Daniel 10.1-21
Daniel é um dos maiores exemplos de homem de oração que temos na Bíblia. Esse texto tem
muitas lições importantes a nos ensinar sobre oração e jejum. Também nos fala do efeito que
as orações da igreja produzem no céu. Além disso, nos ensina grandes lições sobre batalha
espiritual.
Daniel já um ancião ,com cerca de 84 anos, estava no terceiro ano do reinado de Ciro.
Ele orou, chorou e jejuou pela libertação do cativeiro. Agora o povo estava em Jerusalém, mas
lá havia problemas por causa da oposição dos samaritanos que haviam interrompido a
construção do templo. A restauração plena ainda não tinha acontecido. Daniel, então, mesmo
distante, intercedeu, orou e chorou pelo povo. Os fardos do povo de Deus precisam pesar em
nosso coração. Jamais seremos verdadeiros intercessores a não ser que sintamos o peso
das aflições do povo sobre nossos ombros.
Como líder ele jejuou e orou pelo povo – v. 3,12. Ele deixou por 21 dias o convívio social
e se recolheu para um tempo de quebrantamento, jejum e oração em favor da sua nação.
Muitos judeus preferiram ficar na Babilônia que voltar a Jerusalém. Daniel não voltou, mas
durante os 70 anos de cativeiro, diariamente orava pela cidade (Dn; 6,10). Precisamos
resgatar a importância do jejum na vida da igreja.
Qual o motivo para um período de oração e jejum tão longo? – v. 1. São duas as razões:
Muitos judeus mostravam pouco interesse em voltar do exílio; Os poucos que voltaram
enfrentavam dificuldades na tarefa de reconstruir o templo e a cidade. Por causa dos
samaritanos, a obra estava paralisada. Parecia que tudo fora em vão. Foi por esta razão que
Daniel estava orando e jejuando.
A VISITAÇÃO DO ANJO – V. 4-12
O esplendor do Anjo – v. 4-6. A aparição desse Anjo é uma teofania e trata-se da segunda
Pessoa de Trindade. A descrição do Anjo é muito semelhante àquela apresentada em
Apocalipse; 1,13-17. Só a presença de Jesus poderia provocar tanto impacto e só Ele pode
tocar e restaurar vidas. A descrição do anjo é magnífica: a) Seus vestidos – v. 5 ) Seu corpo –
v. 6; ) Seu rosto – v. 6; ) Seus olhos – v. 6; ) Seus braços – v. 6; ) Seus pés – v. 6; ) Sua
voz – v. 6
A reação de Daniel – v. 7-12
Discernimento (v. 7) – Só Daniel conseguiu discernir a voz do anjo. Os outros ouviram,
temeram e fugiram, mas só Daniel compreendeu. Só aqueles que vivem em comunhão com
Deus discernem a voz de Deus. Houve uma irresistível percepção do céu na terra. Ao fugirem
os demais, Daniel ficou sozinho perante o Anjo do Senhor.
Quebrantamento (v. 8) – Quando Daniel ficou sozinho diante do ser celestial, seu corpo se
enfraqueceu. Daniel caiu prostrado diante do fulgor do Anjo. Diante da manifestação da glória
de Deus, os homens se prostram e se humilham. A glória de Deus é demais para o frágil ser
humano suportar.
Consolação (v. 12) – Prostrado, Daniel ouviu palavras doces e encorajadoras. Ouviu que é
amado no céu (v. 11). Soube que suas orações foram ouvidas (v. 12). Ouviu que o que é ligado
na terra é ligado no céu. Ouviu que Deus aciona seus anjos para atender os seus filhos quando
esses se colocam de joelho em oração (v. 12). Por isso, Daniel não devia ter medo (v. 12).
A RESPOSTA DA ORAÇÃO – V. 12-13
Foi Imediata – v. 12. Daniel aplicou o coração para compreender e para se humilhar diante
de Deus. Temos nós feito isso? Hoje as pessoas que julgam compreender querem ser
grandes. Daniel queria ter luz na mente e joelhos dobrados. Os teólogos deveriam ser os
homens de coração mais quebrantado. Os teólogos deviam ser homens de oração. Daniel
foi avisado que sua oração foi atendida logo que ele começou a orar. Deus tem pressa em
responder àqueles que clamam a ele.
Foi Mediada – v. 12. Deus não apenas respondeu a oração de Daniel, mas enviou um anjo
para trazer a resposta a Daniel. Os céus se movem para atender a igreja. Os anjos são
espíritos ministradores em favor dos que herdam a salvação (Hb; 1,14).
Foi Resistida – v. 13. Deus revelou a Daniel o que há no mundo espiritual. Muitas vezes só
enxergamos as coisas no plano físico. Mas sobre as nossas cabeças desenrola-se uma outra
cena, no mundo invisível e espiritual, uma batalha espiritual. Há guerra espiritual entre os
anjos de Deus e os anjos do mal. Quando a igreja ora, trava-se uma batalha nas regiões
celestes.
DISCERNIMENTO DOS PROPÓSITOS DE DEUS NA HISTÓRIA – V. 14
Quanto ao tempo do fim – v. 14. Daniel receberá uma longa revelação a respeito do futuro
e contemplará o que há de acontecer ao povo de Deus (v. 14). A visão se estenderá não
apenas aos anos imediatamente posteriores; mas até ao fim do mundo. A revelação será
detalhada em Daniel 11 e 12, um dos tempos mais extraordinários da Bíblia. Essa revelação
registra a história, escrita em considerável detalhe, antes mesmo dos eventos se realizarem.
Quanto à batalha espiritual – v. 13,20
A Hostilidade (v. 13,20) – O anjo falou com Daniel sobre a batalha travada nas regiões
celestes. Há resistência espiritual às orações dos santos. Paulo diz que a nossa luta não é
contra carne e sangue, mas contra principados, potestades, dominadores deste mundo
tenebroso e forças espirituais do mal. Muitos acontecimentos na terra são reflexos dos
acontecimentos no mundo dos espíritos.
O Ajudador (v. 21) – Miguel é o arcanjo. O defensor do povo de Deus (Dn; 12,1). Seu nome
é citado 5 vezes na Bíblia (uma vez em Judas, uma vez em Apocalipse e três vezes em
Daniel).
O TOQUE DIVINO – V. 10-19
Para levantar-se – v. 10-14. O Anjo do Senhor tocou em Daniel. Ele estava prostrado com o
rosto em terra e enfraquecido. Deus o levantou através da Sua voz e do Seu toque.
Para saber que é amado no céu – v. 11 ) Saber que os céus se movem em resposta às
suas orações – v. 12 ) Saber que o futuro está nas mãos de Deus – v. 14
Para abrir a boca e falar – v. 16-17. Daniel foi tocado nos lábios como Isaías. Quando foi
tocado, ele se sentiu fraco e desfalecido. Só aqueles que se quebrantam diante de Deus têm
poder para falar diante dos homens. Daniel estava extasiado diante da grandeza da revelação
do anjo que lhe tocara (v. 17). Só pode falar com poder aos homens, aqueles que ficam em
silêncio diante de Deus.
Para ser fortalecido – v. 18-21. O Anjo de Deus tocou em Daniel para o fortalecer e lhe
disse: Não tenha medo (v. 19). O Anjo reafirmou que ele é amado no céu e ministrou paz
porque Daniel estava aturdido por causa da revelação. O anjo lhe encorajou: Sê forte! Sê forte!
Quem eram os verdadeiros inimigos do trabalho de Deus?
1) O grupo dos desencorajados; 2) Os samaritanos que se opuseram à obra; 3) Os reis persas
que atenderam aos samaritanos; 4) principalmente os anjos caídos (v. 13,20). A nossa
guerra principal não é contra o desânimo, nem contra os homens, mas contra os principados e
potestades. Os homens não crêem porque o príncipe deste mundo cega o entendimento dos
incrédulos (2ª Co; 4,4).
b) Quais são as armas apropriadas para o conflito em que estamos engajados? Esse conflito
exige que nos entreguemos à oração, ao jejum, ao pranto e ao quebrantamento. Precisamos
de discernimento para entender a luta que se trava no mundo visível e também no invisível.
Precisamos entender que há poder de Deus liberado através da oração. Precisamos continuar
orando, mesmo que a resposta demore a chegar até nós, ainda que ela já tenha sido atendida
no céu.Ninguém pode frustrar os planos e as ações de Deus. Aleluia !
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
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