poderia ter
alguma realização na vida? Apesar dos problemas,
ela tinha esperança. Foi para essa
direção que Ana se voltou. Ela encontrou resposta
na casa do Senhor, como fez o salmista em Salmos;
73,16 - 17: “Em só refletir para compreender isso,
achei mui pesada tarefa para mim; até que entrei
no santuário de Deus e atinei com o fim deles”.
As dificuldades a levaram a encontrar o verdadeiro
significado de entregar-se ao Senhor.
Podemos imaginar a decepção de Ana à medida
que, por repetidas vezes, fracassava em gerar
um filho. Nada na prática rudimentar da medicina
daquela época podia ajudá-la. Com o discernimento
espiritual que possuía, Ana sem dúvida orou
avidamente pedindo um filho. Apesar das orações,
esse desejo do seu coração não foi atendido.
Somente quando ela fez uma entrega total a
Deus, Ele deu uma resposta à sua oração:
Senhor dos Exércitos, se benignamente atentares
para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares,
e da tua serva te não esqueceres, e lhe
deres um filho varão, ao Senhor o darei por todos
os dias da sua vida… (1ª Samuel; 1,11).
Finalmente, Ana chegou a uma nova compreensão
de sua necessidade. No passado, seu
desejo por um filho tinha sido mais para satisfazer
o seu propósito de vida. Um filho elevaria a
estima dela aos olhos do marido. Um filho
colocaria um fim nas irritantes zombarias de
Penina e outros. Todavia, esses bons motivos
eram fundamentalmente egoístas.
Ana superou sua humanidade e seu egoísmo.
Ela decidiu que se Deus lhe desse um filho, ele
pertenceria ao Senhor enquanto vivesse.
Nós, também, acabamos ficando impacientes
e atribulados porque não atingimos o nível espiritual
de Ana. Egoísticamente, pensamos que somos
os donos das nossas vidas. Ignoramos a mensagem
da Bíblia de que tudo pertence a Deus por direito
desde a criação (Ageu; 2,8; Salmos; 24,1).
Em nosso egoísmo, geralmente agimos como
certo menino que apertava o nariz contra a vitrine
de uma loja de doces. Vendo aquela cena, um adulto
teve pena do pequeno, entrou na loja e comprou
um saco de doces para ele. O menino encheu a
boca o mais rápido que pôde. Admirado com a
avidez do garoto, o adulto perguntou: “Está bom?”
O menino balançou a cabeça, a boca estava cheia
demais para falar. Então o doador dos doces
falou de novo: “Posso experimentar?” Esvaziando
a boca apenas o suficiente para responder, o
menino disse com irritação: “Não! É meu!”
Às vezes é tentador nos sentirmos nobres e
satisfeitos conosco mesmos por causa das nossas
grandes doações à igreja ou a outras boas causas.
Em vez disso, deveríamos nos humilhar perante
Deus, entendendo que tudo o que estamos dando
a Deus é o que Ele já nos deu.
Podemos encontrar paz quando consagramos
a Deus tudo o que temos, tudo o que somos e
tudo o que podemos ser. Deus nos chama para
amá-lO totalmente (Mateus; 22,36 - 37). Somente
quando Ele tem todo o nosso amor, Ele nos tem
por inteiro.
Precisamos entender que se Deus tira algo de
nós, Ele pode nos dar outra coisa muito melhor
em troca. A entrega de nós mesmos e de tudo o
que temos a Deus nunca nos deixará mais pobres.
Ana conseguiu aprender uma lição excelente
sobre oração. A oração dela exemplifica o princípio
de que Deus é “socorro bem presente nas tribulações”
(Salmos; 46,1). Observemos como a explicação
de Ana é descritiva: “venho derramando a
minha alma perante o Senhor” (1ª Samuel; 1,15).
Ana desvendou os elementos básicos da
oração. Ela reconheceu a soberania e o poder de
Deus. Humildemente, ela se aproximou do Seu
trono. Duas vezes na oração, ela falou de si
mesma como uma serva de Deus. Como serva,
ela sabia que a vontade de Deus devia ser a prioridade
na sua vida. Foi dentro dessa disposição
que ela apresentou o seu pedido. Humildade,
servidão e um coração rendido são alguns dos
elementos mais básicos da oração eficaz.
Será que para assegurar uma resposta à sua
oração Ana negociou com Deus? E nós? Podemos
fazer o mesmo? Podemos conseguir o que
queremos prometendo a Deus algo em troca?
Pensar dessa maneira é entender mal o voto e a
oração de Ana. Ana não fez um negócio com
Deus. Ela pediu a Deus uma dádiva e, a seguir,
prometeu devolver a Ele essa dádiva. Essa oração
não consiste num negócio com Deus por causa
do desprendimento, da abnegação.
Orações como a de Ana só podem advir de uma
total confiança em Deus. Nós também podemos
ser ousados e pedir grandes coisas a Ele. Podemos
hesitar em fazer um pedido a Deus porque nos
sentimos indignos ou incapazes de receber e
usar Sua resposta. Não devemos hesitar. Deus
não só tem o poder de nos dar o que Lhe pedimos,
mas também tem o poder de nos dar a força para
usarmos as Suas dádivas de modo adequado.
Ana tornou-se uma pessoa diferente depois
da sua oração: “Assim, a mulher se foi seu
caminho e comeu, e o seu semblante já não era
triste” (1ª Samuel; 1,18).
O que causou essa diferença em Ana? Ela não
recebeu nenhum sinal miraculoso de que Deus
ouvira e atenderia sua oração. A diferença ocorreu
porque ela assumiu uma atitude diferente.
Ninguém além de nós controla nossas atitudes!
A maioria de nós já ouvimos o conselho: “Se você
agir de modo diferente, se sentirá diferente”. É surpreendente
que, quando tentamos fazer isso, acabamos
descobrindo que isto é verdade. Se optarmos
por agir como Ana, descobriremos que podemos
nos sentir e agir de modo diferente. Nunca espere
se sentir melhor sem agir de modo diferente.
Novas atitudes podem levar a novos sentimentos.
O que fez Ana optar por mudar? A nova
atitude de Ana proveio da fé em Deus. Ela havia
orado e agiu conforme sua fé em Deus. Embora
ela ainda soubesse o que queria, agora ela
confiava o resultado a Deus. Mesmo que Ele não
atendesse ao pedido de um filho, ela conservaria
o mesmo contentamento e a mesma confiança
nEle. Ana poderia aceitar a sua situação, sabendo
que estava vivendo conforme a vontade de Deus.
À medida que um cristão avança na sua jornada
espiritual, a oração torna-se menos parecida com
uma “lista de compras” e mais parecida com um
“cheque em branco”. Devemos estar dispostos a
nos submetermos a Deus e pedir que Ele preencha
o valor. Foi isto o que Ana fez.
O Cumprimento
Fazer um voto não é difícil; para algumas pessoas
fazer promessas é fácil. No fervor de uma experiência
emocional, é fácil se comprometer sem avaliar
o custo. Ana possuía uma qualidade que é vital
para se encontrar significado na vida. Independentemente
do custo pessoal, ela cumpriu a sua promessa.
Será que ela não pensava como nós sempre
pensamos? Não diríamos: “Como posso deixar
meu único filho num lugar onde até os sacerdotes
são maus?” Nossa desculpa poderia ser: “Deus,
eu só tenho um filho e nenhuma promessa de outro.
O Senhor não aceitaria umas ovelhas no lugar
dele?” Para o seu próprio bem, Ana cumpriu a
palavra. Quando o filho, Samuel, foi desmamado,
ela o levou à tenda do Senhor em Siló e disse:
Por este menino orava eu; e o Senhor me
concedeu a petição que eu lhe fizera. Pelo que
também o trago como devolvido ao Senhor,
por todos os dias que viver; pois do Senhor o
pedi… (1ª Samuel; 1,27- 28).
Não devemos ser como certo membro que
telefonou para o líder da igreja numa segunda-feira.
No dia anterior, domingo, os membros da
congregação haviam preenchido fichas com as
propostas de quanto ofertariam no próximo ano.
O ofertante então disse: “Será que a minha
proposta de oferta pode ser relevada? Ontem,
a minha religiosidade foi além das minhas
condições”. Davi falou de como Deus aprova o
homem justo que mantém o seu juramento,
mesmo quando isto lhe gera danos (Salmos; 15,4).
A Recompensa
Alguns anos depois, deve ter sido um momento
emocionante quando a família de Elcana foi até
o tabernáculo. Estavam trazendo o filho que irradiava
as vidas deles, sabendo que ele não voltaria
para casa com eles. Nós que vivemos numa era
materialista, certamente ficamos pensando como
puderam fazer tamanho sacrifício. Só podemos
fazer uma oferta dessa para Deus quando temos
a atitude de Ana: “Por este menino orava eu; e o
Senhor me concedeu a petição que eu lhe fizera.
Pelo que também o trago como devolvido ao
Senhor” (1ª Samuel; 1,27- 28).
Será que Ana perdeu quando devolveu essa
dádiva? Será que a vida dela só foi abençoada
enquanto Samuel esteve com ela? Será que ela
voltou para casa e lamentou a perda do filho?
Claro que não! Ela não pensava que tinha perdido
Samuel. Ela o via toda vez que ia ao tabernáculo.
Apesar do menino estar morando em Siló, ela
podia suprir as necessidades dele (1ª Samuel; 2,19).
Pela Sua graça, o Senhor abençoou Ana com
mais três filhos e duas filhas (1ª Samuel; 2,21).
O que nós damos para Deus com um coração
completamente desprendido nunca é perdido!
Ele tem o poder e está disposto a nos retribuir
com mais do que o que foi renunciado por nós
(Mateus; 10,27–29; Filipenses; 4,19). Ele abençoará
nossa generosa semeadura com uma generosa
colheita. Na Sua graça, Deus não nos abençoa só
na eternidade, Ele nos dá cem vezes mais nesta
vida também (Marcos; 10,30).
Ana foi uma camponesa que viveu séculos
atrás, mas o problema dela — uma vida vazia —
ainda está entre nós. A solução que ela encontrou
— uma entrega total a Deus — é tão viável agora
como foi naquela ocasião.
Alguém certa vez escreveu num muro: “Deus
tem a resposta”. E outro acrescentou: “Tem, mas
qual é a pergunta?” Na verdade, não importa qual
seja a pergunta; a resposta é sempre a mesma: Deus.
A Solução de Problemas para o Cristão
Embora não haja dois problemas pessoais que sejam
iguais porque não há duas pessoas que sejam iguais, há
certos elementos básicos que aparecem praticamente
em todos os casos. Nenhuma pessoa e nenhuma situação
não tem solução. Desde que se creia em Deus, há
esperança. Em Lucas; 18,27, Jesus disse: “Os impossíveis
dos homens são possíveis para Deus”. A solução
básica para todos os problemas pessoais é exatamente
a mesma. amém?

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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

OLHANDO PARA O ALTO

Fomos chamados para viver acima das circunstâncias e ter os nossos olhos no Senhor. As Escrituras Sagradas nos dizem que Satanás veio para roubar, matar e destruir (Jo;10,10). Esta é um fato bíblicas que eu mais gosto de meditar, e me fortalece o fato de que Cristo, por sua vez, veio para nos dar vida e vida com abundância.

Eu sempre digo que o diabo vive tentando roubar a saúde, o dinheiro e a família de cada vivente, pois ele não quer que ninguém seja feliz sob as bênçãos de Deus. Mas o fato é que o diabo não está tão preocupado com estas coisas, elas não são seu verdadeiro alvo. O que ele verdadeiramente quer é roubar nossa fé e relacionamento com Deus. Este é seu fim, seu grande objetivo; mas roubar a saúde, o dinheiro e a família, são MEIOS QUE ELE USA para tentar conseguir chegar onde realmente quer.
Portanto, precisamos aprender a viver olhando para o alto, com nossos olhos fixos no Senhor em todo tempo, independentemente das circunstâncias à nossa volta. E o processo de ser mais que vencedor tem a ver com isto. No fim da prova Deus não somente nos dá a vitória, como também nos ensina a apegarmo-nos mais a Ele, vivendo acima das situações externas.

A geração atual de crentes vive olhando somente para as coisas terrenas, não tem seus olhos em Deus. Nossa pregação praticamente só enfatiza o que é terreno, quase não se leva as pessoas a olharem o celestial; mas segundo a exortação bíblica, devemos levantar nossos olhos:

“Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.” - Colossenses; 3,1-3

Note o mandamento da Palavra que vem como um imperativo: Buscai e pensai nas coisas do alto, não nas que são da terra. Em toda a Bíblia encontraremos advertências quanto à termos nossos olhos no alto em vez de na terra.

No Tabernáculo de Moisés, que Deus o mandou construir segundo o exato modelo das visões que ele teve no monte, é impressionante a ênfase figurada que o Senhor deu deste assunto. Quando mandou Moisés fazer as quatro coberturas que se sobrepunham como teto da tenda da revelação, o Pai Celestial mandou que elas fossem todas bordadas, embelezadas; eram um verdadeiro espetáculo artesanal que ninguém hoje poderia reproduzir, pois a arte não era meramente humana, Deus havia enchido os artesãos com seu Espírito para que pudessem executar o modelo divino ordenado.

Portanto, quando alguém entrava na tenda da revelação, se queria ver algo belo tinha que olhar para cima, para o alto. Mas se conservasse seus olhos no chão não veria beleza alguma, pois Deus nunca mandou que fizessem nenhum tipo de piso, aonde acampavam utilizavam-se da própria terra do local. Enquanto o teto era indescritivelmente belo, o chão era feio, de terra. Assim também é na vida cristã, a beleza do andar com Deus está quando aprendemos a olhar para o alto, para Deus mesmo e as coisas celestiais; não há beleza numa vida de preocupação somente com o terreno.

Não há nada espiritualmente belo num evangelho que só prega sobre o dinheiro e os caprichos deste mundo como se isso fosse a prosperidade bíblica! Não se engane, nossos olhos devem se levantar bem acima do que é terreno, sejam os atrativos deste mundo ou as circunstâncias negativas que nos cercam; devemos olhar para o alto em todo tempo.

Crentes que só se preocupam com o dinheiro e seus negócios, não servirão ao propósito divino da colheita de almas, pois para se ter a sensibilidade espiritual de ver a necessidade dos perdidos é preciso tirar os olhos das coisas terrenas e levantá-los para os céus. Jesus mesmo disse: “erguei os olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa” (Jo;4,35).

Por que o Mestre disse isto aos discípulos? Porque enquanto eles só haviam pensado em buscar comida e saciar sua fome naquela aldeia de samaritanos, Jesus se preocupara em ganhar aquela mulher que estava junto ao poço de Jacó, e ela por sua vez, trouxe praticamente toda a aldeia para ouvi-lo.

Então ele lhes diz que se nossos olhos estiverem no chão, cuidando apenas das coisas terrenas, não enxergaremos os campos brancos para a ceifa; ou seja, não teremos a sensibilidade de ver a necessidade espiritual das pessoas. Temos que olhar para o alto se queremos ser úteis ao Senhor, pois aqueles que só olham para o chão desanimam-se nas horas difíceis e deixam de servi-Lo. Já quanto aos que têm seus olhos no Senhor, não há o que os faça parar.

Prender nossos olhos no chão é o grande plano satânico contra nossas vidas; ao atacar nossa saúde, família e bens, o que o maligno quer de fato é tirar nossos olhos do Senhor, fazendo com que fitemos somente o chão, o terreno. Há um texto bíblico que revela esta astúcia do inimigo em seus ataques; examinêmo-lo com suas figuras espirituais:

“E veio ali uma mulher possessa de um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos; andava ela encurvada, sem de modo algum poder endireitar-se. Vendo-a Jesus, chamou-a e disse-lhe: Mulher, estás livre da tua enfermidade; e, impondo-lhe as mãos, ela imediatamente se endireitou e dava glória a Deus.” Lucas; 13,11-13

Esta mulher andava encurvada por quase duas décadas, e não havia meios de se endireitar pois sua doença era espiritual e não física. Tratava-se de um espírito maligno de enfermidade, um agente de Satanás prendendo seu corpo. Sabe, há uma figura aqui; esta mulher vivia olhando somente para o chão; sua costa encurvada a impedia de andar olhando para cima. Podemos ver em operação na vida desta mulher o verdadeiro plano malígno contra cada cristão; Cristo disse que ela estava numa prisão de Satanás:

“Por que motivo não se devia livrar deste cativeiro, em dia de sábado, esta filha de Abraão, a quem Satanás trazia presa há dezoito anos?” Lucas; 13,16

Estar numa prisão de Satanás não quer dizer que o próprio príncipe das trevas a prendia pessoalmente, pois já vimos que era um enviado dele, um espírito de enfermidade, quem realizava o trabalho. Mas Jesus mostrou que tal espírito maligno só estava cumprindo ordens de seu chefe, o que nos permite ver que o plano era de Satanás e a execução era do subalterno dele. Por que é importante notar isto? Para entendermos que o inimigo não nos ataca só por atacar, ele tem planos e estratégias para tentar nos derrubar e devemos nos prevenir contra ele!

Que tipo de prisão era esta que Jesus mencionou? Não era a doença e nem o espírito de enfermidade em si, mas a que ponto ele levava esta mulher. Ela não podia olhar para o alto! É isto que o diabo quer, que tiremos os nossos olhos de Deus; esta era uma crente da época, pois foi chamada de “filha de Abraão”, referência dada não só por ser naturalmente descendente do patriarca, mas por esperar na promessa divina feita a ele.

Também vemos que ela estava na sinagoga, o que poderíamos chamar de a igreja da época. Não se tratava de uma pecadora qualquer que nada queria saber acerca de Deus, mas de alguém que o temia, cria no Senhor e queria andar em sua presença.

Semelhantemente, Satanás tenta nos prender com os olhos no chão, para que não olhemos para cima. E por que ele nos ataca desta forma? Porque ele não pode nos arrancar das mãos de Deus, como Jesus mesmo falou:

“As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar. Eu e o Pai somos um.” João; 10,27-30

O diabo jamais poderá nos tirar das mãos de Jesus! Nunca! Temos um claro pronunciamento de Jesus Cristo neste sentido. Mas ele vai atacar com sutileza; ele quer nos indispor com o Senhor, fazendo com que nos voltemos contra Ele, porque então nós mesmos desceremos dos braços do Senhor e estaremos expostos. No livro do Apocalipse; 2,14 o Senhor faz menção da doutrina de Balaão, que costumava ensinar Balaque a por tropeços diante dos filhos de Israel para que pecassem.

Lemos em Números que Balaque contratou Balaão para amaldiçoar a Israel pois tinha medo de ser por ele destruído na batalha. Deus advertiu a Balaão que não fosse após Balaque, mas ele amou o prêmio da injustiça e desobedeceu. Mas não conseguiu amaldiçoar ao povo do Senhor, pois em cada uma das quatro vezes em que tentou fazê-lo, Deus mudou suas palavras em bênçãos sobre os israelitas. Vendo que nada podia contra o povo, Balaão aconselhou Balaque, rei dos moabitas, a enviar as mulheres do seu povo ao arraial dos israelitas para que se prostituíssem com eles e então os levasse a adorar os deuses delas.

Qual foi o pensamento de Balaão? Ele viu que não havia como tocar o povo pois eles estavam debaixo da proteção divina e com Deus ninguém pode; então a única saída seria colocar o povo contra Deus, visto que Deus não abandonaria o povo. E quando através do pecado da prostituição e também da idolatria o povo se afastou do Senhor, então ficou vulnerável, e a ira do Senhor se acendeu contra o povo.

O que Balaão não podia fazer contra o povo, fez com que o próprio povo fizesse contra si mesmo! É assim que o diabo age. Uma vez que ele não pode tirar-nos da mão do Senhor, nem fazer nada contra nossas vidas por permanecemos em Cristo, então tenta nos colocar contra o Senhor, para que saiamos do colo d’Ele e fiquemos vulneráveis.

Esta é a razão porque o maligno tanto tenta prender nossos olhos nas coisas materiais, para que quando conseguir tocar nelas isto venha a doer em nós a tal ponto de nos indispormos contra JESUS. Mas na vida daquele que ama o Senhor e tem os olhos n’Ele, o inimigo não consegue isto.

Isso nos permite ver porque Satanás investe tanto contra o que possuímos, não porque seja isto o que ele queira, mas por ser o meio para que ele tente chegar onde realmente quer chegar: minar nossa fé e relacionamento com o Senhor.

Mas diante disto podemos também enxergar porque Deus permite o inimigo investir contra estas áreas de nossas vidas; cada ataque maligno pode ser visto como um tempo de treinamento e adestramento para os soldados do exército divino. Na realidade, nunca vemos num quartel os soldados prepararem-se para a guerra passando um ano inteiro deitados em redes com sombra e água fresca.

Não! Pois isto não prepara ninguém! Também o Senhor não treina seu exército no bem-bom da vida, mas em meio às provas e tribulações. E muitas vezes Deus permitirá o ataque do maligno contra seus bens materiais para que ao fim você não apenas vença, mas seja mais que vencedor, seja alguém tratado pelo Senhor; pois enquanto Satanás nos tira algo tentando fazer com que nosso coração egoísta se volte contra Deus, o Senhor por sua vez, permite que aquilo seja temporariamente tirado até que nosso coração aprenda a não se apegar àquilo mais do que a Deus.

Às vezes será do interesse não só do diabo, mas também de Deus que algo nos seja temporariamente ou definitivamente tirado. Percebi isto depois de muitas perdas inclusive minha filha e consequentemente ganhei uma queimadura no braço, afastando-me da casa do Senhor.Mas percebi, que não era só Satanás que queria me tirar, me roubar,até porque, minha filha foi salva; Mas era minha preocupação dia e noite ! Naquele momento singular da minha vida Deus também queria muito fazê-lo! Não só para me conduzir ao seu plano para a minha vida, mas para me fazer entrar no “tratamento de Deus comigo”.

Mas o golpe do diabo doeu em mim porque minha filha, minhas coisas valiam mais para mim do que eu imaginava; meus olhos estavam no chão e não no alto. Mas Deus me ensinou, e como Paulo posso dizer que aprendi. Quando um homem ou uma mulher de Deus colocam seus olhos no Senhor e assim permanecem, serão vitoriosos. Tenho aprendido que os ataques mais atrozes do inimigo, como aqueles em que pessoas chegaram ao ponto de morrer por Cristo, não visavam tocar nas circunstâncias e nem mesmo na vida destas pessoas; o diabo não queria que morressem, mas que, por medo da morte negassem Jesus.

Cada vez que um mártir derramou seu sangue pelo evangelho, Satanás não ganhou, só perdeu. Pois o heroísmo dos mártires somente fortaleceu o evangelho, nunca o enfraqueceu. Nosso conceito de vitória ainda é muito carnal, terreno; mas os mártires foram além disto e venceram ao diabo (Ap;12,11), pois sabiam manter seus olhos no Senhor. Veja um exemplo disto:

“Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus e Jesus, que estava à sua direita, e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus. Eles, porém, clamando em alta voz, taparam os ouvidos e, unânimes, arremeteram contra ele.
E, lançando-o fora da cidade, o apedrejaram. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo. E apedrejavam Estêvão, que invocava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito! Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado! Com estas palavras, adormeceu.” Atos; 7,55-60

O relato bíblico diz que Estevão, cheio do Espírito, FITOU OS OLHOS NO CÉU. Algo que o Espírito Santo vai operar em nós à medida em que nos rendemos a Ele, é tirar nossos olhos do chão para o céu; das coisas terrenas para as celestiais. Estevão foi o primeiro mártir e nos deixou um modelo perfeito de vitória sobre o inimigo: seus olhos estavam em Deus, não no que é terreno.

E neste texto tenho descoberto um princípio espiritual figurado muito forte: Quando nossos olhos estão no Senhor, somos anestesiados para os ataques malignos contra nossa vida! Estevão foi milagrosa e sobrenaturalmente anestesiado por Deus contra as pedradas que o mataram; o texto diz que enquanto o apedrejavam ele invocava ao Senhor e orava, e mais: diz que ele se colocou de joelhos, e à semelhança de Cristo na cruz, pediu que o pecado de seus assassinos fosse perdoado.

Ninguém que está sendo apedrejado faz isto; nossa imediata reação é cobrir o rosto e se proteger como puder; mas os olhos de Estevão não estavam em si mesmo, estavam nos céus, e em razão disto podemos dizer que ele foi fortalecido por Deus, ou até mesmo que foi “anestesiado”. Seria impossível em condições normais ele se ajoelhar e ficar olhando para o alto sem se defender, mas algo aconteceu com ele.Há quem diga, que infarto fulminante, causa uma dor insuportável. Minha filha, nada sentiu pela aparência física dela e o que foi contado por testemunhas.Foram três passos louvando " mais perto eu quero estar meu Deus de Ti "

E quando colocamos os nossos olhos no Senhor independentemente de que tipo de situação estamos enfrentando, algo também vai acontecer conosco; seremos confortados e anestesiados pelo Senhor, e Satanás não será vitorioso. Pelo contrário, nós é que seremos mais que vencedores! No caso de Estevão, o que veio além da vitória não foi o tratamento, pois ele passou à glória celestial, mas além de vencedor ele recebeu um galardão mais glorioso. É isto que acontece com os mártires; Hebreus; 11,35 diz que alguns não aceitaram seu livramento porque visavam uma maior recompensa.

Quando passamos pelas provas e tribulações, Deus não somente nos prepara a vitória que inevitavelmente virá, mas usa o tempo em que nela estamos para tratar com nossa alma. O Senhor lida com todo apego excessivo que temos nas coisas terrenas e nos ensina a ter os olhos n’Ele.

Isto é ser mais que vencedor. É ser tratado por Deus e chegar ao fim da adversidade melhor do que entramos.


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A REBELDIA DE MOISÉS E A MORTE DE MIRIÃ E ARÃO

Números; 20. A morte de Miriã vem no início deste capítulo, e a morte de Arão no fim, quatro meses mais tarde. Entre os dois acontecimentos temos a rebeldia de Moisés e Arão e a inimizade do rei de Edom.
A perambulação do povo de Israel através do deserto estava chegando ao fim, e este capítulo começa no primeiro mês do quadragésimo ano desde que havia saído do Egito, tendo eles vagueado pelo deserto e por fim voltado a Cades, de onde haviam partido trinta e sete anos antes.
O relato desses trinta e sete anos estão todos contidos em Números ; 14 e ;20 o que não é muito. Não foram anos de grandes bênçãos para o povo, e durante eles todos os israelitas de vinte anos ou mais que haviam saído do Egito morreram, ou estavam para morrer até se completar esse ano, fora Calebe e Josué, para se cumprir o castigo de Deus sobre a sua incredulidade (Números; 14,28-30).
Também quando nos deixamos esmorecer pela incredulidade, e não agimos pela fé segundo a vontade de Deus, deixando de testemunhar de Cristo e de fazer uso dos nossos dons espirituais dentro e fora da igreja de Cristo, somos estéreis, e nada acontece de importância. Não estamos prosseguindo para o alvo, mas vagueando sem destino.
A morte de Miriã é relatada em sete palavras! Não se fala em pranto, luto ou qualquer cerimônia especial.
Depois de todos esses anos, a nova geração estava se esquecendo que sua perambulação era o resultado do pecado dos seus pais, e começaram a por a culpa em Moisés.
Freqüentemente nossas encrencas resultam de nossa desobediência ou incredulidade. Não podemos acusar a Deus por elas e, enquanto não compreendermos isso, teremos pouca paz e crescimento espiritual.
Por causa da falta de água, o povo contendeu contra Moisés - foi sua sétima murmuração contra este servo de Deus, novamente em Cades. A terra de Canaã, com fartura de tudo, estava próxima, mas eles ainda não haviam chegado. É bom nos lembrarmos que não estamos aqui permanentemente: somos peregrinos neste mundo e um dia vamos sair daqui. Portanto não percamos o nosso tempo em lamentações sobre as condições do meio em que vivemos.
Novamente, como acontecia sempre que o povo contendia com Moisés, a glória do SENHOR apareceu, para resolver a situação. Ele mandou que Moisés tomasse a vara (de Arão), ajuntasse o povo e, com Arão, falasse à rocha para dela obter água.
Agora sabemos que a rocha era uma figura de Cristo (1ª Coríntios; 10,4). Muitos anos antes a rocha havia sido ferida por Moisés para obter água (Êxodo; 17,5-6); para se manter o simbolismo, a rocha não deveria ser ferida novamente, pois Cristo iria ser ferido, ou crucificado, uma única vez pelos nossos pecados (Hebreus; 10,12). A água abundante simboliza o derramamento do Espírito Santo, que satisfaz a sede espiritual e fortalece com Seu poder.
A ação de Moisés, declarando "porventura faremos sair água desta rocha", e ferindo a rocha duas vezes com a vara resultou de:
incredulidade: da outra vez obteve água ao bater na rocha; ele não cria que apenas falar à rocha daria resultado, e a sua incredulidade aparecia na palavra porventura.
petulância: não santificou (obedeceu) o SENHOR diante dos filhos de Israel, mas, dizendo faremos ele se arrogou autoridade que pertencia somente ao SENHOR, e feriu a rocha.
Moisés não somente prejudicou o simbolismo da rocha com a sua desobediência, mas exaltou-se a si próprio.
Assim mesmo, o SENHOR fez o milagre, e saíram muitas águas (fontes) da rocha. Mas Moisés foi castigado por sua incredulidade (o mesmo pecado que o povo havia cometido 37 anos antes) com a proibição de entrar na terra prometida (o mesmo castigo que o povo sofreu).
Meribá é um jogo de palavras, no hebraico, com o verbo "contender", e este nome havia sido dado ao lugar quando a rocha fora ferida da primeira vez (Êxodo; 17,7).
Moisés, entretanto, havia sido instruído pelo SENHOR a deixar o deserto e levar o povo para a fronteira oriental de Canaã, ao norte do mar Morto (Deuteronômio; 2,2-7). Do ponto onde se encontravam, havia um caminho real usado pelas caravanas, que atravessava a terra de Edom e ia até o lugar desejado.
Edom era a terra onde Esaú se estabeleceu, e os habitantes eram seus descendentes, portanto parentes distantes dos Israelitas, falando a mesma língua. Sua capital era Bozra, da qual ainda existem ruínas, e também habitavam a cidade de Petra, cavada na rocha, e abandonada dois séculos após Cristo.
Humildemente, Moisés mandou mensageiros até o rei de Edom, pedindo permissão para atravessar o seu território. Mesmo com a promessa de passarem a pé e de lhe pagarem pela água que consumissem, e de se manterem na estrada sem tocar em suas vinhas ou os seus poços, o rei de Edom proibiu sua passagem, e foi ao encontro dos israelitas tendo ajuntado muita gente armada. Os edomitas temiam os israelitas, não sabendo que o SENHOR havia proibido os israelitas de tocar neles (Deuteronômio; 2,5).Obediente a Deus, Moisés não se impôs, mas tomou outro caminho. Parece que Moisés não estivera seguindo a nuvem do SENHOR, mas quisera abreviar a viagem atravessando o território de Edom. Não deu certo. Também nós às vezes procuramos tomar um atalho que nos parece melhor do que o caminho de obediência a Deus, pensando que o fim justifica os meios. Igualmente não dá certo.
Quatro meses depois da morte de Miriã, o Sumo sacerdote Arão morreu no cume do monte Hor, aos 123 anos de idade (Números; 33,38-39). Por causa da sua rebeldia, ele não viu a terra da promessa. Também há muitos crentes, salvos por terem recebido a Cristo como seu Salvador, que nunca chegam a gozar dos frutos da sua salvação e da paz do Espírito em suas vidas. Por causa da sua incredulidade não sabem o que é andar em comunhão com o Senhor Jesus.
Houve muita tristeza em Israel: o povo chorou a Arão trinta dias. Eles conheciam Arão e Arão os conhecia também. Decerto haviam sido confortados por ele muitas vezes, quando traziam os seus sacrifícios, e ensinados por ele a respeito das coisas de Deus.
Em lugar dele foi investido seu filho Eleazar (as vestes sacerdotais de Arão foram tiradas de Arão, logo antes de sua morte, e colocadas em Eleazar). Seria um novo relacionamento com o povo. Temos o privilégio de ter um Sumo Sacerdote melhor que Arão, pois Ele vive eternamente para fazer intercessão por nós: nunca morre! Ele nos conhece, e nós O conhecemos, e podemos confiar nEle.
A morte de Arão marca o fim da perambulação do povo. A partir daí Israel marcha ou para, não mais vagueia. Passar pelo deserto, a caminho do Egito até a terra de Canaã, era uma disciplina necessária, envolvendo:
O Mar Vermelho (como a cruz de Cristo, a morte dEle, que nos traz vida, separando-nos do mundo - Gálatas; 6,14)
Elim (o poder de Deus que nos dá restauração e descanso)
Sinai (a santidade de Deus confrontada com nossa natureza pecaminosa - Romanos; 7,7-24)
Mas as perambulações do povo pelo deserto nos restantes 38 anos, por causa da sua incredulidade, é para nossa advertência, e não imitação, exceto pela graça de Deus, que ainda permitiu que os mais novos do povo entrassem na terra da promessa (1ª Coríntios; 10,1-11; Hebreus; 3,17-19).
Existe um descanso presente que nos é dado por Deus, do qual o sábado e Canaã são figura, no qual os crentes podem, e devem, entrar pela fé (Hebreus; 3,1 e 4,16)Houve um tempo que o Senhor me levou a estudar sobre a vida de Moisés, e me deu dois estudos sobre ele; Moisés - o homem, mas manso da terra; e O líder que Deus chama. Depois de analisar alguns fatos que ocorreram dentro de uma determinada igreja recebi uma palavra de Deus, me mandando atentar para a vida de Moisés, e fiz isso isso. E pela sua infinita misericórdia me deu este estudo glorioso. Sobre a desobediência de um homem de Deus, não um homem comum mais um líder, com seu chamado comprovado e aprovado por Deus. Nunca devemos esquecer de quem éramos (passado), de quem somos (presente), e do que seremos (futuro) nas mãos de Deus se realmente ouvirmos a sua voz e obedecermos, pois, de nada adianta só ouvirmos e não pormos em prática a Palavra de Deus. Não adianta nada termos obedecidos ontem. E hoje? Hoje é um novo dia. Temos de obedecer de novo e todos os dias, obedecer sempre. Ezequiel ; 33,13; “Quando eu disser ao justo que certamente viverá, e ele, confiando na sua justiça, praticar iniqüidade, não virão em memória todas as suas justiças, mas na iniqüidade, que pratica, ele morrerá”. Mas existem casos (como foi o de Moisés) que Deus julgou por aquele momento, e o que a pessoa fizer depois não mudará mais a sentença. Pois, a quem muito é dado muito será cobrado.
Em números ; 20,7-12, Deus mandou Moisés pegar a sua vara e ajuntar toda a congregação, porque Deus queria glorificar o nome Dele naquele dia. E Deus lhe disse: “Falai a rocha perante os seus olhos, e darás a sua água; assim, lhes tirarás água da rocha e darás a beber á congregação” . Em seguida logo após ouvir a palavra do Senhor, Moisés tomou a vara obedecendo ao que Deus lhe dissera. Mas na hora de pôr em prática a Palavra de Deus, ele decidiu fazer da sua maneira. Decidiu ferir a rocha. Coisa que Deus não o havia mandado fazer. Observamos com essa atitude que, não adianta obedecermos em parte, como foi o caso de Moisés. Muitos obedecem à voz de Deus só até onde lhes é proveitoso, mas agem como querem. Só tem aparência de servos, mas no interior querem ser senhores de si mesmos, e dos outros também. Note que Moisés pegou a vara e foi, mas na hora de executar a ordem, a coisa mudou de direção. Quantos começam bem, colocando a Palavra de Deus acima de tudo. E hoje, observamos vários líderes caídos e fora da direção. Pensam que estão na direção porque estão vivendo do passado, de pregação do passado, das experiências do passado, de renúncias que fizeram no passado. Mas e hoje, como estão? Cadê a palavra da revelação que não tem mais os alcançado? Vivem como os sinos que ressoam mais não tem mais unção. Esse foi o caso de Moisés. Deus no passado o havia mandado ferir a rocha, ele feriu e o milagre aconteceu. Só que agora era diferente, Deus o mandou somente falar a rocha.
Moisés se apegou ao passado, porque tinha ferido a rocha uma vez resolveu ferir de novo; só que desta vez fez sem a direção de Deus, e pagou muito caro por isso. Tem gente que se apega somente as experiências do passado, e se esquecem que a cada dia Deus tem novas experiências para nos dar. Portanto, se a tua vida está sendo movida pelos feitos do passado, desperta! Deus quer te dar experiências novas, agora, hoje!
Porque Deus mandou Moisés falar a rocha, e não feri - lá? A rocha era Cristo. A primeira vez que Deus mandou Moisés ferir a rocha (Ex; 17,1-7), Deus queria que esse ato simbolizasse o sacrifício expiatório de Cristo lá na cruz. Pois, lá na cruz, Ele foi ferido pelas nossas transgressões (Is; 53). Quando Deus diz para Moisés falar à rocha, é porque a rocha já havia sido ferida antes. Moisés desobedeceu, e desobedeceu feio, pois Deus jamais suportaria ver a rocha (seu filho) ferida duas vezes. Cristo foi ferido uma única vez, portanto, não era mais necessário, Moisés ferir a rocha novamente. Nessa segunda vez ele feriu a rocha duas vezes, ou seja, ele estava confirmando a sua sentença, pois, dois é o número da confirmação, e com isso foi confirmado que por esse ato de desobediência ele não entraria na terra prometida.
Moisés não somente desobedeceu a Deus, mas tentou receber a glória para si mesmo . E isso Deus jamais permitirá, pois, Ele não divide Sua glória com ninguém. Veja o que aconteceu com o rei Herodes; foi comido de bicho porque não deu a Deus a glória que lhe era divida. Cuidado! Se você acha que, o que você está fazendo é por mérito seu; é porque você está acima dos outros; tem mais conhecimento que os outros; manda e desmanda. Deus não divide a glória Dele com ninguém.
Observe que mesmo depois da desobediência de Moisés: Ele feriu a rocha e Deus não havia o mandado, mas mesmo assim saiu água da rocha. Podemos pensar: Se ele desobedeceu, porque Deus permitiu que a água saísse da rocha? Porque a água saiu da rocha mesmo Moisés a ferindo? Porque o objetivo de Deus é o povo, o propósito e objetivo de Deus era para com o povo. O nosso Deus é justo. O povo não iria pagar, não iria ficar com sede por causa da prepotência e vaidade de Moisés. Fica bem claro que o alvo de Deus era, é, e sempre será o povo. Com o líder Moisés Deus tratou pessoalmente. Hoje em dia muitos se acham o máximo, o tal, e nem percebem que não estão mais na direção de Deus. Deus só está contando com eles ainda por causa do povo sedento da Palavra. Só que a sentença dos tais já está decretada diante de Deus, pois, se tem uma coisa que Deus não tolera, é quando o homem se exalta a si mesmo. Com certeza Deus trará todas essas coisas a juízo, como fez com Moisés, ele quis aparecer e com isso perdeu a benção. Observe que por um ato tão aparentemente simples Moisés não alcançou a promessa de entrar na terra prometida. Paulo disse: “Temo que depois de ter posto muitos na carreira, eu mesmo não venha ser desclassificado”. Esse foi o caso de Moisés, e tem sido o caso de muitos.
Moisés não perdeu a salvação, ele foi salvo, isso fica bem claro quando ele aparece com Elias na transfiguração. Não perdeu a salvação mais perdeu a promessa. Não desfrutou daquilo que Deus havia projetado para sua vida. Muitos podem até não perder a salvação, mas perdeu a plenitude, a glória com que Deus queria usá-los aqui nessa terra. Estão vivendo a sua vidinha fora da direção e estão crentes que estão abafando. Sabe quando perceberão que não estão mais na direção? Quando não verem se cumprir as promessas de Deus em suas vidas. Como foi o caso de Moisés ao partir desta terra, e não desfrutou da promessa que Deus o havia feito. Portanto, se você é um líder, que teve um chamado glorioso de Deus, cuidado! Moisés também o teve, e que chamado glorioso, mas por um simples vacilo tão pequeno aos nossos olhos, mas gravíssimo aos olhos de Deus não desfrutou da promessa.
Qual tem sido o teu vacilo? A tua queda? É a falta de amor? De perdão? É o fazer acepção entre os irmãos, os que dão um dízimo maior tem lugar de destaque na tua igreja? É a aliança com políticos? É não dar a Deus a glória devida? É exaltar-se a si mesmo? Ou é a inveja de verem os outros crescendo diante de ti? Infelizmente para Moisés não houve mais volta, ele chorou, clamou, ao ponto de Deus lhe falar: “Basta Moisés não me fales mais neste assunto”. “Põe a tua boca no pó talvez para você ainda haja esperança”. “Volta ao primeiro amor”.


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