terça-feira, 8 de dezembro de 2009

PROFETA NAUN



O conforto a um povo perseguido e a destruição dos apóstatas Naum é um dos livros proféticos do Antigo Testamento, possui 3 capítulos. Naum pode ser considerado um lindo poema, vívido, pictorial, concernente à grandeza, poder e justiça de Deus, e sobre o conflito entre Jeová e o cruel império desafiador de Nínive. Naum, o autor, era elcosita (ver Naum; 1,1). Há uma Elcos na Assíria, situada a poucas milhas de Nínive, e onde existe um túmulo que há muito tempo vem sendo apontado, como sendo o do profeta; porém, autoridades no assunto rejeitam, por muitas razões, este lugar em favor de Elcos na Galiléia. Este último lugar, embora em ruínas, foi indicado a Jerome como sendo o de Naum, por um guia nativo. Duas são as mensagens principais deste livro: Naum 1
1 Esta é a mensagem a respeito de Nínive, que Deus, por meio de uma visão, deu a Naum, que era da cidade de Elcos.
2 O SENHOR é um Deus que não tolera outros deuses, um Deus irado que se vinga dos seus inimigos. O SENHOR tira vingança dos seus inimigos e na sua ira os castiga.
3 O SENHOR é paciente mas poderoso e não deixa os culpados sem castigo. Ele anda pelo meio de tempestades e de ventos violentos; as nuvens são o pó que os seus pés levantam.
4 Deus repreende o mar, e ele seca; Deus faz os rios ficarem secos. Os pastos de Basã e do monte Carmelo secam, as flores dos montes Líbanos ficam murchas.
5 Na sua presença, as montanhas tremem, e os morros se desfazem. Quando ele aparece, a terra e todos os seus moradores ficam arrasados.
6 Quando o SENHOR está irado, quem pode ficar de pé? Quem pode resistir à sua ira? A sua fúria se derrama como um rio de fogo; diante dele, as pedras se arrebentam.
7 O SENHOR Deus é bom. Em tempos difíceis, ele salva o seu povo e cuida dos que procuram a sua proteção.
8 Como uma enchente, ele acaba com os seus inimigos; ele manda os seus adversários para o mundo dos mortos.
9 O que é que vocês estão planejando contra o SENHOR? Ele os destruirá completamente. Contra Deus ninguém se levanta duas vezes!
10 Como uma moita de espinheiros, como a palha seca, vocês serão completamente destruídos!
11 Da cidade de Nínive, veio o homem de más intenções, que planeja o mal contra Deus, o SENHOR.
12 Portanto, o SENHOR diz ao povo de Israel: “Os assírios serão destruídos e desaparecerão, embora sejam fortes e numerosos. Eu deixei que vocês sofressem, mas não farei isso de novo.
13 Eu os salvarei do poder dos assírios; eu os livrarei da escravidão. ”

14 A respeito do rei da Assíria o SENHOR Deus diz o seguinte: “Ele não terá filhos, e assim o seu nome desaparecerá. Eu destruirei os ídolos e as imagens do templo do seu deus. Vou sepultá-lo, pois ele não vale nada. ”

15 Vejam! Pelas montanhas vem um mensageiro que traz boas notícias, notícias de paz. Povo de Judá, faça as suas festas e ofereça a Deus aquilo que você prometeu. O país de vocês nunca mais será invadido por gente má; eles foram completamente destruídos.
1. De conforto (Naum significa "conforto") a um povo perseguido, aterrado e em perigo, por causa do cruel e terrível poder militar da Assíria. Notemos, quanto conforto em Naum; 1,7, 12 - 13;
2. De aviso, mostrando que, a um povo ou nação apóstatas, a Deus nada mais resta senão destruí-los.
O propósito do livro foi pronunciar vingança divina sobre a sanguinária cidade, e consolar a Judá com promessas de libertação futura (ver Naum; 3,1; e Naum; 1,13-15).
Perceber o fundo histórico é importante para bem compreender este livro. O tema principal deste livro é a destruição de Nínive, passando-se os fatos aqui descritos, portanto, antes da queda de Nínive. Foi escrito 150 anos após a missão de Jonas epor isso este livro é visto por alguns eruditos como uma continuação do livro de Jonas.
O avivamento, ou antes o arrependimento ocasionado pela pregação de Jonas, sincero que fosse, não foi duradouro, dando lugar a uma completa e deliberada apostasia contra Deus. Parece que os assírios, depois de seu arrependimento produzido pela pregação de Jonas, voltaram em seguida a cair numa grande idolatria. Eles saquearam outras nações e sua capital chegou a ser como uma caverna de leões cheia de presas (ver Naum; 2,11-12).
Não eram, simplesmente desviados, mas, bem piores, eram apóstatas deliberados, rejeitando e desafiando ao Deus que tinham aceito e adorado (II Reis; 18,25, 30, 35 e II Reis; 19,10-13). O Senhor aceitou o desafio orgulhoso do assírio (II Reis; 19,22,23) e Naum foi escolhido para recordar a profecia da derrota completa, final de Nínive e seu império – um império edificado pela violência e por opressão cruel, mas, sentenciado a perecer duma maneira toda especial e violenta. Toda esta profecia se cumpriu 86 anos depois.
É claro que Naum era da Galiléia e era contemporâneo de Ezequias e Isaías. Quando da invasão da Assíria e d a deportação das 10 tribos, Naum escapou para o território de Judá, e provavelmente, fixou sua residência em Jerusalém. Aqui, 7 anos depois, ele presenciou o sítio daquela cidade por Senaqueribe e a destruição do exército assírio, quando pereceram 185 mil homens assírios numa só noite (II Reis;capítulos 18 e 19). Indubitavelmente, há referências disto em Naum; 1,11 e em outras passagens. Pouco depois destes acontecimentos, Naum escreveu seu livro.
O capítulo 1 compreende uma visão da majestade do invencível poder de Deus, que romperá o julgo dos assírios e libertará a Judá.
O capítulo 2 é uma emocionante descrição do assédio de Nínive.
O capítulo 3, numa maldição pronunciada sobre a sanguinária cidade, prediz-se a sua completa ruína.
Fato relevante a destacar é que alguns expositores modernos têm visto em Naum; 2,4 uma alusão ao automóvel moderno, embora sendo esta uma interpretação forçada.
O livro pode ser dividido em duas seções distintas: a primeira aponta o Juiz; a segunda, o Julgamento.
Seção 1 - O Juiz / Naum; 1,1-7
1. O livro abre-se como uma declaração sobre Que, e O que Deus é, Seus Atributos e de como eles constituem a base de todas as Ações Divinas para com os filhos dos homens.
2. Na figura duma tempestade aparece a majestade esmagadora de Deus.
Seção 2 - O Julgamento / Naum;1,8 até o fim
1. A Sentença (Naum; 1,8-14)
a) Condenada à destruição (Naum; 1,8-9)
b) Nínive foi tomada quando seus defensores estavam embriagados e fora de si (Naum; 1,10)
c) Sem dúvida, Naum; 1,11 se refere a Rabasqué (II Reis;18,17-37)
d) O nome a ser apagado (Naum; 1,14)
2. A Aplicação (Naum; 1,15)
a) O capítulo 1 termina com um aviso a Judá.
b) É um apelo a Judá que vindo após aquilo que foi dito de Nínive e sumamente impressionante, pois Deus o puniria severamente se não voltasse dos seus maus caminhos.
3. A Visão (Naum; 2)
a) O quadro apresentado do certo e queda de Nínive e a desolação que se seguiu, é por demais vivo e impressivo.
b) O profeta vê e induz seus ouvintes a olharem para esse quadro horrível é trágico.
4. A Certeza (Naum; 3)
a) Vencedor e vendidos (Naum; 3,1-3)
b) A causa da derrota (Naum; 3,4)
c) A certeza do julgamento (Naum; 3,8-10)
d) Mais particularidades sobre o cerco
Amém !!

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